segunda-feira, 30 de maio de 2022

Libertários Radicais

Libertário deve ser um tipo radical. Como? Sabendo que o estado é inimigo e o está assaltando reconhece que está em guerra. Experimente alguma cidade ou bairro declarar independência do país. Verá as forças aramadas estatais fazendo de tudo "para reestabelecer a lei e a ordem". O mesmo é contra você pessoa livre, o estado apenas não sabe que você é contra ele e quando toma conhecimentos disso ele simplesmente despreza, pois está embriagado com sua própria burrice de coletivismo. Se começam a haver muitos libertários (não estou sugerindo aqui nenhuma estratégia de nenhuma vertente ou autor libertário, é só uma suposição descritiva), se comportando de maneira a colapsar o estado este ainda tem todas as armas para impedir a ação libertária, pois a maneira mais eficaz de colapsar o estado é o não pagamento de impostos. Ou a pessoa é pobre e desiste do crescimento material, ou age apenas no mercado informal e ou criptomoedas (esses ainda não escapam de todo, pois pagam impostos cada vez que compram algo) ou ele sonega, o que é considerado crime.

Estou resumindo ao máximo e é claro que com isso posso estar sendo demais simplório. Mas observe que o assaltante já está com as armas apontadas para sua cabeça, tudo para o estado, pelo estado e nada fora dele, ele grita. Você está num país como que tomado numa guerra e sob completo controle do inimigo. E quem são os inimigos? Tudo que constitui o estado ou aspira participar dele, ou seja, em resumo a "classe" política, ou melhor, os partidos! Toda pessoa é obrigada a escolher um partido e a estar nele se quiser chegar a uma posição de fazer parte dessa "classe" (e não estou falando no sentido real da palavra político, mas no popular, pois o ser humano é político, estou falando do que ocupa um cargo, ou aspira, no estado) e nisso incluo evidentemente qualquer cargo, mas também qualquer funcionário público.

A única forma excepcional de combater essa guerra (fora as três que citei acima) é por infiltração em massa nos partidos e na estrutura estatal, ocupando ao máximo cargos e modificando o estado de tal forma, não que não possa ser sustentável, isso é muito estúpido e nem merece comentário, pois como se trata de um processo parasitário, a consequência seria péssima para o hospedeiro, nem diminui-lo, embora isto também seja indispensável, mas também que realize suas promessas a nível de excelência e que seja obrigado a cumprir tudo que se propõe a cumprir sob penas duras caso não cumpra. Se deve desestimular al máximo a prática política (no sentido comum da palavra), desde baixos salários ou não salários até taxas e altos impostos para existir como partido e para ocupar cargo político até terríveis penas e punições por qualquer negligência ou tarefa não cumprida, prisões, pagamentos de todo e qualquer prejuízo pessoalmente e pelo partido que a pessoa faça parte. 

Utópico demais? Se ainda existem partidos com a palavra socialismo no nome, que é algo muito mais utópico e provado impossível...

Faltam libertários práticos ou menos teóricos e mais idealistas, digamos, pois parecem estar mais ligados em assuntos econômicos do que em libertar-se do estado. Se você é um libertário que quer paz, se contente como eu em ser para si mesmo e conforme-se com o que pode advir dessa escolha; mas se você quer guerra contra a máquina estatal a melhor maneira sem dúvida é a mais radical, se infiltrar nela  e fazer o que Trotsky queria fazer com estado democrático: obriga-lo a realizar todos os seus propósitos, promessas e ideais. Isto o destruirá rapidamente e o individuo será novamente visto como o herói que tem idéias salvadoras e leva a cabo o que no fim é o melhor também para todos. A escolha é sempre do indivíduo, isso já tens nas mãos...





Crimes de ódio anti-Cristãos subiram 70% na Europa

 

Crimes de ódio anti-Cristãos subiram 70% na Europa: Relatório

"Há mais crimes de ódio na França e na Alemanha, 'embora tendam a ser mais severos na Espanha e na França, devido a uma forma reacionária de secularismo'".

