quarta-feira, 15 de março de 2017

Por que o Cristão não pode ser Comunista

Apostilha da Universidade da Bíblia
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O COMUNISMO MARXISTA
Um dicionário comum definiria o marxismo como o conjunto das
doutrinas filosóficas, políticas e econômicas de Karl Marx e seus
continuadores, que, reagindo às filosofias idealistas e dualistas, pregam o
advento do socialismo alcançado através da luta de classes e da ditadura do
proletariado, o mesmo que materi-alismo dialético.
Porém, à luz das Escrituras e das ciências que tratam do comportamento
humano, haveremos de notar que o marxismo é bem diferente daquilo que os
marxistas ou comunistas dizem ser. Se não, vejamos.
I. PRIMÓRDIOS DO MARXISMO
Karl Friedrich Marx, pai intelectual do marxismo, nasceu em Treves, na
Alemanha, em 1818, e morreu em 1883. Seus pais eram judeus, convertidos ao
Cristianismo. Marx mesmo, quando criança, fora batizado numa igreja
protestante na Alemanha. Após se formar em Filosofia, ingressou no
jornalismo e na política.
1.1. FORMAÇÃO RELIGIOSA DE MARX
Quando muito jovem, Marx se confessava cristão. Nessa época, em sua
tese: "O Jovem e a Escolha de Sua Carreira", advertia a juventude a tomar em
consideração a vontade de Deus, antes de cada um se decidir sobre a grande
obra de sua vida. Escreveu ele: "A própria religião ensina-nos que o Ideal que
todos lutam para alcançar, sacrificou-se a si próprio pela humanidade, e quem
ousará contradizer tal afirmação? Se escolhermos a posição na qual podemos
realizar o máximo por ele, então não poderemos nunca ser esmagados pelas
responsabilidades, porque elas são apenas sacrifícios feitos em favor de todos".
A certa altura do seu curso ginasial, respondendo à prova: "Sobre a
União dos Crentes com Cristo", ele escreveu:
"... o zelo pela virtude é abafado pela voz tentadora do pecado, e se
transforma em escárnio, assim que sentimos o pleno impacto da vida. A luta
pelo entendimento é posta de lado por uma vulgar concupiscência pelos bens
terrenos.
"O anseio pela verdade é amortecido pela força doce e lisonjeadora da
mentira. E assim o homem permanece como a única criatura, em toda a
natureza, que não cumpre o seu propósito, o único membro do Universo que é
indigno do Deus que o fez.
"Todavia, o gracioso Criador é incapaz de odiar a obra de suas mãos.
Deseja erguê-la até onde Ele mesmo está, e, assim sendo, enviou o seu Filho, e
agora nos chama através destas palavras: 'Vós já estais limpos, pela palavra
que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós...' (Jo
15.3,4).
"E onde Cristo expressa com maior clareza a necessidade de união com
Ele do que na bela parábola da vinha e seus ramos, na qual Ele se compara
com a vinha e a nós com os ramos?
"Os nossos corações, a razão, a história, a Palavra de Deus, tudo nos faz
apelos em altas vozes, convincentemente, dizendo-nos que a união com Ele é
absolutamente necessária; que sem Ele seríamos rejeitados por Deus; que
somente Ele é capaz de libertar-nos... "Uma vez que um homem tenha atingido
essa virtude, essa união com Cristo esperará calma e tranqüilamente os golpes
da desventura. Opor-se-á bravamente às tempestades da paixão e resistirá
impavidamente aos rugidos dos iníquos; pois quem poderia arrebatá-lo de seu
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Redentor?"
Karl Marx, pai do comunismo ateísta e materialista
1.2. A RADICAL MUDANÇA
Aconteceu em 1835. Haviam-se passado apenas dois anos depois de ter
escrito tão belo depoimento, quando Karl Marx declarou-se um ateu convicto.
Oito anos mais tarde, diz: "O homem é que faz a religião; a religião não faz o
homem... a religião é o ópio do povo... o povo não poderá sentir-se realmente
feliz enquanto não for privado da felicidade ilusória mediante a superstição da
religião!"
