sexta-feira, 30 de junho de 2023

ALQUIMIA CRISTÃ - PARTE 3

Do livro
Alquimia Cristã
De Denis Labouré

O ESTADO DE CONSTATAÇÃO ACTIVA 

Somos, então, convidados ao despertar. Um despertar que não é um estado psicológico ou um estado superior de consciência. Não se trata, para o homem, de obter a sensação de estar mais consciente no seio da sua existência mortal. 

O retomar do contacto com a verdadeira imaginação é um novo nascimento. Podemos renascer, nesta vida, através desta imaginação verdadeira. O nascimento do Verbo, ou despertar, desvela a nossa natureza original. 

O verdadeiro despertar é sinónimo de imortalidade. Enquanto cristãos, não devemos ceder ao sono que acaba de ser descrito: Portanto, não durmamos, a exemplo dos outros, mas vigiemos... (1 Ts 5, 5-7). Quando oramos, devemos adoptar uma atitude vigilante, de constatação activa que não deixe a nossa mente divagar em todos os sentidos a pretexto de meditação: Levai pois uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração. (1 Pd 4, 7), ...orai em todo tempo, no Espírito, e para isso vigiai com toda a perseverança... (Ef 6, 18), perseverai na oração, vigilantes... (Cl 4, 2). 

Constatar significa reconhecer o estado de uma coisa ou de um fenómeno, estabelecer um facto, sem aplicar qualquer consideração pessoal. A constatação consiste numa luta contra a influência da sonolência mental. Podemos olhar sem ver. É a característica da maioria das nossas impressões visuais: Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido. (1 Cor 13, 12).

Podemos olhar e ver; ou seja observar. Há já aqui um progresso, pois há o envolvimento da atenção. Mas a atenção não chega, pois na atenção o objecto ainda nos pode seduzir ao ponto de nos fazer perder a consciência de nós próprios. É quando observamos aplicando um esforço consciente dirigido simultaneamente para o exterior e o interior que chegamos à verdadeira constatação. Apenas ela produz um efeito regenerador. A observação desta regra geral da atenção dupla é permanentemente exigida ao longo da via. E o esforço constante da vigília, segundo o preceito de Jesus aos discípulos: E o que vos digo, digo a todos: vigiai! (Mc 13, 37). 

E trabalhando ininterruptamente, em espiral, que o homem pode escapar ao sono e chegar ao segundo nascimento. A constatação compreende dois grupos de exercícios: - a constatação dita exterior, quando observamos um ou mais objectos exteriores, incluindo nós próprios, quando olhamos, por assim dizer, de fora; - a constatação dita interior, quando observamos um ou mais traços, factos ou fenómenos da nossa própria vida interior. 

A constatação exterior pode ser passiva. Ela incide então sobre objectos que se apresentam a nós, sobre o filme exterior dos acontecimentos, sem que exerçamos uma escolha entre eles. Pode, pelo contrário, ser activa. Escolhe então o objecto sobre o qual incide. A tradição cristã conhece uma forma de constatação exterior activa, que usa amplamente. Trata-se da oração perpétua, mais particularmente a "oração de Jesus" à qual voltarei. 


Notas: 

1 É a versão escolhida pelos tradutores da Bíblia de Jerusalém. 

2 É a tradução escolhida por André Chouraqui. 

3 Santo Ireneu, Contra Haereses V, 6,1. 

4 Gregório Palamas, Deuxième Lettre à Bariaam 48 ; Gregório Palamas, Oeuvres, tomo 1, pag.287 (em grego). 

5 Cf. São Gregório o Teólogo, RG. 36,560. 

6 Citado por Jevtic, Athanase, Théologie ascétique, Institut de Théologie Orthodoxe Saint-Serge, Paris, 1986. 

7 Angelus Silesius, Le Pélerin Chérubinique (I, 105) 

8 "Antes" significa "no princípio" e não "na origem dos tempos". O tempo e o espaço pertencendo à criação, estes conceitos não têm qualquer sentido para além dessa criação. 

9 João Crisóstomo, Homélies sur les statues, XI, 2. 

10 O que é a "glória" de Deus? Os tradutores gregos traduzem por doxa a palavra hebraica kabod. O verbo correspondente a kabod orienta o pensamento para o peso de qualquer coisa. Aplicado a Deus, a palavra faz antes pensar no seu esplendor natural, superior a tudo o que possam sugerir as suas criaturas. Trata-se do seu próprio ser. O canto da liturgia divina que relata a visão de Isaías: "Santo, santo, santo é Yawheh dos Exércitos, a sua glória enche toda, a leira." (Is 6, 3). Este contexto semítico colora, na Bíblia grega, o sentido da palavra doxa que conotava antes o "renome". Acaba assim por evocar o esplendor incomparável da santidade de Deus, uma glória de que a terra está cheia (Ap 4, 8).

11 João Crisóstomo, Sur la Génese. 

12 Gregório de Niceia, Commentaire du Cantique des Cantiques. 

13 Várias passagens comparam também a morte com um sono, como Mt 9, 24; Mc 5, 39 e Lc 8, 52. 

14 Des Trois Príncipes de Vessence divine. 

15 De VÉlection de la Grâce. 

16 Des Trois Príncipes de Vessence divine. 

17 Utilizo aqui a tradução de André Chouraqui, pois a noção de sono e de despertar está ausente da tradução da Bíblia de Jerusalém. 

Continua...

domingo, 25 de junho de 2023

O Verdadeiro Governo Usurpado do Brasil - parte 1

DOCUMENTO OFICIAL.SOBERANA E SERENÍSSIMA CASA REAL E IMPERIAL AVIS-TRASTÂMARA-LISBOA RESTAURADA FAMÍLIA REAL E IMPERIAL LUSO-BRASILEIRA AVIS LISBOA


 


SOBERANA E SERENÍSSIMA 
CASA REAL E IMPERIAL 
AVIS-TRASTÂMARA-LISBOA 
RESTAURADA FAMÍLIA REAL 
E IMPERIAL LUSO-BRASILEIRA AVIS LISBOA

O 5º IMPÉRIO LUSO-AFRO-BRASILEIRO ULTRAMARINO, SOB ORIENTAÇÃO DA ORDEM DO TEMPLO DE PORTUGAL OU TEMPLÁRIA ORDEM DE CRISTO.

Na Inglaterra: Igreja Anglicana, o monarca é o Pontífice máximo. Em Portugal a Igreja Lusitana, o Monarca é Pontífice máximo. Em ambos impera a religião Cristã, assim como no Vaticano ou Roma o Papa é o Pontífice máximo...

O Cristianismo que vigora em Portugal e seus domínios é o Cristianismo Grego Bizantino e não Católico Romano. Muito embora alguns reis tenham se submetido e convertido ao catolicismo, a maioria dos legítimos monarca lusitanos se mantiveram fiéis ao Cristianismo ortodoxo.

Sendo Portugal o Novo Templo, o templo do Espírito Santo, tendo pelo seu primeiro pontífice o próprio rei Dom Afonso Henriques em 1139, quando ungido, coroado por Cristo e aclamado pelo povo!

Portugal desde 1139 é o "Novo templo" ou a "Nova Roma", com a missão de espalhar a verdadeira fé e o Império por Cristo implantado.

DUQUE DE LISBOA: Título para designar os descendentes de D. Gonçalo Afonso de Avis Trastâmara Fernandes ou o "Mascara de Ferro Português". Herdeiros de D. Sebastião pela linha paterna da Coroa Portuguesa ou Lusitana. Herdeiros legítimos a Coroa de Espanha ou Castela pela linha materna. Gonçalo Afonso foi exilado para a Ilha da Madeira por haver esta questão de ser herdeiro da Coroa de Portugal e de Espanha simultaneamente, assim a Coroa de Portugal resolve ocultar seu nascimento ou sua existência para evitar sérios conflitos políticos com a Espanha, manteve-o nas condições que lhe eram por direito.