Os crimes de ódio anti-Cristãos na Europa aumentaram 70% entre 2019 e 2020, de acordo com um novo relatório do Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa, sediado em Viena.

De acordo com o relatório, as liberdades dos Cristãos foram mais violadas na França, Alemanha, Espanha, Suécia e Reino Unido no perído de 2019-2020.

Há mais crimes de ódio na França e na Alemanha, "embora tendam a ser mais severos na Espanha e na França, devido a uma forma reacionária de secularismo".

Além da intolerância secular, o Observatório também aponta a opressão Islâmica como uma grande ameaça à vida dos Cristãos.

"Enquanto a intolerância secular é a dinâmica motriz na maioria dos casos e áreas da vida que observamos, a opressão Islâmica ocorre principalmente em áreas de concentração, nas quais os Cristãos convertidos são o grupo mais afetado juntamente com outros Cristãos nativos", o Observatório relata em suas principais descobertas.

Infelizmente, o perigo que os Muçulmanos convertidos ao Cristianismo enfrentam é frequentemente ignorado pelas autoridades estatais, relata o Observatório.

Os Cristãos são os mais afetados nas áreas da vida eclesiástica, educação, política, trabalho e liberdade de expressão. O Reino Unido tem um número especialmente alto de casos de processos judiciais por suposto "discurso de ódio", afirma o relatório.

O direito à objeção de consciência também está sendo ameaçado na Suécia, França e Espanha, o Observatório descobriu, e novas regulamentações sobre educação sexual e de relacionamento estão violando os direitos dos pais na Europa.

O relatório também observa que há uma "alta taxa de analfabetismo religioso entre autoridades estatais, funcionários públicos e jornalistas", e que a mídia é amplamente responsável por estigmatizar e marginalizar as vozes conservadoras Cristãs.

A reportagem também destaca que as igrejas foram "repetidamente discriminadas e a liberdade religiosa negada" durante a "pandemia da COVID".


Fonte: orthochristian.com





quinta-feira, 26 de maio de 2022

O que você sempre quis saber sobre a Igreja Russa

 

Tudo o que você sempre quis saber sobre a Igreja Ortodoxa Russa e nunca teve coragem de perguntar!


GUEÓRGUI MANÁEV

Os turistas costumam se surpreender com as cúpulas douradas das igrejas russas e seus mistérios sombrios e aconchegantes. Mas alguns rituais e características desta Igreja ainda são um mistério para os estrangeiros.

1. Como a religião cristã é dividida em Ortodoxa e outras?

Sergey Bobylev/TASS

O Cristianismo foi dividido em Oriental e Ocidental em 1054, quando ocorreu o Grande Cisma. Este evento foi o ápice de diferenças teológicas e políticas entre o Oriente e o Ocidente cristãos por séculos.

A partir de então, a Igreja Católica Romana passou a ter seu centro em Roma e o Papa como líder. A Igreja Ortodoxa tem seu centro espiritual em Istambul (antes, chamada de Constantinopla). O Patriarca Ecumênico da Igreja de Constantinopla é considerado “o primeiro entre iguais” no cristianismo ortodoxo. A Igrejas Ortodoxa e a Católica estão em paz.

2. Quais as principais diferenças entre os rituais católicos e os ortodoxos?

Tonsura de cinco novos monges do mosteiro Serafim-Sarov, na aldeia de Novomakarovo, no distrito de Gribanovski, na região de Vorônej. A tonsura ocorre uma vez por ano, durante a Quaresma.

Existem muitas diferenças entre os rituais católicos e ortodoxos. O mais evidente é o sinal da cruz, realizado no catolicismo da esquerda para a direita, e na direção inversa na ortodoxia. Também existem diferenças consideráveis ​​no rito do batismo, nas celebrações de Natal e de Páscoa e no fato de que católicos e ortodoxos seguem calendários diversos.