Por essa época, num de seus poemas, Marx escreveu o seguinte: "Desejo
vingar-me daquele que governa lá em cima".
Mas o que aconteceu na vida de Karl Marx, para que, da noite para o
dia, se transformasse num declarado inimigo de Deus e do Cristianismo? No
seu livro Era Karl Marx um Satanista?, Richard Wurmbrand não descarta a
possibilidade de um envolvimento de Marx com o satanismo, forma de culto
muito em voga hoje em dia.
1.3. VÍTIMA DA FALSA TEOLOGIA
Antes de se ligar à Economia e tornar-se um comunista de renome, Marx
foi um humanista. Hoje, cerca de um terço do mundo é marxista. Nesse meio
estão muitos pseudo-cristãos, que, sem a experiência genuína e sobrenatural
da conversão e sem a orientação da Bíblia, caem vítimas das doutrinas infames
do marxismo ateu e materialista. É aqui que se enquadram os teólogos da
Libertação como "tolos úteis", a serviço do marxismo.
Apesar da decisão marxista de destruir a religião e de opor-se a tudo
quanto tem relação com Deus, desde o princípio o marxismo tem encontrado
fiéis aliados nos teólogos modernistas e liberais. Por exemplo, foi lendo um
livro do teólogo liberal Bruno Bauer, que Engels, na época um cristão professo,
passou a descrer dos valores eternos registrados na Bíblia, vindo a se aliar a
Marx logo depois. E que tipo de pessoa era Bruno Bauer, que contribuiu
decisivamente na destruição da fé de Engels e apoiou Marx em seus intentos
anticristãos? É possível conhecê-lo um pouco lendo parte de uma carta que ele
encaminhou ao seu amigo Arnould Ruge, também amigo pessoal de Karl
Marx e Engels:
"Faço conferências aqui na Universidade ante um grande auditório...
Não me reconheço a mim mesmo, quando pronuncio minhas blasfêmias do
púlpito. Elas são tão grandes, que estas crianças, a quem ninguém deveria
escandalizar, ficam com os cabelos em pé. Enquanto profiro as blasfêmias,
lembro-me de como trabalho piedosamente em casa, escrevendo uma apologia
das Sagradas Escrituras e do Apocalipse. De qualquer modo, é um demônio
muito cruel que se apossa de mim, sempre que subo ao púlpito, e sou forçado
a render-me a ele... Meu espírito de blasfêmia somente será saciado seestiver
autorizado a pregar abertamente como professor do sistema ateísta".
II. O QUE PREGA O MARXISMO
Em síntese, o marxismo prega os seguintes temas:
2.1. A GUERRA DE CLASSES
Segundo o marxismo, há no Universo inteiro um estado de oposição, de
sorte que tudo o que há no mundo é fruto de forças que se opõem. Exemplo: a
morte se opõe à vida, o bem ao mal, etc. É este conflito que dá dinamismo à
vida. Em tudo há sempre duas forças que se opõem; a força principal chama-se
"tese", e a secundária que reage chama-se "antítese". Na luta entre as duas, a
tese prevalece e vence a antítese. A isto o marxismo chama "ponto crítico". O
ponto crítico transforma a quantidade em qualidade, resultando daí a
"síntese".
O marxismo aplica a guerra de classes à humanidade, observando o
seguinte raciocínio: A humanidade está dividida em duas forças que se
opõem: operários e patrões ou chefes e subordinados. O operário é a força
chamada "tese"; enquanto os patrões são a força reacionária, a "antítese". Há
guerra eterna entre estas duas classes. O resultado final será a tese vencer a
antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.
2.2. O CONCEITO DE PAZ
Os marxistas sempre falam em paz. Mas o que entendem eles por paz?
Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo
operariado, ou como dizem eles: "A vitória do proletariado sobre a burguesia".
Quando um marxista fala em paz, refere-se à vitória total do
comunismo. Deste modo, o que chamamos de "paz" é para o marxismo um ato
de guerra.
2.3. PROLETARIADO E CAPITALISMO
Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é chamada
proletariado; todos os demais compõem a burguesia ou capitalismo. O que o
marxismo chama capitalismo não são somente os ricos, comerciantes e
industriais, mas o sistema democrático, todas as religiões, igrejas e
organizações religiosas.