Sob a guarda e vigilância da Ordem de Cristo e assistido de tudo quanto lhe era necessário pela Coroa Portuguesa, que assegurou-lhe uma vida principesca mesmo longe do trono! A mesma coisa acontece com D. Sebastião, que viveu ocultamente após a Batalha de Alcácer-Quibir em África. Tanto quanto aconteceu com D. Gonçalo Afonso.

D. Sebastião também foi vítima de conspiração dentro da própria Corte e mesmo durante a batalha, cujo interesse o rei Felipe de Espanha tinha com a sua morte, pois assim assumiria o reino de Portugal, ignorando os demais descendentes ou parentes próximos de D. Sebastião....


Mas Deus tudo vê e tudo sabe!
Nenhum rei ou príncipe estranho perduraria na usurpação, e este fato vigora tanto em Portugal quanto no Brasil! Os maiores traidores não estão longe, geralmente são os mais próximos, que por inveja e ganância de poder. Acabam caindo numa maldição perpétua para si e sua descendência.

E ainda hoje existem usurpadores de 1822, que lutam para retornar e perpetuar a fraude a manter uma aparência legalizada diante do povo, quanto a sua traição..."Só a verdade liberta!"
IN HOC SIGNO VINCES
DOCUMENTO OFICIAL.
  
Registrado no Cartório de Títulos e Documentos, Elias Dornelles, Serviço Notarial e Registros de Títulos e Documentos - São Gabriel, RS. Brasil.
  
LIVRO B-127, FOLHA 26 FRENTE, SOB N° 22654.
PROTOCOLO LIVRO A-7, FOLHA 21, SOB N° 22519.
PUBLICAÇÃO: 
JORNAL O IMPARCIAL, PÁGINA 9 - 16/01/2016.

FONTES PRIMÁRIAS:
ELUCIDÁRIO MADEIRENSE, VOL. II, PÁG.29-30.
DICIONÁRIO PORTUGAL, VOL VI, PÁG. 373.

No desejo de melhor guardar e preservar a memória de meus antepassados, ascendentes e descendentes pela "fons honorum" pela linha real e imperial da Casa de Portugal, Brasil e Castela e todos os domínios ultramarino, ou seja, do Império Lusitano aquém e além mar, na qualidade e posição de herdeiro e sucessor pelo direito histórico, tradicional e simbólico, neste século representante "ius sanguinis" e "ius regno" pela Soberana e Sereníssima Casa Real e Imperial Avis Trastâmara Lisboa ou tradicionalmente reconhecida por Família Real e Imperial Principesca e Ducal Lisboa, encontra-se restaurada com todas as prerrogativas inerentes e parecer judicial sem embaraço e nem embargo, dentro das Leis do Direito Nobiliário Internacional.
Reclamo para meus familiares e em nome de meu augusto pai Dom José David Alves Lisboa, Príncipe Real de Avis Trastâmara Lisboa e para minha augusta pessoa o trono da Coroa Portuguesa e o trono do Brasil pela Dinastia Templária de Avis Trastâmara Lisboa, reconhecida por Ordens Religiosas e pela Sagrada Cavalaria do Templo ou Cavalaria Templária, conforme direito e poder hereditário pelo "ius sanguinis" e conforme Tese de Defesa Pública, proferida e publicada pelo Jurista Dr. Luiz Gonzaga Bezerra da Cunha. Pesquisador e Professor de Direito Constitucional e Tributário nas Universidades Potiguar e Universidade do Rio Grande do Norte.

Assim sendo para o conhecimento e divulgação pública, mando lavrar e firmar em Cartório do Estado do Rio Grande do Sul - Brasil, para Registro e produzir os efeitos Legais a que fazem jus os herdeiros do Príncipe e Rei no exílio Dom Gonçalo Afonso de Aviz Trastâmara Fernandes.
Eu Dom Antonio Cesar Santos Lisboa, Príncipe Real e Imperial de Avis Trastâmara Lisboa, Duque de Lisboa, Cognominado pelos Templários de o Príncipe Esperado do Sangue Real, Restaurador e Chefe de Nome e de Armas em "Gubernatio in Exsílio", reclamado está de fato, pois de direito já o são, visto ser minha mercê as prerrogativas inerentes, bem como todo o patrimônio herdado ou que, vier a adquirir seja material ou imaterial, bem como as honras, títulos e brasões ou armorial referentes a minha dinastia e todos os privilégios e bens culturais e simbólicos, como as Ordens fundadas pelos antecessores ou por vir a ser a criadas e que por direito faço jus, até que se restabeleça o "Status Quo Ante" do trono de meus antepassados.

Dada e passado em São Gabriel, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, aos três dias do mês de Janeiro do ano de dois mil e dezesseis.

Dom Antonio Cesar Santos Lisboa, Príncipe Real e Imperial,Chefe de Nome e de Armas e Chefe Jurídico, Duque de Lisboa, Cognominado de O Príncipe Esperado, Dinastia de Avis Trastâmara, Família Principesca Lisboa. Aos 03 dias do mês de Janeiro do Ano de 2016, A.D.+ D.G.
https://wanbassa.blogspot.com/2023/04/documento-oficialsoberana-e-serenissima.html

Continua...

terça-feira, 20 de junho de 2023

ALQUIMIA CRISTÃ - PARTE 2

 Do Livro

ALQUIMIA CRISTà

De Denis Labouré


A REALIDADE DO HOMEM ENCONTRA-SE NO ARQUÉTIPO 

As consequências são consideráveis. Elas implicam que a realidade profunda do homem não se encontra nele próprio, se entendermos com isto um ser autónomo. Pois trago a imagem de Deus: se Ele quiser contemplar-se, apenas o pode fazer em mim, em quem a Ele se assemelha7. A realidade profunda do homem não se encontra nas suas particularidades naturais e físicas, como o afirmam as teorias materialistas. Não reside na alma ou na parte superior desta, como o supunham muitos dos antigos filósofos. Não está toda contida na personalidade do homem, como o afirmam os sistemas psicológicos contemporâneos. Esta verdade encontra-se no Arquétipo, na imagem de Deus cuja semelhança é o reflexo alterado. Visto que o homem é imagem, o seu verdadeiro ser não está determinado pela matéria da qual a imagem é feita, tal como a identidade dum busto esculpido não reside no bloco de mármore.

AS TÚNICAS DE PELE 

Antes da queda8, o homem vestia roupas tecidas por Deus: O seu corpo não estava submetido (...) à corrupção; semelhante a uma estátua que se retira da fornalha e que brilha do mais vivo esplendor, não sofria de nenhuma das enfermidades que lhe notamos hoje5. Este vestuário psicossomático era tecido com a luz e a glória10 de Deus. Os primeiros seres criados estavam revestidos da glória do alto (...) ou antes, a glória do alto envolvia-os de toda uma roupagem11. Sobre essa roupagem brilhava a semelhança com o divino. Depois, o homem caiu. Procedendo do espiritual, ele passou ao biológico. Então Iahweh Deus fez para o homem e sua mulher túnicas de pele, e os vestiu. (Gn 3,21). 

Essas túnicas de pele não são um invólucro no qual a alma foi presa, como se prende um ser humano numa camisa-de-forças ou num escafandro. Não é o corpo, mas o estado actual, caído do corpo, que c o resultado da queda. Estas túnicas de pele não são uma imagem do corpo físico no qual a alma está presa e do qual se liberta com a morte. Devemos antes concebê-las como um ser (corpo e alma) de luz densificada, congelada, endurecida. 