3. Por que os ícones ortodoxos são tão diferentes?

Ícone dos Santos de Murom, século 17.

Na Ortodoxia, os ícones são recebidos como “janelas para o mundo de Deus” e devem ser reverenciados e respeitados como tal. É por isso que os pintores de ícones ortodoxos não tentam simbolizar Deus, a Virgem Maria, Jesus Cristo ou os santos em proporções “reais” - os ícones ortodoxos não representam, eles simbolizam.

4. Qual é o significado das formas, cores e números nas cúpulas das igrejas ortodoxas?

Cúpulas da Catedral da Anunciação no Kremlin de Moscou.

Formas

Existem três formas de cúpulas nas igrejas ortodoxas: a redonda (meia esfera), simbolizando o reino eterno de Deus; a semelhante a um capacete, simbolizando a prontidão para lutar por Deus; e a que se parece com uma vela acesa, simbolizando a oração e a vida eterna no reino de Deus.



As cúpulas em forma de vela (ou em forma de cebola) também são bastante adequadas às condições meteorológicas russas - esse tipo de cúpula não precisa de limpeza no inverno, pois a neve não se acumula nelas. É por isso também que as cúpulas deste formato são as mais comuns.

Cores

Cúpulas douradas significam que o templo é dedicado a Jesus Cristo ou às Grandes Festas (da Igreja Ortodoxa). Cúpulas azuis significam que o templo é dedicado à Mãe de Deus. Cúpulas verdes significam o Espírito Santo, e geralmente coroam os templos dedicados à Santíssima Trindade ou aos santos.

As cúpulas prateadas também significam um templo consagrado em nome de um santo ortodoxo. As cúpulas são geralmente pretas quando o templo pertence a um mosteiro - o preto simboliza a obediência monástica. O tipo mais raro são as cúpulas de várias cores em uma igreja - como a famosa Catedral de São Basílio, na Praça Vermelha, em Moscou. Ela simboliza a Nova Jerusalém, o alegre reino de Deus.

Catedral de São Basílio, em Moscou.

Número

Pode haver entre 1 e 33 cúpulas em uma igreja ortodoxa. Mas você não encontrará uma única igreja com 4 ou 6 cúpulas. Uma cúpula simboliza Deus. Duas significam a unidade dos seres humanos e o divino na imagem de Jesus Cristo. Três significam a Santíssima Trindade. Cinco são os quatro evangelistas e Jesus; enquanto sete cúpulas simbolizam os Sete Sacramentos; nove significam as nove fileiras de anjos; 13 são Jesus e seus apóstolos; e 33, o número de anos que Jesus passou no reino mortal.

5. Por que as mulheres cobrem suas cabeças dentro da igreja ortodoxa?

Russa acende vela durante culto em igreja de Moscou.

Em muitas tradições e profissões de fé religiosas, é obrigatório usar roupas discretas ao ir ao templo – já que, uma vez dentro do templo, nada deve distraí-lo de pensamentos piedosos. É justamente essa a razão pela qual as mulheres cobrem a cabeça ao entrar em uma igreja ortodoxa.

Antigamente, na Rússia, o cabelo era considerado uma parte muito sensual do corpo e, por isso, a mulher casada devia cobri-lo sempre.

6. Por que os ortodoxas ficam de pé na igreja?

O padre ortodoxo russo Aleksander (esq.) fala com motoqueiro em igreja em Kémerovo, 2010.

Não existe uma regra estrita que exija que as pessoas fiquem de pé durante a missa na igreja ortodoxa. Em alguns templos, há bancos para idosos, doentes e deficientes. Mesmo assim, os ortodoxos ficam a maior parte do culto de pé – e, às vezes, ele pode ser terrivelmente longo, durando entre duas e quatro horas. Já nas igrejas ortodoxas gregas, há bancos e cadeiras para todos, assim como nas igrejas católicas.