Segundo Marx, a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o
crente está a dormir, a fim de não se engajar na luta contra os exploradores, na
esperança de ter uma vida num além, que nunca chegará. Portanto, é ensino
básico do marxismo que o homem, para viver bem e dirigir seus destinos,
precisa destruir primeiramente a religião e a propriedade privada.
2.4. O CONCEITO DE PROPRIEDADE
O marxismo caracteriza-se pela sistemática oposição à propriedade
privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels declararam
em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: "Os Comunistas podem
resumir sua teoria nesta única expressão: 'abolição da propriedade privada'".
Para o marxismo, "a propriedade privada é um roubo". Deste modo, o alvo do
marxismo é que toda propriedade seja administrada pelo Estado (pelo Estado
comunista, evidentemente), inclusive no que diz respeito às necessidades
individuais. Isto acarreta um totalitarismo absoluto em que o indivíduo fica
absorvido pela coletividade.
III. O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE
Um dos sinais de enfraquecimento da fé e da democracia em nosso país
é o entusiasmo simplista de alguns cristãos pelas teses marxistas. Para tanto
aventam as mais estranhas interpretações dos textos bíblicos na vã esperança
de uma legitimação de atitudes inaceitáveis a um autêntico seguidor de Jesus
Cristo.
3.1. Os Riscos DO COMPROMETIMENTO
Aos ouvidos de cristãos incautos, soam, com doçura angelical, as
seguintes palavras:
"Os cristãos devem optar definitivamente pela revolução, e especialmente no nosso continente, onde a fé cristã é tão importante entre a
massa popular. Quando os cristãos se atreverem a dar um testemunho
revolucionário integral, a revolução latino-americana será invencível, já que
até agora os cristãos permitiram que sua doutrina fosse instrumentalizada
pelos reacionários" (Che Guevara).
"Sugerimos uma aliança entre o Cristianismo e o marxismo. Os objetivos
humanos de Cristo e Marx, cada qual com sua própria filosofia, são os
mesmos. Não podemos falar sobre o outro mundo, mas neste mundo podemos
ter completa concordância, com fraternidade e solidariedade" (Fidel Castro).
Ao receber uma Bíblia, no Chile, Fidel observou: "Aqui lemos muitos
exemplos de conduta tipicamente comunista... Cristo, multiplicando os peixes
e os pães para alimentar o povo, é um belo exemplo... Nós não temos a
resposta de Cristo. Mas, baseados na sua doutrina, tentamos fazer a mesma
coisa: dar pães e peixes a todos!"
Mausoléu de Lenin na praça Vermelha, em Moscou: culto à criatura em lugar do
Criador
3.2. MARXISMO versus IGREJA
O marxismo considera a Igreja, na melhor das hipóteses, irrelevante, e,
na pior, como instituição econômica e, politicamente, opressora. Descreve a
concepção cristã do mundo e da vida como algo anquilosado nas esferas de
uma hierarquia estática, em uma concepção medieval do mundo que se
esforça por impor como válida.
O marxismo é uma filosofia do homem  que, conforme diz H. Bass,
"pretende oferecer-nos uma resposta ao problema do homem..., sua origem...,
seu destino histórico...; uma resposta ao problema da existência e da
possibilidade de exercício de uma liberdade do homem". O marxismo, que
pretende ser uma doutrina de salvação, só se satisfaz quando exerce um
controle sobre todo o homem, em seu ser e seu operar, num delírio de
universalidade dominante.
Bardiaeff, profundo conhecedor do marxismo, em cujas fileiras formou
durante vários anos, escreve: "Pretende o marxismo ser universal, quer imporse sobre toda a experiência, e não só sobre alguns de seus movimentos". Por
isso, o marxismo é uma filosofia do homem, totalitária em sua ambição. Nos
poucos países ainda sob governo marxista ou comunista, o Estado exerce
controle sobre tudo. O cidadão é vigiado e a delação é uma tradição, quase um
dever. O Estado comunista, assim como "O Grande Irmão", principal
personagem do livro 1984, de George Orwell, a todos vê, patrulha e controla.