O que constitui o homem "à imagem", é o corpo com a alma; não a alma sem o corpo, e nem o corpo sem a alma, mas o composto inseparável duma alma e dum corpo. O "à imagem" estende-se à totalidade psicossomática do ser humano. As túnicas de pele exprimem a mortalidade com que o homem se revestiu após a queda, como uma segunda natureza, uma situação nova na qual se encontra, isto é, uma vida na morte.

Esta mortalidade abraça todo o organismo psicossomático do homem e não se limita ao corpo, pois as funções psíquicas também se tornaram corporais. Elas formam com o corpo o véu do coração (...), as vestes carnais do velho homem12. É o homem que o apóstolo Paulo chama de "carnal" ou "psíquico" por oposição ao homem "espiritual". Estas túnicas de pele não são uma sanção ou um castigo infligido ao homem por ter desobedecido a um deus autoritário e megalómano.

Representam certamente um obscurecimento do "à imagem", uma violência feita ao vestido de luz. Mas também são um remédio, uma nova possibilidade oferecida por Deus. Estas túnicas de pele oferecem-lhe a possibilidade de sobreviver algum tempo no próprio seio da morte até reencontrar e ultrapassar a roupagem inicial. O sonho de Adão Então Yahweh Deus fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu. Gn2, 21) 

O HOMEM ADORMECIDO 

Várias passagens da Bíblia comparam a existência mortal a um sono do qual precisamos despertar: Ó tu, que dormes, desperta e levanta-te de entre os mortos, que Cristo te iluminará. (Ef 5, 14)13. No jardim das Oliveiras, enquanto o seu mestre orava pela última vez, os discípulos dormiam! Na vida corrente, constatamos que o homem vive ausente de si próprio. Ele vive nos seus sonhos: sonhos nocturnos, sonhos diurnos. Tudo isto começou há muito tempo, com este torpor enigmático que caiu sobre ele no segundo relato da criação: Então Yahweh Deus fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu, (Gn 2, 21). 

Boehme resume assim a situação: contempla e considera o sono e encontrarás tudo. O sono não é mais do que ter sido subjugado1*. Para ele, o sono é a paragem do contacto com a verdadeira imaginação (o facto de ser "à imagem"), uma separação da realidade por um virar do avesso, um mergulho no abismo da falsa imaginação. Ele fala do grande mistério da separabilidade, de onde provêm as criaturas...15. 

Esta separabilidade implica necessariamente o sono, pois o sono é um esquecimento pelo homem da sua própria natureza. O sono em si próprio não é nocivo pois ...onde há sono, aí se esconde o poder divino no centro16. O sono prolongado durante uma vida inteira equivale à morte: "Já chegou a hora de acordar..." (Rm 13, 11). A própria doença é uma forma de sono que nos dá a chave da cura espiritual.

Quando Simão-Pedro cura o coxo, eis como ele se lhe dirige: Em nome de Ieshouah o Messias, o Nazareu, desperta, caminha!"Ele tomou-o pela mão direita e despertou-o. Então a planta e os tornozelos dos pés endureceram...17 (At 3, 6-7). Se os homens lêem os Evangelhos sem ver que estes falam do despertar em cada página, é porque o lêem a dormir. Não compreendem que tais chamamentos devem ser tomados à letra. Para o perceberem, deveriam despertar um pouco, ou pelo menos tentar fazê-lo. 

Continua...




domingo, 18 de junho de 2023

ALQUIMIA - PARTE 1

Livro

ALQUIMIA CRISTÃ

de Denis Labouré 


I. À SUA IMAGEM E À SUA SEMELHANÇA ♦

O QUE É A ALMA IMORTAL? ♦ O CORPO É A FORMA SOB A QUAL A ALMA APARECE ♦ À SUA IMAGEM ♦ A SUA SEMELHANÇA ♦ A IMAGEM É INALTERÁVEL, A SEMELHANÇA DEVE SER RESTAURADA ♦ A REALIDADE DO HOMEM ENCONTRA-SE NO ARQUÉTIPO ♦ As TÚNICAS DE PELE ♦ O HOMEM ADORMECIDO ♦ O ESTADO DE CONSTATAÇÃO ACTIVA

II. DEUS FEZ-SE HOMEM PARA QUE O HOMEM SE TORNASSE DEUS 

TORNAMO-NOS NO QUE SOMOS ♦ O VERBO É FAZEDOR DE DEUSES ♦ A PEDAGOGIA DIVINA ♦ A SÍNTESE DE NlCOLAU CABASILAS ♦ O CORPO DE GLÓRIA ♦ A SENSAÇÃO DOS OSSOS ♦ O SEU ROSTO RESPLANDECIA ♦ O QUE A MORTE DESTRÓI ♦ Vi UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA ♦ A CRIAÇÃO GEME E SOFRE AS DORES DE PARTO 

III. COMO FAZER? 
a) A ABERTURA ÀS ENERGIAS DIVINIZANTES ♦ 

COMO EMPREENDER ESTA AVENTURA? ♦ AS FERRAMENTAS DISPONÍVEIS ♦ A ÁGUA, O SANGUE E A CARNE ♦ O BAPTISMO ♦ A EUCARISTIA ♦ O SENTIDO LITERAL E O SENTIDO ESPIRITUAL ♦ As CHAVES INTERPRETATIVAS LEGADAS PELOS PADRES ♦ A GERMINAÇÃO DO HOMEM INTERIOR ♦ AS CONDIÇÕES PRÉVIAS ♦ As PALAVRAS SÃO ENGANADORAS ♦ ONDE ORAR? ♦ A ORAÇÃO: PARA QUÊ? ♦ COMO FAZER? ♦ A ORAÇÃO INSISTENTE ♦ ORAÇÕES CURTAS ♦ O LUGAR DO CORAÇÃO ♦ CALOR E FOGO (O DESEJO) ♦ O FIM DAS COISAS ♦ 

 B). AS TÉCNICAS PSICOSSOMÁTICAS ♦ 

TORNAR-NOS APTOS A RECEBER ♦ As PAIXÕES VIRADAS DO AVESSO ♦ NA ORIGEM, UM ENVENENAMENTO ♦ A PASSAGEM AO ALIMENTO ♦ O QUE DEVE O HOMEM COMER? ♦ A ABOLIÇÃO DAS PROIBIÇÕES ALIMENTARES ♦ SABER CALAR-SE PARA ESCUTAR ♦ O DOMÍNIO DA LÍNGUA ♦ O SILÊNCIO DA ALMA ♦ O SILÊNCIO OBJECTIVO ♦ O SILÊNCIO ESPIRITUAL ♦ DO SOPRO DE DEUS AO RESPIRO DO HOMEM ♦ A IRRUPÇÃO DO TEMPO ♦ QUANDO O SACERDOTE SE TORNA UM ACTOR ♦ O GESTO JUSTO ♦ O ESPAÇO SAGRADO ♦ COMO LIMPAR O INCONSCIENTE? ♦ O SEGREDO DAS LÁGRIMAS

IV. A REGENERAÇÃO DA CARNE 

ESOTERISMO E CRISTIANISMO ♦ REGENERAÇÃO E SUBSTÂNCIAS DO CORPO ♦ A DEMANDA DO GRAAL ♦ A OBRA DE REGENERAÇÃO ♦ PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS ♦ O SANGUE, ANTÍDOTO UNIVERSAL 

V. "E QUE SURJA A ESTRELA D'ALVA EM NOSSOS CORAÇÕES" 

A GRAVIDEZ DA ALMA ♦ O EMBRIÃO DE IMORTALIDADE ♦ E QUE SURJA A ESTRELA D’ ALVA EM NOSSOS CORAÇÕES


I. À SUA IMAGEM E À SUA SEMELHANÇA 

O homem enquanto imagem de Deus Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, como à nossa semelhança, e que eles dominem, sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra". Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou. Gn 1, 26-27 

É A ALMA IMORTAL? 