Isso acontece exclusivamente por tradição, e existem diversas explicações. Primeiro, a Ortodoxia Russa coloca grande ênfase no feito espiritual que todo seguidor deve realizar. Ao rezar na igreja, o ortodoxo não deve descansar pois está no processo de adorar a Deus.

Além disso, os primeiros templos ortodoxos russos eram muito pequenos (principalmente porque era extremamente aquecê-los no inverno) e simplesmente não havia espaço para bancos ou cadeiras.

7. Quem são os principais santos ortodoxos? 

Os santos ortodoxos são pessoas que vivera vidas justas, cheios de profunda preocupação pelos outros. Uma pessoa justa já morta que ajudou a divulgar a Ortodoxia, serviu fielmente a Deus e realizou milagres ou se tornou um mártir em nome da fé cristã pode ser elevada à posição de santo pela Igreja Ortodoxa Russa.

O povo ortodoxo venera João Batista e São Nicolau, assim como os católicos, mas a Igreja Ortodoxa Russa também tem seus próprios santos: entre os mais adorados estão Sérgio de Radonej e Vassíli, O Abençoado, entre outros.

Pix para doações ao Esclarecimento Libertário:

caiodilgo7@icloud.com

Fonte:

https://br.rbth.com/estilo-de-vida/83345-tudo-sobre-igreja-ortodoxa-russa






terça-feira, 24 de maio de 2022

Neo-templários e Ordens Antigas - introdução

 

Ordens Religiosas Militares

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As ordens religiosas e militares remontam à Idade Média, ao tempo das cruzadas, na sequência da tomada de Constantinopla, pelos Turcos, em finais do século XI, e da violência a que estes sujeitaram os peregrinos que se dirigiam à Terra Santa. Tiveram a missão de defenderem os lugares santos do Cristianismo, de protegerem e assistirem as populações e peregrinos e de colonizarem as terras conquistadas aos seguidores do Islão.

Após o decreto do Papa Urbano II (de 1088 a 1099), no Concílio de Clermont, da conquista da Palestina, surgem as cruzadas com cerca de seiscentos mil fiéis que, em nome da religião católica, formam um exército monástico-militar, que parte em direção a Constantinopla e, depois de dominar Niceia e Antioquia, consegue tomar Jerusalém. Em 1099, Godofredo de Bulhão é eleito defensor do Santo Sepulcro e alguns cavaleiros cruzados impulsionam aí uma albergaria ou hospital que desde 1048 recebia e apoiava os peregrinos. São estes que dão origem à primeira Ordem Militar, a Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, mais tarde conhecida também como de Rhodes ou de Malta. Nove cavaleiros que se albergaram numa parte do Templo de Salomão formaram a Ordem dos Cavaleiros do Templo, ou Templários.

Ordem dos Hospitalários ou de S. João de Jerusalém – começou por ser uma casa religiosa de recolha de peregrinos em Jerusalém, fundada em 1048. Pouco tempo depois, foi erigido junto a esta casa um hospital com capela própria. Em 1113, o papa Pascoal II mandou erigir a congregação, sob o nome de S. João, e deu-lhe regra própria. Em 1120 o Grão-mestre da congregação, Raimundo de Puy, acrescentou, para além dos cuidados com os doentes, o serviço militar. Após a queda de Jerusalém (1187) e de Acre (1291), às mãos dos muçulmanos, os Hospitalários têm de abandonar a Palestina, instalando-se, em 1312, na Ilha de Rhodes. Passou a chamar-se Ordem de Malta, a partir de 1530, ao estabelecer-se na ilha do mesmo nome, que passou a ser a sua sede. Esta Ordem entrou em Portugal no início do século XII, por volta de 1122 e 1128. No entanto, só tem importância militar em Portugal no último quartel do século XII. Em 1194, D. Sancho I doou-lhes a terra de Guindintesta para aí construírem um castelo a que pôs o nome de Belver. D. Sancho II doou-lhes, em 1232, as terras do Crato. O grão-mestre desta Ordem passou, a partir de 1340, a ser designado por prior do Crato, por aí se situar a sede da Ordem.