3-3- PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO
A revista Veja, de 25 de junho de 1986, mostrou que durante uma
recente  estada  no  Ocidente,  Yelena  Bonner,  mulher  do  físico  e  dissidente
soviético Andrei Sakharov, declarou que se sentia como um micróbio numa
lâmina sob um microscópio, tal a vigilância a que ela e seu marido eram
submetidos na cidade de Gorki, a 400 quilômetros de Moscou, para onde
foram banidos por suas críticas ao regime comunista.
Prosseguindo na sua matéria, diz a Veja: "No apartamento de Gorki, o
casal vive em completo isolamento dos amigos e impedido de ouvir rádio, por
causa de interferências provocadas pela polícia. Para sintonizar estações
ocidentais,  Yelena  revelou,  recentemente, que eles vão até o cemitério local,
onde a recepção é melhor. Para ambos, parece haver poucas esperanças de
libertação a curto prazo".
Durante o regime comunista na extinta União Soviética, ao manter
Sakharov confinado, os soviéticos exerciam uma prerrogativa típica das
tiranias — a de libertar os adversários a seu critério, como fez o Kremlin, ao
autorizar, em 1986, a emigração de Anatoly Sharansky para Israel, mas
mantendo sempre um preso notável como símbolo de resistência a pressões
externas e uma advertência interna para a força da repressão.
3.4. MARXISMO, O APOGEU DO HUMANISMO
O marxismo não se dá por satisfeito em formular uma determinada
crença sobre o homem, mas procura impô-la, fazendo uma sondagem nas
profundidades do homem para obrigá-lo a tomar consciência de suas
potencialidades inimagináveis; induz o homem à crença de poder ser um deus
antes mesmo de atingir a dignidade que o faça humano; quer dirigir, como um
fanal seguro, o desenvolvimento, a realização do homem em seu caminho pelo
mundo. Tudo isso não é alguma coisa que o marxismo murmura debilmente e
oferece como opção; é um urgente "imperativo categórico" que brada dos
lábios do seu fundador. O marxismo se propõe transformar o homem, o
grande sol do Universo, em torno do qual tudo gravita.
Como pode uma filosofia arrogar-se um império sobre o homem? Como
pode pretender ter prerrogativas que incidem sobre toda a dimensão humana,
cujo santuário não se abria a não ser para a potestade da religião e da fé? A
resposta é a seguinte: O marxismo é uma religião, uma religião do homem.
Afirmá-lo não é imprudência nossa, mas declaração de Marx: "A religião dos
trabalhadores é sem Deus, porque procura restaurar a divindade do homem".
Com razão disse Bochenski: "O conceito de valor absoluto do
comunismo é um valor religioso. A dialética é o infinito e a infinita plenitude
de valores. A atitude diante dela, e em conseqüência, ante o partido, é uma
postura sacral..." Ignácio Leep, convertido do marxismo, apresenta a mesma
opinião a partir da sua própria experiência: "O marxismo não se contenta em
combater as igrejas. Quer desempenhar, na vida social e na consciência do
indivíduo, o papel que anteriormente se atribuía às religiões".
IV. OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE
Dizer aqui que a Igreja é perseguida nos países comunistas, para alguns
simpatizantes do marxismo, não passa  de sensacionalismo e mentira
veiculados pela imprensa ocidental, principalmente a imprensa norteamericana. Note, porém, que não eram jornalistas ocidentais que afirmavam
haver perseguição por motivos religiosos na extinta União Soviética. Há mais
de quinze anos o dissidente russo Alexander Solgnytzem, no seu famoso livro
Arquipélago Gulag,  descreve a Rússia como uma grande prisão. Anatoly
Sharansky, outro dissidente russo, em depoimento no Congresso Americano
em 1986, disse existir na época nada menos que quatrocentos mil prisioneiros
na extinta União Soviética, por dissidência política ou por perseguição
religiosa.