Dum lado está o espírito, doutro lado está a matéria. Se algo não pertence ao espírito, pertence à matéria. Se não pertence à matéria, pertence ao espírito. O homem é composto de dois elementos distintos: o corpo e a alma. Quando a morte ocorre, apenas o corpo se desagrega na terra, enquanto que a alma, liberta, continua a viver junto de Deus. Eis o que pensa a maioria das pessoas. Ora, esta visão segundo a qual a alma está presa num corpo como um pássaro numa gaiola é de origem platónica. Ela não se aplica nem ao judaísmo nem ao cristianismo, ainda que algumas frases da Bíblia, influenciadas pela filosofia grega, pareçam adoptá-la. 

O CORPO É A FORMA SOB A QUAL A ALMA APARECE 

Na Bíblia, as noções de alma e de corpo não têm o sentido que lhes atribuímos habitualmente. Para isto ser compreendido, não devemos ler a Bíblia com os óculos do homem do Sec. XX. Na Bíblia, a carne está unida à alma. O que conta, antes de tudo, é o ser humano. Do ponto de vista da nossa existência concreta, a palavra "alma" designa o sujeito humano enquanto pólo espiritual, por oposição ao pólo material chamado "corpo". A alma é o princípio imanente de informação e unificação do nosso corpo material. O corpo é o fenómeno da alma, o rosto sob o qual a alma aparece quando está imersa no mundo da matéria; não é outra coisa qualquer, não é uma outra substância qualquer. O corpo é a forma espácio-temporal da alma. A experiência seguinte ajudar-vos-á a perceber a relação entre o corpo e a alma. Ponham a mão entre os vossos olhos e uma lâmpada eléctrica. Segurem uma folha de papel entre os olhos e a mão. A vossa mão representa a alma, a sombra no papel representa o corpo. Reflictamos nesta situação. Não temos uma mão espiritual (alma) e uma mão material (corpo). Também não temos uma mão perfeita inserida numa mão imperfeita. Também não há uma mão imortal encerrada numa mão mortal da qual se escaparia aquando da morte. Há apenas uma mão. 

À SUA IMAGEM 

O Eterno fez o homem não apenas à sua imagem mas também à sua semelhança: façamos o homem à nossa imagem, como à nossa semelhança... (Gn 1, 26-27). Os investigadores mais recentes recusam-se a estabelecer uma distinção entre "imagem" e "semelhança". Sentem-se confortados pelo texto hebreu inicial, as duas palavras tselem e demouth sendo essencialmente sinónimas. Mas este extracto do relato da criação vem desenvolvido no livro da Sabedoria, escrito em grego por volta dos meados do Io século antes da nossa era. Aí encontramos uma paráfrase do Façamos o homem à nossa imagem que atribui à vocação do homem a incorruptibilidade: Deus criou o homem para a incorruptibilidade (2, 23). Esta incorruptibilidade está em conformidade com a natureza de Deus: e o fez imagem da sua própria natureza1 (2, 23). Ou, segundo uma outra versão do mesmo versículo, ele fê-lo à imagem da sua própria eternidade. A expressão à nossa imagem, como à nossa semelhança não é desenvolvida se nos ficarmos apenas pelo Antigo Testamento. Alguns teólogos protestantes, alegando uma influência grega, tentaram excluir do cristianismo a "teologia da imagem". Na redacção dos livros do Antigo Testamento, poucas coisas permitem efectivamente fundar uma antropologia religiosa sobre a noção da imagem de Deus. Citemos no entanto SI 8, 6, lembrado em Hb 2, 6: E o fizeste pouco menos do que um deus. Ora, pela Incarnação, que constitui o facto fundamental do cristianismo, "imagem" e "teologia" encontram-se tão estreitamente ligadas que a expressão "teologia da imagem" se torna quase um pleonasmo. O Novo Testamento dá-nos a chave desse Antigo Testamento que São Paulo considerava como a sombra dos bens futuros, e não a substância própria das realidades" (Hb 10, 1). O Cristo é a "imagem do Deus invisível (Cl 1, 15), ele é a imagem de Deus (2 Cor 4, 4). Um pouco mais à frente, na mesma Epístola aos Colossenses, o apóstolo fala na renovação do homem à imagem do Deus criador. O Cristo é a efígie da sua substância (Hb 1, 3) tal como o é a marca exacta que deixa um selo. O que é manifestado pela imagem não é a pessoa do Pai, mas a sua natureza, idêntica no Filho. A esta imagem, o homem pode assemelhar-se, pode renovar-se (Cl 3, 10; Rm 8, 29; ICor 15, 49). No entanto, a imagem de Deus não é algo que está dentro do homem. E o homem todo que está à imagem de Deus. Santo Ireneu escreveu que a imagem de Deus no homem compreende a alma e o corpo humano, também ele formado à imagem de Deus3. O ofício dos mortos da Igreja ortodoxa afirma que o corpo humano é também à imagem de Deus: eu choro e gemo quando vejo deitada no túmulo a nossa beleza criada à imagem de Deus. 

A SUA SEMELHANÇA 

Se nós nos compararmos ao homem criado "à imagem e à semelhança de Deus", somos forçados a constatar que alguma coisa se perdeu. Assim, os Padres da Igreja distinguiram as duas noções, a imagem e a semelhança. Com a queda, perdemos a semelhança, mas a imagem de Deus permanece inteira, imanente. Comparemos a situação com uma gravura colorida. Subitamente, perdeu cores e luz. Resta apenas o traço, uma pequena fotografia incolor. Ele ainda representa a mesma coisa. A imagem permanece, mas a semelhança apagou-se. Devemos restaurá-la. 

A IMAGEM É INALTERÁVEL, A SEMELHANÇA DEVE SER RESTAURADA 

Sendo Deus incompreensível, necessariamente a sua imagem também o é. Ela não está sujeita a qualquer alteração. A sua existência é independente da nossa vontade, razão pela qual ela permanece em todos os homens. Todos os esforços humanos não conseguiriam privar Deus da sua própria imagem! Ela exprime-se, difunde-se, como o faria a projecção dum prisma situado no foco da existência humana. Mas está habitualmente reduzida ao silêncio e foi tornada inoperante. Se a imagem está presente, já realizada, a semelhança é apenas potencial ou virtual. A semelhança tem de ser reencontrada pois todo o homem é à imagem de Deus, mas eventualmente também à sua semelhança4. Desde o instante da sua criação, o homem estava destinado a aproximar-se do seu modelo original deificando-se, restaurando a semelhança. Efectivamente, o homem foi criado com o poder e o dever de se tornar conforme e semelhante a Deus, de se tornar Deus. Já no Séc. II, Clemente de Alexandria desenvolve o tema da criação do homem à imagem de Deus, devendo o homem adquirir livremente a semelhança aperfeiçoando-se pela prática das virtudes, atingindo assim a assimilação com Deus. Basílio o Grande diz que o homem é um ser criado que recebeu o mandamento de se tornar Deus5. O homem criado "à imagem" é a pessoa capaz de manifestar Deus, na medida em que a sua natureza se deixe penetrar pelas energias divinas incriadas (a graça). Assim, a imagem pode tornar-se semelhante ou dissemelhante até aos últimos limites. No melhor dos casos, ela acede à união com Deus quando o homem, uma vez divinizado, mostra nele, pela graça, o que Deus é pela sua natureza. No pior, ele cai na degradação extrema a que Plotino chamava de "lugar da dissemelhança", situando-o no tenebroso abismo do Hades. Segundo Gregório Palamas, o homem é o reflexo das energias divinas incriadas. Todavia, sob uma condição: que a sua imagem criada se encontre em comunhão ininterrupta com as energias incriadas da natureza incriada de Deus. Dito de outra forma, o homem é a imagem e semelhança de Deus quando vive em livre e estreita sinergia com Deus. Basílio o Grande comenta assim a palavra bíblica: Criamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança. Já possuímos uma (a imagem) pela criação; adquirimos a outra (a semelhança) pela vontade. Na primeira estrutura, é-nos dado nascer à imagem de Deus, pela vontade forma-se em nós o ser à semelhança de Deus. O que depende da vontade, a nossa natureza possui-o em potencial, mas é pela acção que o obtemos... dando-nos a nós próprios o poder de nos assemelharmos a Deus... assim... ele deixou-me o cuidado de me tornar à semelhança de Deus...6. Isto realiza-se quando a liberdade da imagem de Deus, que é o homem, coopera livremente com as energias do seu protótipo, que é o Cristo. 