Ordem dos Templários ou dos Cavaleiros do Templo ou Ordem de Cristo – inicialmente intitulada milícia dos Pobres Cavaleiros de Cristo, é fundada por nove cavaleiros, chefiados por Hugo de Payem. Mas é S. Bernardo quem faz a sua propaganda no ocidente e consegue o apoio da Igreja. Depois de, em finais do século XIII, a ordem do Templo ter abandonado o Próximo Oriente, visto estar aí já extinto o domínio cristão, todos os seus seguidores regressaram aos países de origem. Só na Península Ibérica se mantinham as condições para que a Ordem mantivesse as atividades para que fora criada: a luta contra os muçulmanos. Por ser muito poderosa economicamente, a ela recorrendo os reis e senhores quando em dificuldades financeiras, tornou-se para eles uma ameaça a anular. Filipe-o-Belo, rei de França, foi um dos líderes da campanha que levou ao desaparecimento desta Ordem. Foi extinta em 1312, por ordem do papa Clemente V, que determinou a passagem dos seus bens para a Ordem dos Hospitalários, com exceção dos reinos peninsulares. Em Portugal, D. Dinis procurou junto de Roma a criação de uma nova Ordem, a dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo, que foi instaurada por bula de João XXII em 1319. Esta Ordem, com regra beneditina, recebeu todos os bens que eram da Ordem do Templo, tendo sido sediada em Castro Marim (zona de fronteira com os Mouros); em 1357 a sede foi transferida para Tomar. Foi de reconhecida importância o seu papel nas conquistas e na expansão ultramarina, sobretudo pela ação do seu administrador, D. Henrique.

Outras ordens simultaneamente religiosas e militares aparecem como necessidade de defesa contra os mouros e dos peregrinos que se dirigem aos diversos locais de devoção. Estão neste caso a Ordem de Calatrava e a Ordem de Santiago da Espada.

A Ordem de Calatrava – fundada por S. Raimundo, surgiu para defender a cidade fronteiriça de Calatrava contra os ataques dos mouros. Confirmada em 1164 pelo Papa Alexandre III, estabelece-se, também em Portugal, com sede em Évora. Depois recebe como doação diversas localidades, incluindo Avis, passando os “Freires de Évora” a serem conhecidos por “Freires de Avis”. No entanto, sem data precisa, aparece a Ordem de Avis independente da de Calatrava.
























Ordem de Avis – a data da criação desta Ordem é desconhecida, mas, tal como as suas congéneres, terá começado por uma associação de cavaleiros com o objetivo de combater os muçulmanos, por meados do século XII. No reinado de D. Afonso Henriques existia uma associação com o nome de Freire de Évora, integrada na Ordem de Calatrava de Castela, que recebeu do rei a doação de diversos castelos expostos aos ataques dos mouros. Em 1211, D. Afonso II doou a estes freires o lugar de Avis que, mais tarde, viria a ser a sua sede. Esta Ordem seguia a regra beneditina, o hábito tinha uma cruz vermelha florenciada e na sua bandeira figuravam também duas aves. A independência da Ordem em relação a Calatrava ter-se-á dado no reinado de D. João I e, nesta altura, a cruz passou a ser verde. As dignidades da Ordem eram: Mestre, Comendador-mor, Chaveiro, Alferes-mor e Sacristão-mor. Possuía, no início do século XVIII, terras no Alto Alentejo e no Ribatejo.