4.1. A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO
A garantia democrática da liberdade de culto não pertence à ordem das
concessões, mas à dos reconhecimentos. E o reconhecimento, pelo Estado, de
que o espírito se eleva às regiões do Infinito, regiões que se acham muito
acima daquela em que vegetam os cobradores de impostos. Como disse Tomas
Paine, um dos grandes propugnadores da liberdade americana, o Estado não
tem autoridade alguma para determinar ou conceder ao homem a liberdade
de adorar a Deus, assim como não poderia conceder a Deus a liberdade de
aceitar essa adoração.
Por reconhecermos a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e
semelhança de Deus, esperamos que o Estado assegure a seus cidadãos o
direito de viver livres de toda e qualquer coação, ou acepção, em matéria de
religião. Este e qualquer outro direito inerente à dignidade do homem devem
ser cuidadosamente resguardados, porque, uma vez feridos, todas as
liberdades sofrem agravo.
Toda interpretação da liberdade religiosa inclui o direito de render culto
a Deus conforme a consciência individual, de criar os filhos na crença de seus
pais; de mudar de religião, de publicar literatura e fazer obra missionária, de
associar-se a outras pessoas, de adquirir e possuir bens de raiz para estes fins.
Para salvaguardar a ordem pública e fomentar o bem-estar do povo,
tanto o Estado, ao reconhecer a liberdade religiosa, como o povo, no usufruto
deste direito que se lhe reconhece, devem cumprir com obrigações recíprocas.
O Estado deve proteger todos os grupos, tanto as minorias como as maiorias,
jamais permitindo qualquer limitação de direitos legais por motivos religiosos.
O povo, por  sua vez, deve exercer seus direitos sentindo plenamente sua
responsabilidade e vivendo numa atitude de respeito aos direitos dos outros.
Estas são peculiaridades exclusivas dos Estados democráticos.
4.2. POR QUE PREFERIR A DEMOCRACIA
O povo brasileiro, principalmente o cristão, deve precaver-se diante do
perigo de se deixar enfeitiçar pelo canto da sereia do comunismo. As soluções
dos nossos problemas políticos e sociais não dependem da adoção do modelo
político cubano em nosso país. Um modelo político que falhou em Cuba e que
também fracassou na Nicarágua jamais terá melhor sorte no Brasil. Parte das
soluções de nossos problemas sociais depende fundamentalmente do
fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições democráticas em nosso país.
A democracia é preferível ao marxismo comunista, por vários motivos,
dentre os quais se destacam os seguintes:
1) O comunismo tem como bandeira a decisão de desarraigar o
sentimento divino do coração dos homens, transformando homens como
Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, etc, em deuses.
2) O comunismo se propõe não apenas a abolir a fé e a crença em Deus,
mas também persegue a Igreja, enquanto prega o ateís-mo como forma de
religião do Estado.
3) A pretexto de distribuir a riqueza em parcelas iguais a todos, o que o
comunismo tem feito mesmo é distribuir equitativamente a pobreza.
4) O comunismo anula a posse da propriedade privada, enquanto tolhe
o sonho dos que nada têm de algum dia possuírem alguma coisa mais.
5) A tese do "Novo Homem" (do qual Che Guevara é apontado como
modelo), propugnado pelo comunismo como resultado da manipulação feita
pela dialética marxista e pelas lutas de classe, constitui-se num anti-evangelho,
uma vez que, de acordo com a mensagem do Evangelho, o único meio através
do qual o homem pode ser feito uma nova criatura é através da aceitação do
senhorio de Jesus Cristo sobre sua vida (Jo 3.1-8).
4.3. CONCLUSÃO
O cristão deve opor-se ao marxismo comunista não do ponto de vista do
capitalismo, seja ele de que linha for, mas do ponto de vista do Reino de Deus
que, ao contrário do marxismo, prega o amor entre os homens, a compreensão
e a solidariedade entre os povos, pontifica a necessidade da conversão do
pecado a um estado de graça diante de Deus, e enfatiza o senhorio de Cristo e
o governo divino sobre o homem e a História.
Como bem disse Rui Barbosa: "O comunismo não é fraternidade, é a
invasão do ódio entre as classes. Não é reconciliação dos homens, é a sua
exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho; bane Deus das
almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a
liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a
humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador".

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