Continua...



quinta-feira, 15 de junho de 2023

Gramscismo - entendendo rápido que você já foi conduzido por ele

     






A prudência do inimigo e o pensamento sempre duplo:




Explicando melhor:










https://duckduckgo.com/?q=gramiscismo&t=chrome&atb=v366-1&hps=1&iax=images&ia=images

terça-feira, 13 de junho de 2023

Tempos do fim ou fim do cristianismo? - 1

Irmãos, sei que há sempre pessoas cristãs defendendo mais ou menos o estado e que o entendimento radical de comunidade cristã apartada do estado, como está em Atos e outros livros, inclusive não canônicos do cristianismo primitivo, não é bem aceita hoje. Isso só é uma amostra de que a idade das trevas é a presente era...

Lembremos (ou saibamos) que o cristianismo era ilegal, e se tornou mais ilegal ainda, não que ele mesmo tenha se tornado, mas porque as leis estatais assim o fizeram. Só existe cristianismo hoje por causa dos santos mártires que deram suas vidas neste a causa do evangelismo, da conservação das escrituras, da revelação e da igreja. Ilegal pregar, ou ilegal ser cristão ou ilegal alguma recomendação das escrituras, sempre tem que ser um decreto, uma simples declaração não faz isso. Tem que ser sempre algo legislado, ditado, regulamentado, imposto, aplicado decretado pelo poder estatal, e obedecido pela força coercitiva. Poder este, inimigo do cristianismo desde sempre, não sempre de propósito, mas porque são antagônicos por natureza.

Vocês hoje só têm acesso a bíblias traduzidas porque pessoas arriscaram suas vidas e muitas perderam também descumprindo leis estatais. "Nas Constituições de Oxford de 1408, a tradução da Bíblia ao inglês foi estritamente proibida, e apenas a Vulgata em latim era de uso legal" (wikipedia). Só por exemplo, e em reinado cristão.

Hoje e a cada dia o ídolo estado avança com seus tentáculos e garras afiadas cada vez mais no sentido de desconstruir e no futuro proibir e até, esta é a intenção, banir o cristianismo. Muitos hoje duvidam disso, que no futuro será fato corriqueiro e lamentado por uns poucos. Há um trabalho das trevas sistemático e disciplinado para isso. Eles são muito mais prudentes que nós, os atuais cristãos. Aliás a imprudência tem se tornado a marca dos cristãos atuais, infelizmente, façamos a auto-análise.

Quem pensa que os satanistas e luciferianos são como aqueles estereotipados, vestidos de preto, se embriagando com drogas e álcool, em orgias pansexuais, dos idólatras neo-pagãos ou da igreja satânica de Lavey e similares, está muito enganado. Isso é só uma distração de satanás para os cristãos desviarem o olhar enquanto eles atuam mesmo é em outra área. 

Eles hoje se elegem se dizendo cristãos, eles fundam novas "igrejas" evangélicas e se tornam padres e pastores das tradicionais, e muito rapidamente porque têm objetivo e disciplina, são dedicados e pacientes. Eles se formam e se doutouram em teologia, dão palestras e aulas em faculdades de teologia, criam novas linhas teológicas. Eles dirigem a mídia oficial e a alternativa, são donos ou sócios das principais redes sociais e dirigem a indústria do entretenimento (cinema, teatro, música, arte em geral) e informação (televisão, jornalismo, editorial)...

Eles dirigem muitas universidades públicas e privadas, formam professores de nossos filhos, e professores universitários, que vão formar o pensamento das próximas gerações. Enquanto os cristãos estão pensando que não vai dar tempo por que estamos no fim dos tempos. Claro que nos aproximamos mais e mais! Mas está longe desse tempo ser o pior de todos os tempos como nunca se viu antes, e de se dizer paz e segurança, não acham?

Ainda muito vai acontecer. Não caiamos nessa distração. Desde Paulo eles já diziam para não fazer nada porque Cristo já já viria! "Descanse", é o hino satânico...

 E assim chegamos ao tempo em que a educação chamada laica não permitirá mais a cristã e só poderemos educar em nossas casas, nossos familiares, e nas chamadas igrejas. Nessa marcha chegaremos rápido à proibição do ensino cristão nas escolas (mesmo nas cristãs), a exigência de formação teológica aprovada por ministério da educação (leia-se o ministério da verdade, de Orwell, que já existe no Brasil), os impostos às "igrejas" e logo à proibição da evangelização, como já há em alguns países, a criminalização da pregação, o uso de termos e expressões como pecado, Deus abençoe, Virgem!, sodomia, etc., será considerado assédio religioso, ou algum tipo preconceito, fobia, criminalizado. 

Daí para a proibição generalizada do cristianismo será um passinho, não um pulo, como se diz, mas sim um pequeno passo. A bíblia será proibida (como já é em algumas bibliotecas públicas), e o cristianismo será clandestino novamente. Graças a Deus: teremos assim novamente uma igreja realmente fiel a Cristo, sem um outro pé no mundo, uma igreja de mártires de novo (e quem é que martiriza sempre os cristãos, senão o ídolo estado?). Aí sim, então virá fim.

Sonho com esse dia, e quem dera que estivesse realmente marcado para essa geração. Quero ver o Senhor vindo... Quem dera estivéssemos prontos!



QUAL POSIÇÃO O VERDADEIRO CRISTÃO DEVERIA TER DIANTE DAS PROIBIÇÕES GOVERNAMENTAIS?

 

A Narrativa do Coronavírus e a Sua Metodologia Demoníaca – Pe. Peter Heers



  1. Que tipo de crise é esta?
  2. Isto é uma pandemia?
  3. modus operandi do Inimigo (o Diabo)
  4. O programa de três passos
  5. A dialética marxista em funcionamento
  6. Exemplos de terrorismo:
    • O totalitarismo de Yuval Noah Harari
    • O alarmismo de Neil Ferguson
    • A história 30 vezes maior da ONU
    • A contagem de mortes como anúncios onipresentes
    • Cultivando o medo da morte
    • A solução final
  7. O caminho do Inimigo e O Caminho

 

 

Transcrição

 

1º de maio de 2020

Episódio 11



A Narrativa do Coronavírus e a Sua Metodologia Demoníaca

 

Hoje no podcast Orthodox EthosA Narrativa do Coronavírus e a Sua Metodologia Demoníaca.

Hoje estamos enfrentando uma crise. Isso é indiscutível. A questão é: qual é a natureza dessa crise? A palavra crise significa, em grego, divisão ou separação. Nossa crise não é, na verdade, o que a maioria das pessoas está dizendo hoje — que é uma crise sanitária do corpo humano.