A Ordem de Santiago da Espada ou simplesmente Ordem de Sant’Iago – terá começado, tal como outras, por uma pequena associação de cavaleiros para combate aos Mouros na zona de Leão. Foi oficializada por Fernando de Leão em 1170, que lhe doou dois anos mais tarde a vila de Cáceres. A Ordem rapidamente se espalhou por Castela e Portugal, onde recebeu vários castelos a sul do Tejo. Foi confirmada por bula papal em 1175. Com o avanço da reconquista para sul, o papel dos cavaleiros da Ordem foi de destaque e por isso receberam numerosos castelos, no Baixo Alentejo e Algarve. Entre estes castelos estava o de Palmela, no qual a Ordem, já independente da de Castela, se estabeleceu. A separação da Ordem de Castela foi muito contestada, apesar de deferida por bula do papa Nicolau IV de 1288. Depois destes vários documentos pontifícios confirmaram e anularam a separação. Esta, no entanto, manteve-se, e só foi confirmada definitivamente em 1452, por bula do papa Nicolau V. Os seus estatutos foram publicados em 1509, 1542 e 1548. A sua bandeira principal era vermelha com cruz de braços iguais florenciada e, mais tarde, passou a ter como único símbolo a cruz em forma de espada.


Em Portugal, as ordens religiosas militares foram extintas a 30 de junho de 1834, por um diploma que tornou aplicável às ordens militares o decreto, de 30 de maio do mesmo ano, que extinguiu os conventos religiosos.




Nos séculos X e XI não surgiram só as ordens religiosas e militares, mas também várias ordens religiosas com missões de apoio, ensino, missionação e assistência dos desfavorecidos, como a Ordem dos Beneditinos, a Ordem de Cluny ou a Ordem de Cister. Estas ordens religiosas são diversas, embora as masculinas se costumem agrupar em Cónegos Regrantes, Ordens Monásticas, Ordens Mendicantes e Clérigos Regulares; e as femininas, dependendo ou não de uma ordem masculina (1.ª Ordem) se designem em Segunda Ordem ou Ordens Terceiras.

Ordens religiosas militares in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-12-03 20:12:35]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$ordens-religiosas-militares.



quinta-feira, 19 de maio de 2022

Bolsonaro denuncia Moraes por abuso de autoridade

 

https://www.gdoplay.com/post/bolsonaro-denuncia-moraes-por-abuso-de-autoridade

Presidente Bolsonaro protocolou notícia-crime contra Alexandre de Moraes alegando abuso de autoridade e a ação já está nas mãos de um dos ministros do STF.


O relator escolhido foi Dias Toffoli e ficará responsável por analisar a ação, apresentada na última segunda-feira e divulgada na noite desta terça.


A investida junto ao Supremo teria sido motivada por uma suposta manutenção da inclusão de Bolsonaro no inconstitucional inquérito das fake news.


O presidente questiona o porquê de ter continuado a ser investigado mesmo após a Polícia Federal ter concluído que ele não havia cometido crimes ao se referir à segurança das urnas eletrônicas em uma live, em julho de 2021.


Na ocasião, Bolsonaro convocou veículos de imprensa e anunciou que mostraria provas de fraudes no sistema eleitoral brasileiro. Na ocasião apresentou uma sequência de notícias e vídeos, além da divulgação de invasão de hackers no sistema eleitoral.


Embora a mídia amiga dos juízes tirânicos tenha dito que as informações eram “falsas”, o próprio TSE divulgou que houve sim a invasão, mas que ela não teria sido um problema grave.


Ao comentar a ação do Presidente Bolsonaro, o jornalista Alexandre Garcia levantou um questionamento que pode ser visto como uma pista para compreender os motivos do candidato à reeleição.


Leia a nota do presidente Jair Bolsonaro na íntegra:


“- Ajuizei ação no STF contra o Ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade, levando-se em conta seus sucessivos ataques à Democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos garantias fundamentais:

1- Injustificada investigação no inquérito das Fake News, quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito;

2- Por não permitir que a defesa tenha acesso aos autos;

3- O inquérito das Fake News não respeita o contraditório;

4- Decretar contra investigados medidas não previstas no Código de Processo Penal, contrariando o Marco Civil da Internet; e

5- Mesmo após a PF ter concluído que o Presidente da República não cometeu crime em sua live, sobre as urnas eletrônicas, o ministro insiste em mantê-lo como investigado.

Presidente Jair Bolsonaro.”