quarta-feira, 26 de julho de 2023

O Problema da Liberdade - parte 2



Vemos claramente a questão das instituições particulares como "assistencialistas" na história. Especialmente a sua origem e foco mais importante, historicamente falando (a não ser que você creia nos livros de história do MEC), na igreja. Com São Basílio começa a regra geral que a igreja onde quer que se desenvolva será também a ordem de amparo e assistência aos mais necessitados mais organizada, aberta e, como se costuma dizer, gratuita.

Na verdade isso começa com o próprio Jesus e seus primeiros apóstolos, pois disse "os pobres sempre tereis entre vós", e ensinou a distribuir tudo que temos com estes, os pobres. Veja bem, ele não disse para criar uma instituição que tiraria forçosamente de uns para dar a outros (como justifica o estado em seu assalto ao povo ou como o estado promete fazer), mas que cada cristão voluntariamente deve fazer isso. 

Foi a igreja que ensinou a fazer o bem até a quem nos faz o mal, não exigir que todos façam, que todos dêem, mas que aquele que quer seguir a Cristo de vê faça assim. Aliás, foi dito por Justino, o apóstata, perseguidor dos cristãos  que disse que o problema de extinguir o cristianismo é porque eles não cuidavam apenas dos pobres cristãos, mas também dos pagãos.


A igreja criou as primeiras escolas e hospitais públicos, mas não só isso, criou os orfanatos, faculdades, universidades, os abrigos e refeitórios públicos, entre outras coisas. Os libertários atualmente falam em meritocracia e são contra o assistencialismo e a uma renda universal, quando podiam justamente estar aproveitando essas idéias e pensando em meios muito mais eficientes de fazer isso através de empreendimentos particulares, sem o oneroso estado! Esvaziando a suposta necessidade do estado quanto a isso.

A liberdade de adesão já existe, tanto para empresas quanto para pessoas. O negócio da ajuda, auxílio, saúde, seguridade, já é um dos mais rentáveis do mundo... O que falta? Escapar da regulação estação é, sem dúvida um alvo difícil, mas o que faltam mesmo são idéias e pessoas corajosas para fazer de forma eficiente e livre o que o estado já faz de forma péssima, cara e forçada...

 


























terça-feira, 11 de julho de 2023

Restauracionismo ou Primitivismo - Introdução

  Por Armando Araújo Silvestre

Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp, 2011)
Doutor em Ciências da Religião (Umesp, 2001)
Mestre em Teologia e História (Umesp, 1996)
Licenciado em Filosofia (Unicamp, 1992)
Bacharel em Teologia (Mackenzie, 1985)

https://fraternidadedosirmaosemcristo.blogspot.com/2022/03/restauracionismo-ou-primitivismo.html

Em todas as denominações cristãs existe um conceito essencial 
de restauracionismo que se liga ao primitivismo, às origens da 
Igreja cristã primitiva conforme relatos do Novo Testamento
E, contra todo tipo de desvio doutrinário ou práticas de corrupção 
na religião cristã são tidos como heresias ou desvios nos ensinamentos 
que vinham desde os apóstolos. Sempre a Igreja primitiva do 
Novo Testamento, da era apostólica, quando se iniciou o cristianismo,
 serve de modelo para esse primitivismo e restauracionismo.

Algumas denominações cristãs adotaram o Restauracionismo ou Primitivismo Cristão como sua postura histórico-teológica, por acreditarem que o cristianismo histórico se desviou da rota original ou se perdeu em sua trajetória histórica. Para esses movimentos restauracionistas ou primitivistas, faz-se necessária a restauração daquele cristianismo primitivo da era apostólica, baseadas em pressupostos históricos e teológicos com tudo que Jesus Cristo havia estabelecido, mas que as Igrejas perderam em sua apostasia (abandono de fé) e nem mesmo o protestantismo magisterial (luteranismo, calvinismo e anglicanismo) conseguiu reformar o catolicismo.

Entre os movimentos restauracionistas ou primitivistas se encontram os movimentos, no período medieval, como os Valdenses, os Franciscanos e os Hussitas, que tentaram restaurar o cristianismo original e sua simplicidade. Portanto, também na Igreja Católica ocorreram estes e outros movimentos restauracionistas, como a Igreja Vétero-Católica e o Sedevacantismo.

Referências bibliográficas:

CHAUNU, Pierre. O tempo das reformas (1250-1550): a Reforma protestante. Lugar na História, v. 49-50, Edições 70, 1993.

MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero aos nossos dias. V. 1: A era da Reforma. São Paulo: Loyola, 1997.

SILVESTRE, Armando A. Calvino: o potencial revolucionário de um pensamento. São Paulo: Vida, 2009.

Webgrafia:

Sobre o cristianismo – restauracionismo (parte 14). http://psicologiadareligiaounicap.blogspot.com.br/2016/08/cristianismo-parte-14-restauracionismo.html



sábado, 1 de julho de 2023

O PROBLEMA DA LIBERDADE

A liberdade não pode ser tornada um ídolo pelo qual se justifique toda intervenção, todo planejamento e até toda barbárie. Isso tornaria o libertário exatamente igual ao liberal, o republicano e até ao comunista. Mas indubitavelmente ela deve começar pela intervenção individual e coletiva, ousada e organizada, dos libertários na maquina estatal, infiltrando-se no sistema para auterá-lo e destruí-lo por dentro. 

Até que isso venha acontecer é preciso que haja quem defenda os princípios gerais libertários ou mesmo apenas o princípio único, todos em torno de uma só causa. Uma vez derrubado o sistema haverá espaço para todos. Os libertários em luta uns contra os outros são crianças, marionetes do plano comunista: criticismo, divisão e consequente perda de força e esfacelamento.

O leviatã estatal, e todo e qualquer estado é socialista em maior ou menor grau, vencerá sempre se os libertários se omitirem achando que seria uma paradoxo o libertário na máquina, ou ainda se partirem para o outro extremo, revolucionário ou militar (o que seria extremamente ridículo, mas temos visto algumas tentativas desesperadas nesse sentido e não só nos bastidores...). Sendo socialista ele sempre vence não só pelo monopólio da força e pelo assalto dos impostos, mas especialmente por fazer parte de seu modus operandi o gerar miséria e dependência da esmola estatal e dos restos da classe política. Sempre o estado agirá nesse sentido, é inexorável, é algo inerente ao estado. O libertário tem que fazer uso não só da caridade, mas inclusive do assistencialismo estatal para ganhar adeptos. Se espera a conscientização política ou economica do povo para se tornar pelo menos expressivo, já perdeu. É preciso não só mostrar na prática como o libertarianismo é melhor (e como fará isso? Pensemos...), mas usar das armas potentes do inimigo contra ele mesmo, e neste caso não enganando, mas esclarecendo: mostre que a situação de miseria é sempre gerada pelo estado e que a a verdadeira libertação disso vem de outros meios, mas enquanto as pessoas não tem os meios nem o saber é preciso dá-los...

Acorde libertário, não seja usado, não se abstenha do processo político e demonstre que é possivel. A esquerda já faz o que você deveria fazer, milhares de ONG's que são sustentadas pela iniciativa privada e passando pelo estado como intermediário são só um tipo de exemplo. A esquerda convence os grandes empresários e você está conscientizando quem, quantos desses? O que você está fazendo pelo esclarecimento e prática efetiva do libertarianismo?