Pelo contrário, é uma crise que divide os que crêem e são fiéis, não temerosos, não tímidos — os que têm o temor de Deus e não o medo da morte —, e aqueles que têm medo de andar na contra-mão do mundo, de ir contra a narrativa que é apresentada: os evidentes exageros que são dados para fechar igrejas, impor medidas injustas e desnecessárias que violam a nossa consciência como cristãos e também os nossos direitos como cidadãos.

Em meio a tudo isso, devemos sempre lutar para manter o phronema ortodoxo correto, o discernimento necessário para entender todas as várias visões à direita e à esquerda, para reter o caminho real. Devemos lutar para permanecermos no caminho real em meio a essa histeria coletiva, confusão, notícias falsas e boatos.

Para começar, vejamos o termo usado para essa crise. Ela é chamada de pandemia. É um termo grego, que significava e que sempre foi usado para significar o que afeta todo o povo, pandemia é todo o povo: pan (todo) + demos (povo).

Os números realmente justificam esse termo? Não, não justificam. E está sendo cada vez mais demonstrado de diversos modos, por diversos estudos, que os números não justificam o termo. E, especialmente, compare-os com pandemias passadas: não estamos realmente enfrentando algo como, por exemplo, o que Justiniano enfrentou em seu tempo, ou como a epidemia da gripe de 1918.

Quando olhamos mais profundamente para a metodologia que está sendo implementada para mudar a sociedade e a maneira como vivemos, incluindo a maneira como vivemos como cristãos ortodoxos e a nossa identidade como cristãos ortodoxos, podemos ver todas as impressões digitais do Diabo em todo esse processo, esse modo de vida para o qual todos estamos sendo empurrados.

E o aspecto número um de sua identificação, a maneira como sabemos que é a sua metodologia, é o medo. Ele sempre usa o medo. Ele trabalha incutindo medo e manipulando a humanidade através deste medo: medo da morte, medo do sofrimento, medo da perda daquilo a que estamos apegados neste mundo, sejam coisas materiais ou mesmo outras pessoas.

Em sua guerra contra Deus e a Sua imagem — o homem — ele passa por vários estágios. Pode-se analisar isso da seguinte maneira:

Ele provoca, antes de tudo, um choque — ekplixsi, diríamos em grego. Ele gera assombro nas pessoas. Ele provoca uma ameaça repentina e inesperada, que congela os homens em seus lugares. E é mais ou menos como o choque e o temor que são usados nas guerras militares modernas.

Esse é o primeiro passo. Todo mundo fica desorientado. Todos os líderes da Igreja disseram, na Grécia e em outros lugares, que essa coisa toda progrediu com tanta rapidez que ficaram muito desorientados e não souberam direito como reagir. E isso é um sinal de algo que o Diabo faz para alcançar o seu objetivo.

E o próximo estágio é a kataplexia: traumatizar e infligir uma ferida mental ou espiritual nas pessoas que o Diabo está tentando tornar submissas a ele em vez de submissas a Deus.

E nesse estado de coisas somos despojados de nossa motivação e de nosso objetivo. Ficamos desorientados e, depois, como que imobilizados também.

E então, uma vez que estivermos nesse estado, o próximo estágio será a tromokratia, uma espécie de reino de terror ou medo que chega e que o Diabo tenta provocar na sociedade para governar através do medo, para que fiquemos todos com medo e, conseqüentemente, façamos coisas que normalmente não faríamos, que não gostaríamos de fazer e que a nossa consciência diz para não fazermos.

O Diabo é o verdadeiro terrorista, o primeiro dos terroristas. Ele é o pai dos terroristas. O Cosmocrator é o governante do mundo, em oposição ao Pantocrator, que é o nosso Senhor e nosso Deus, o Governante de Tudo. O governante do mundo governa através das paixões — “o mundo” diz respeito ao mundo das paixões, e as pessoas vivem de acordo com as paixões. É ele quem está por trás das paixões; os demônios estão por trás das paixões e governam através da submissão às paixões. O Pantocrator, o Governante de Tudo, está acima disso tudo e não governa, é claro, através do medo ou das paixões; é exatamente o contrário.

Então, esse Cosmocrator usa o cratos, ou o Estado, os poderes deste mundo, os governantes deste mundo — principalmente os que estão afastados de Deus, é claro —, numa inversão da autoridade orientada por Deus. Esses são os séculos XIX, XX, XXI, e estamos vivendo, em geral, quase universalmente em sociedades nas quais a autoridade ordenada por Deus e ungida por Deus foi derrubada e tudo foi invertido.

Então ele usa, acima de tudo — e usará especialmente no fim dos tempos, com o Anticristo —, esses meios para fazer avançar o seu plano, para ocasionar a submissão das pessoas por meio do seu ungido, o Anticristo, aquele que se coloca no lugar de Cristo e oferece não a salvação do pecado e da morte, mas a salvação neste mundo para os propósitos deste mundo, o que é realmente a condenação, no fim das contas.

Isso fica evidente nesse caso; fica óbvio, quando se olha para a história do terrorismo patrocinado pelo Estado nos últimos cem, cento e vinte anos, que o Inimigo estava por trás da perversão e ascensão do Estado e o submetendo aos seus objetivos.

Você vê isso nos genocídios na Ásia Menor, depois nos Estados totalitários que surgem na União Soviética e na China comunista, na Alemanha fascista, na Itália e em todo o mundo, através do comunismo.

E assim também nos nossos dias o poder estatal é usado de maneira terrorista. Então, este é o seu modus operandi: o medo. É claro que ele faz isso caso a caso, mas ele também progride e vai o máximo possível para o âmbito estatal.

Temos de estar cientes, vigilantes e entender isso. E qualquer um que tenha estudado a Igreja Ortodoxa sob o comunismo, tem plena consciência de que nós, ortodoxos, temos muita experiência. A Igreja Ortodoxa tem mais experiência que qualquer outro organismo cristão em termos de como o Estado é manipulado e usado para fins demoníacos.

Regimes notoriamente totalitários como o comunismo desmoronaram, em sua maioria, não inteiramente, e de modo algum a metodologia do maligno, que foi utilizada por esses regimes, morreu com eles. Pelo contrário, a dialética marxista tem sido adotada e implementada em todo o mundo e prossegue através da academia.

Qualquer um que siga o trabalho daqueles que resistem a essa dialética — pessoas como o Jordan Peterson, por exemplo, que é popular e que, infelizmente, não é um cristão ortodoxo —, percebe que essa dialética marxista está atuando em todo lugar.

E o que é isso? Temos de ter isso em mente ao tentar interpretar a crise que enfrentamos. É tese, antítese e síntese. Ou, para colocar de modo mais simples, problema, reação e solução. Existe um problema que é criado, uma reação que é provocada e, em seguida, uma solução que é dada.

E é assim que se passa de um estado de coisas na sociedade com o qual não se está feliz — quando se é parte dessa classe dominante, ou do que quer que esteja tentando mudar o status quo — para outro estado.


Como isso acontece? Temos de passar por uma crise, uma separação, uma oposição, a fim de oferecer então uma nova solução, um novo estado de coisas. E isso está muito claro agora que esses pensadores de inspiração demoníaca em nossos dias estão usando essa metodologia bem na nossa frente.

Nada disso, é claro, é semelhante a Deus, inspirado por Deus. Deus e Seus Santos nunca forçam, nunca incutem medo para uma pessoa entrar no Reino de Deus, nunca aterrorizam. Nosso Senhor dá exemplos. Como Pai amoroso, Ele nos chama. Ele não pressiona, não manipula.

Não importa quantos são os Meus discípulos, diz Ele, vocês são livresPeguem as suas cruzes, se desejarem ser Meus discípulos, se quiserem ser salvos. A liberdade da pessoa humana é dada por Deus e é muito valiosa para Deus. Então, quando vemos a liberdade sendo violada e uma pressão chegando para haver uma mudança repentina na sociedade, sabemos que isso não é de Deus; é do Inimigo.

Alguns exemplos de pressão e de terror psicológico que estão sendo infligidos às pessoas neste exato momento, durante esta crise: desde o início, quase imediatamente, surgiram vozes, como vindas do nada, em grandes publicações como o Financial Times e disseram que tudo mudou, que a vida nunca será a mesma, que a vida como a conhecemos acabou. Por quê? Por causa de uma doença? De uma doença que não é sequer uma pandemia? Certamente é uma crise sanitária, mas não uma pandemia.

Por causa dessa doença, por que tudo deve mudar? Não importa o quão ruim seja a doença, por que mudaríamos a nossa vida, e especialmente a nossa vida em Cristo e a nossa vida na Igreja?

Talvez o mais notável e famoso dos que estão empurrando essa narrativa de mudanças enormes da noite para o dia — mudanças das quais nunca poderemos voltar — seja um professor de História da Universidade Hebraica de Jerusalém, um escritor de renome. Ele escreveu muitos livros. O seu nome é Yuval Noah Harari.

Você pode pesquisar sobre ele. Ele é muito conhecido pela elite e é lido por ela. Ele se tornou uma espécie de voz visionária da elite. Seus livros se tornaram best-sellers do New York Times, e ele tem o apoio de pessoas como Barack Obama e Bill Gates. Isso já diz de onde ele vem.

No seu livro de 2017, Homo Deus, ele argumenta que não há Deus, nem alma, nem livre-arbítrio. Que maravilha de coisa demoníaca! Para ele a vida é meramente uma sucessão de reações químicas, algoritmos que interagem e evoluem com a natureza. Ele acredita que a humanidade tecnologicamente capacitada acabará se tornando deuses imortais.

Imediatamente após a erupção da crise ele emitiu uma avaliação pós-crise e pós-coronavírus e foi destaque no Financial Times. E eis aqui apenas um capítulo, um pequeno parágrafo — e não tudo o que ele diz — que salta à vista. É espantoso, em primeiro lugar, que ele diga isso e que as pessoas o escutem e o levem a sério.

Em um parágrafo intitulado Vigilância debaixo da pele ele diz:

“Para parar a epidemia, populações inteiras precisam cumprir certas diretrizes. Existem duas maneiras principais de se conseguir isso. Um método é o governo monitorar as pessoas e punir aquelas que violarem as regras. Hoje, pela primeira vez na história da humanidade, a tecnologia possibilita monitorar todas as pessoas o tempo todo. Cinqüenta anos atrás a KGB não podia seguir 240 milhões de cidadãos soviéticos 24 horas por dia, nem ter a esperança de processar efetivamente todas as informações coletadas. A KGB contava com agentes e analistas humanos, e simplesmente não podia colocar um agente humano para seguir todos os cidadãos.” É como se ele estivesse lamentando isso.  “Mas agora os governos podem contar com sensores onipresentes e algoritmos poderosos em vez de fantasmas de carne e osso.”

Impressionante. Então esse é o modo de pensar das pessoas que passaram da luz para as trevas. A primeira observação dele é que o coronavírus mudará radicalmente a economia, a política e a cultura em um curto espaço de tempo, se as ordens mundiais agirem rápida e decisivamente. Veja como tudo tem de acontecer rapidamente, sem dar tempo suficiente para a crise passar.

“Temos que aproveitar isso.” — este é um dos pontos principais dele. Ele diz que a crise “avançará o processo histórico”, algo que eles querem muito que aconteça. Querem acelerar a mudança e eliminar os últimos vestígios da antiga ordem. Permitirão que os funcionários conduzam experimentos em massa usando “tecnologias perigosas”, e decisões cuja deliberação normalmente levaria anos ou décadas serão “aprovadas em questão de horas.” É nesse clima de pânico que as pessoas aceitarão medidas que “nunca aceitariam em tempos normais”.

Essa é a metodologia demoníaca, se é que alguma vez eu a ouvi, a vi ou a li. É assim que os demônios querem trabalhar. Querem nos levar a um estado de submissão, a uma queda, o mais rápido possível, antes que tenhamos tempo para orar ou reconsiderar as coisas, e então você terá, é claro, que viver com esse novo estado de coisas.

Eles não querem voltar à normalidade. E isso está evidente em seus escritos e até nos meios de comunicação de massa. Eles não querem voltar à normalidade. Querem uma ordem diferente que reflita a sua visão de mundo.

O futuro não é apresentado como uma escolha, mas como um fato. “Será assim”, dizem eles. “A crise se imporá rapidamente às nações, não há como voltar atrás e a antiga ordem acabou.” E essa narrativa encontra-se na avalanche diária de notícias. É fácil encontrar as medidas, os métodos e os objetivos que Yuval Noah Harari entrelaça no seu artigo sobre a crise.

Um editorial recente do Wall Street Journal, escrito há algumas semanas pelo antigo e conhecido defensor da nova ordem das coisas, Henry Kissinger, repete a idéia de que a crise alterará para sempre a ordem mundial.

Assim, desde o início, houve o alarmismo da elite e do establishment. Vemos isso também no muito elogiado e citado professor Neil Ferguson, do Imperial College de Londres. Ele previu, e muitas pessoas o ouviram, que o número de mortes por coronavírus seria superior a dois milhões nos Estados Unidos. Dois milhões são centenas de porcentagens além do que acabou sendo, do que ainda é neste exato momento.

Ele chegou ao número presumindo que a infecção seria quase universal e que a taxa de mortalidade seria alta, o que seria, obviamente, uma eventualidade aterrorizante.

Mas, ao mesmo tempo, houve outro epidemiologista, John Ioannidis, professor de grego em Stanford, que disse exatamente o contrário, e ninguém prestou atenção. Ele disse que haveria uma taxa de mortalidade de 0,5 a 1%, não muito diferente da gripe comum. É claro que o coronavírus não é a gripe comum; ele tem características diferentes —  ele está infligindo mais idosos que jovens, mais homens que mulheres, e há muitas outras coisas que as pessoas ainda estão aprendendo sobre ele.

Mas todas as tendências de dados desde meados de março mostram que o professor Ferguson estava muito errado e o professor Ioannidis estava muito certo. E, no entanto, ainda não houve nenhum recuo. Não há arrependimento da parte daqueles que estavam pressionando por mais medidas, medidas contínuas, igrejas fechadas, e tudo mais.

E isso se deve em grande parte a uma mídia irresponsável e até a uma mídia que está cumprindo uma agenda.  Ela traz o medo — a marca do demônio em nossa vida — e todo mundo se encolhe.

Um jovem médico morreu em Wuhan; portanto, o vírus é mortal e perigoso para todos; os hospitais italianos estão lotados; portanto, temos uma pandemia que está além de qualquer proporção épica; a China teve sucesso com as medidas draconianas; portanto, todos têm que seguir medidas de um Estado totalitário em todo o mundo.

Essa narrativa de pandemia continua. Quanto ao embasamento científico, racional, vamos dar um passo de cada vez e observar a abordagem dos números que, em geral, ainda não está sendo ouvida.

Estamos nos lançando num penhasco com esse confinamento em massa e, no entanto, isso realmente se justifica? Na época, no início desses avisos emitidos, o Departamento Internacional de Saúde das Nações Unidas presumia uma taxa de mortalidade 20 a 30 vezes maior do que a que agora parece ser realista. Mas quem exatamente é esse Departamento Internacional de Saúde da ONU?

Essas são as mesmas pessoas, o mesmo grupo de intelectuais, a elite que está pressionando. Inclusive na Grécia, agora mesmo, o governo está sendo pressionado e está pressionando para introduzir um programa de educação sexual perverso e muito destrutivo espiritualmente. Em que nível? Desde bebês até criancinhas de quatro anos de idade. Basicamente, desde o nascimento até os quatro anos de idade. Querem que as pessoas em todo o mundo adotem a educação sexual da ordem mais perversa, a qual inclui o auto-abuso ou onanismo e o transexualismo desde o início.

Esse é o tipo de pessoa em que nós, como cristãos ortodoxos, não podemos ter nenhuma confiança — é claro! Não podemos confiar nas avaliações deles. E, no entanto, estamos caminhando no mesmo sentido das massas, seguindo essa narrativa de medo e escutando pessoas que fazem forte oposição à sobriedade e pureza espirituais básicas, como se elas fossem verdadeiras autoridades.

Estamos sendo empurrados para um regime de controle social sem precedentes em nossa história. As igrejas precisam resistir. Precisam ficar de fora, não seguir esse processo e não fazer parte dessa narrativa.

Como cristãos ortodoxos, não podemos participar dessa aterrorização das massas pela histeria do medo da morte. Não podemos ter nada a ver com isso. Isso é projetado para estimular a obediência, a submissão às restrições de livre circulação, entre muitos outros motivos, se dermos ouvidos a pessoas como esse professor.

E essa idéia de algum modo é razoável para muitas pessoas. Mas essa idéia não é nada razoável. Existe uma tremenda hipocrisia e uma dupla moral que revela a falta de sinceridade e a tendenciosidade. Apenas um exemplo: as igrejas estão fechadas, as clínicas de aborto estão abertas. As igrejas são consideradas não-essenciais, as clínicas de aborto são consideradas essenciais. Do que mais precisamos para ver que isso está podre? Toda essa abordagem é profundamente falha e de inspiração demoníaca.

Passemos para outro exemplo de alarmismo que está acontecendo na sociedade: a contagem diária de mortes chega até você como chegam os anúncios. Se você for ao YouTube, verá vídeos de mapeamento de mortes que aparecem sem você nem se inscrever. Você vê o mapa de calor de onde as pessoas estão doentes, onde as pessoas estão morrendo.

E a pergunta é: por quê? Para quê? Por que todos nós temos que saber quando a última pessoa ficou doente e morreu? Isso funciona como alarmismo, na maioria das vezes.

E quanto ao medo da morte? O medo da morte está sendo literalmente cultivado, e a morte é considerada a pior eventualidade possível. Mas será que é? A morte é a pior coisa que pode acontecer com você? Como cristãos ortodoxos, sabemos que não é esse o caso. A morte é uma porta que nos é aberta para a vida eterna. Não temos medo dela, se somos cristãos ortodoxos.

Até alguns anos atrás, mesmo os patriotas, os que amavam o seu país — talvez ainda existam em alguns lugares do mundo —, iam à Primeira ou Segunda Guerra Mundial e morriam pelo seu país.

Certamente consideravam a covardia ou a fuga pior do que morrer. A morte não era a pior coisa para eles, mas não apoiar e defender seu país era pior do que a morte. Então, a morte não é a pior coisa. É, sim, para aqueles que se apegam a esta vida passageira. Se esta vida é tudo o que existe, é compreensível que alguém considere a morte o pior acontecimento possível.

Mas se essa pessoa parar e pensar um pouquinho, profundamente, que, se esta vida é tudo o que existe, então ela é em si mesma vazia de significado e de valor. Portanto, não é razoável, para quem acredita nisso, considerar a morte o maior dos males. Se uma pessoa tem que pôr de lado Deus e a eternidade, não há unidade interior nos pensamentos dela, nem consistência nesta vida. E é exatamente isso que estamos testemunhando.

Outro exemplo: a única solução será a vacinação em massa, caso contrário, estaremos perdidos, estaremos mortos. Se você não se submeter às vacinas, não poderá viver em sociedade e viajar.

Eu vi ontem, na televisão grega, um apresentador ficar irado só de pensar que pessoas não aceitariam as vacinas, e ameaçá-las com prisão ou ostracismo social não é algo que é uma fantasia, ou que está longe. Podemos ver isso neste exato momento, bem na nossa frente.

Quero citar o final de um editorial muito bom do editor do First Things online. Acho que está bem colocado. Ele diz (para resumir essa parte de nosso programa hoje): “Os especialistas, os profissionais, os burocratas e as autoridades públicas que fizeram isso conosco” —, os que traficaram essa narrativa de medo —, eles “têm incentivos enormes para se unir e dizer: ‘Não é sensato dizer às pessoas que o perigo nunca foi grave e agora já passou.’ Sustentar essa narrativa de coronavírus” — essa narrativa de medo — “exigirá muitas mentiras..  Já exigiu muitas mentiras” E termina, dizendo: “Cabe a nós insistir na verdade.” De fato. Nosso papel neste mundo é estar sempre de pé e confessar a verdade, e apontar para a Verdade enquanto pessoa, levar as pessoas da verdade enquanto idéias para o plano de abraçar a Verdade enquanto pessoa, que é o próprio Cristo.

Esses são alguns dos exemplos que podemos observar nesta crise.  Tudo isso indica, reitero, uma metodologia do Inimigo. Você nem precisa chegar à questão dos dados e avaliações. Se você sabe como o Inimigo trabalha e como o nosso Senhor trabalha, você pode ver que a verdadeira crise, a verdadeira crise pela qual o nosso Senhor está nos permitindo passar e enfrentar, é uma crise espiritual — a fé ou a falta de fé; a confiança, a devoção à verdade, a sabedoria, o caminho da Igreja, a Tradição, ou o medo, a confiança no mundo, nos seus especialistas, nos seus poderes de inovação, de abandono da verdade. Parece que, desde que demos direitos ao Inimigo, em razão do nosso medo e da nossa falta de fé, dias piores virão.


Dias piores, inclusive para os cristãos ortodoxos, pois o objetivo do Inimigo não é simplesmente fazer as pessoas ficarem acuadas e seguirem o governo. É apagar a natureza humano-divina da nossa vida em Cristo. É esse o objetivo, o fim do jogo. Nós precisamos ter sempre em mente o fim do jogo. Para onde estamos indo? Qual é o fim?

Como cristãos ortodoxos, nós conhecemos o Alfa e o Ômega e, portanto, não há desculpa para não entendermos os dias atuais à luz do fim dos tempos e da eternidade. Se tivermos uma postura escatológica, estaremos conscientes de onde estamos no grande papel da história e onde estamos quanto à segunda vinda do nosso Senhor, não com datas e horários, mas pela observação, com discernimento, dos sinais dos tempos. Nosso Senhor ordena que sejamos assim, que sejamos atentos e vigilantes. Compreenderemos onde estamos nesse processo da perda de fé na humanidade divina do nosso Senhor e do Seu corpo, a Igreja. Portanto, precisamos estar atentos. Temos que estar em oração e sempre vigiando.

O Inimigo procura distorcer a própria vida da Igreja, a vida interior da Igreja. E trataremos disso e da luta que temos pela frente no nosso próximo podcast. Espero que você se junte a mim.

Cristo ressuscitou!

 

Tradução: Cláudia Makia e Fernando Xavier

 

Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=q5D7qbKzoaA

Tanscrição original: https://orthodoxethos.com/podcast/the-coronavirus-narrative-and-its-demonic-methodology

AJUDE-N0S A CONTINUAR NESSA BATALHA

JUNTE-SE A NÓS COMPARTILHANDO AS POSTAGENS

DOANDO ATRAVÉS DO PIX caiodilgo7@icloud.com

E ADIQUIRUNDO NOSSOS PRODUTOS: