Do Livro
Um Novo Modelo do Universo
Por P. D. Ouspensky
PREFACIO À SEGUNDA EDIÇÃO
Um dos críticos americanos da primeira edição do Um novo modelo do universo
observa que duas idéias deste livro apresentavam para ele dificuldades especiais: a do
esoterismo e a do método psicológico.
Não se pode negar que, de modo geral, essas idéias estão muito distantes do
pensamento moderno.
Mas, como não há nenhum sentido em ler o meu livro sem ter alguma noção do
significado dessas duas idéias, tentarei mostrar aqui maneiras de abordá-las.
Ambas exigem, antes de tudo, o reconhecimento do fato de que o pensamento
humano pode funcionar em níveis muito diferentes.
A idéia do esoterismo é sobretudo a idéia de uma inteligência superior. Para ver
claramente o que isso quer dizer, devemos nos dar conta, antes de tudo, de que a nossa
inteligência comum (incluindo a dos gênios) não é a categoria mais alta da inteligência
humana. Esta pode ascender a um nível quase inconcebível para nós, e podemos ver os
resultados do trabalho de uma inteligência superior, aqueles que nos são mais acessíveis,
nos Evangelhos e, em seguida, nas Escrituras do Oriente — Upanishads, Mahabharata —
, em obras de arte, como a Grande Esfinge de Gizeh, e nas crônicas, embora eles sejam
poucos na literatura e na arte. A verdadeira avaliação do significado dessas crônicas, e de outras similares, e a compreensão da diferença entre elas e outras, criadas pelo homem comum ou até mesmo por um gênio, exigem experiência, conhecimento e um treinamento
especial da inteligência e do discernimento e, talvez, faculdades especiais que ninguém possui. Seja como for, não se pode provar nada.
De modo que, o primeiro passo para compreender a idéia de esoterismo é dar-se
conta de que existe uma mente superior, isto é, uma mente humana, mas que difere da
mente comum tanto quanto, digamos, a mente de um adulto inteligente e educado difere
da mente de uma criança de seis anos. Um gênio é apenas um "Wunderkind". (1)
O homem de mente superior é dotado de um novo conhecimento, que o homem comum, por
mais inteligente e sagaz que seja, não pode ter. Este é o conhecimento esotérico.
É irrelevante se existem atualmente ou se sempre existiram pessoas de mente
superior ou se elas surgem na Terra somente a grandes intervalos. O ponto importante é que elas existem e que podemos entrar em contato com as suas idéias e, através destas, com o conhecimento esotérico. Essa é a essência da idéia do esoterismo.
Para compreender o que quero dizer com a expressão "método psicológico", é
necessário entender primeiramente que a mente do homem comum, a única que
conhecemos, também pode trabalhar em níveis muito diferentes e, em seguida, encontrar
a relação do "método psicológico" com o "método esotérico". [1]
Podemos ver diferentes níveis de pensamento na vida comum. A mente mais
comum, que chamaremos de mente lógica, é suficiente para todos os problemas simples
da vida. Podemos construir uma casa com essa mente, obter comida, saber que dois e
dois fazem quatro, que o "rio Voiga deságua no mar Cáspio" e que "os cavalos comem
aveia e feno". Assim, colocada no seu devido lugar, a mente lógica é perfeita e muito útil.
Mas, quando ela se depara com problemas grandes demais e não se detém diante deles,
mas se mete a resolvê-los, inevitavelmente fracassa, perde o contato com a realidade e
se torna, de fato, "imperfeita". A humanidade deve a essa "mente imperfeita" e a esse
"método imperfeito" de observação e raciocínio todas as superstições e falsas teorias, que
começam com a idéia do "demônio com pés de pato" e terminam no marxismo e na
psicanálise.
No entanto, uma mente lógica, que conhece a sua limitação e é bastante forte para
resistir à tentação de se aventurar por problemas que estão além do seu poder e das suas capacidades, torna-se uma "mente psicológica". O método que ela utiliza, isto é, o método
psicológico, é, antes de mais nada, um método para distinguir as diferenças entre os níveis de pensamento e para dar-se conta do fato de que as percepções mudam de
acordo com os poderes e propriedades do aparato perceptor. A mente psicológica pode
ver as limitações da "mente lógica" e os absurdos da "mente imperfeita", pode
compreender a realidade da existência de uma mente superior e de um conhecimento
esotérico, e vê-los nas suas manifestações. Isto é impossível para uma mente apenas
lógica.
Se um homem de mente lógica ouve falar de esoterismo, quererá imediatamente
saber onde estão as pessoas que pertencem ao círculo esotérico, quem as viu, e quando
e como ele próprio as poderá encontrar. E se ouvir dizer que para ele isso não é possível,
dirá então que tudo não passa de ura contra-senso e não existe absolutamente nenhum
círculo esotérico. Logicamente ele estará completamente certo, mas psicologicamente é
claro que, com tais exigências, não irá longe nas suas relações com o esoterismo. Um
homem deve estar preparado, deve dar-se conta da limitação de sua própria mente e da
existência de outra mente melhor.
As idéias esotéricas, isto é, as que provêm de uma mente superior, tampouco dirão
muito a um homem lógico. Ele perguntará, por exemplo: onde estão as provas de que os
Evangelhos foram escritos por pessoas de mente superior?
Onde, realmente, estão as provas? Elas estão ali, por toda parte, em cada linha e
em cada palavra, mas só para os que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir. Mas a
mente lógica não pode ver nem ouvir além de uma distância muito pequena ou das coisas
mais elementares.
A limitação da mente lógica a toma impotente, mesmo diante de problemas muito
simples da vida corrente, desde que ultrapassem os limites de sua escala habitual.
O homem de mente lógica que exige provas de tudo, na época atual, por exemplo,
procura a causa da crise econômica e política mundial em toda parte, exceto onde ela
efetivamente está.
E mesmo que lhe dissessem que as causas da crise estão no governo soviético
russo e no reconhecimento e sustentação desse governo por outros governos, ele jamais
o compreenderia. Está acostumado a pensar de um certo modo e é incapaz de pensar
diferentemente. Para ele, os bolchevistas são um "partido político" como outro qualquer e
o Governo Soviético é um "governo" como qualquer outro. Ele é incapaz de ver que este é
um fenômeno novo, diferente de tudo o que viu antes. [2]
Onde estão as provas disso? perguntaria ele.
E jamais perceberá que isso não necessita de prova alguma. Exatamente do mesmo modo que não haverá nenhuma necessidade de provas para o inevitável aparecimento da peste na sua casa, quando há peste na casa defronte, contra a qual não tenha sido
que a Rússia Soviética é uma casa empestada. Prefere acreditar na "maior experiência
social da história" ou na "evolução do bolchevismo" ou nos "bolchevistas abrindo mão da
propaganda"; como se a peste pudesse "abrir mão" da propagação e fosse possível fazer
negociações, tratados e "pactos" com ela. Nesse caso específico, é claro, o homem de
mente lógica erra quase conscientemente, porque não pode resistir à tentação de tirar
vantagem da oportunidade de extrair um lucro da casa empestada. O resultado inevitável
é que a peste aparece na sua casa. Contudo, mesmo quando ela surge, ele ainda não
quer compreender de onde ela vem e exige "provas".
Mas as "provas" nem sempre são, de forma alguma, necessárias para se aceitar ou
negar uma dada proposição. Há "provas psicológicas" que têm muito mais significação do
que os fatos, porque estes podem enganar e as provas psicológicas não. Mas devemos
ser capazes de reconhecê-las.
A expressão "método psicológico" deriva de "provas psicológicas". Com base
nestas, é possível ver as falhas do pensamento lógico em áreas inacessíveis a ele ou em
questões demasiado grandes para ele, e, de uma forma exatamente igual, é muitas vezes
possível perceber a direção em que estão as soluções prováveis para problemas que
parecem ser insolúveis ou que dão mostras disso. Não quer dizer, porém, que, com o
auxílio do método psicológico, sempre será possível encontrar soluções para problemas
difíceis ou grandes demais para a mente lógica. As soluções verdadeiras só podem vir de
uma mente superior que possua um conhecimento superior, isto é, do esoterismo. É esta
a diferença entre o método psicológico e o método esotérico.
Tentemos imaginar os quatro métodos de observação e raciocínio em relação ao
cômodo onde estou escrevendo estas coisas. O método defeituoso baseia-se numa
olhadela do cômodo feita através do buraco da fechadura ou de uma estreita fenda; sua
principal característica é a certeza de que o que se vê através do buraco ou da fenda
representa tudo o que há no cômodo e que não há nem pode haver nada mais nele, salvo
o que é visível dessa maneira. Em virtude de certa imaginação e de uma tendência à
superstição, o método defeituoso pode transformar um cômodo comum em algo muito
estranho ou prodigioso.
O método lógico é baseado numa olhadela do cômodo realizada de um ponto, um
ângulo definido, e geralmente sem iluminação suficiente. Uma confiança excessiva nele e
a defesa desse ângulo de visão tomam o método lógico deficiente.
Comparado aos dois primeiros, o método psicológico seria uma visão do cômodo à
luz do dia, percorrendo-o em várias direções, conhecendo os objetos que existem nele, e
assim por diante. É bem evidente que, dessa maneira, é possível aprender mais sobre o
cômodo do que pelo método lógico e encontrar muitos equívocos e conclusões erradas do
método defeituoso.
O método esotérico de abordagem do estudo do cômodo abrangeria não só todo o
cômodo, com tudo o que encerra, mas toda a casa, todas as pessoas dentro dela, com
todas as suas relações e ocupações; e, posteriormente, a posição da casa na rua, desta
na cidade, desta no país, deste na Terra, desta no sistema solar, etc. O método [3] todo
esotérico não é limitado por coisa alguma, e relaciona sempre cada coisa, por mais
insignificante que seja, com o todo.
Exemplos de pensamento "psicológico", "lógico" e "defeituoso" abundam à nossa
volta. Ocasionalmente, nos deparamos, na ciência, com o método psicológico. Na própria
Psicologia, o "método psicológico" leva, de maneira inevitável, ao reconhecimento do fato
de que a consciência humana é simplesmente um exemplo particular da consciência e de
que existe uma inteligência muitas vezes superior à inteligência do homem comum. E só
uma psicologia que parte dessa proposição e a tem como seu fundamento pode ser
chamada científica. Noutras esferas de conhecimento, o pensamento psicológico está na
raiz de todas as descobertas autênticas, mss este não dura muito tempo. Quero dizer
que, assim que as idéias encontradas e estabelecidas pelo método psicológico se tomam
propriedade de todos e começam a ser consideradas permanentes e aceitas, tomam-se
lógicas e, na sua aplicação a fenômenos de maior porte, defeituosas. Darwin, por
exemplo; suas descobertas e idéias foram produto de um pensamento psicológico de
qualidade muito elevada. Mas seus seguidores as tornaram lógicas e, mais tarde, elas se
tornaram indubitavelmente defeituosas, porque se plantaram no caminho do livre
desenvolvimento do pensamento.
É exatamente isso que o Dr. Stockmann, de Ibsen, quer dizer ao falar das verdades
que envelhecem.
"Há verdades", diz ele, "que alcançaram uma idade tal, que realmente sobreviveram
a si mesmas. E, quando se tornam velhas assim, estão a caminho de se transformar em
mentira... Sim, é verdade, acredite ou não em mim, mas as verdades não vivem tanto
quanto Matusalém, como imaginam as pessoas. Uma verdade normalmente elaborada
vive, em regra, digamos, de quinze a dezesseis anos; no melhor dos casos, vinte,
raramente mais do que isso. Mas essas verdades que envelhecem se tornam murchas e
rijas. E a maioria das pessoas, criadas, antes de tudo, por elas, posteriormente as
recomendam à humanidade como um alimento espiritual sadio. Podemos, no entanto,
assegurar que não há nenhum valor nutritivo nesse alimento. Posso falar disso como um
médico. Todas as verdades pertencentes à maioria são como toucinho velho e rançoso,
ou presunto cru estragado, e deles deriva todo o escorbuto moral que grassa na vida das
pessoas que nos cercam".
Não se pode expressar melhor a idéia da degenerescência das verdades aceitai. As
verdades que envelhecem tomam-se decrépitas e duvidosas. Podem às vezes ser
utilizadas artificialmente, mas não têm vida. Isso explica por que, quando as pessoas
ficam desapontadas com as novas idéias, o retorno às velhas não ajuda muito. As idéias
podem ser velhas demais.
Noutros casos, porém, as idéias velhas podem ser mais psicológicas do que as
novas. As novas idéias podem ser lógicas demais e, por isso, defeituosas.
Podemos ver, em várias reformas "intelectuais" dos velhos hábitos e costumes,
muitos exemplos curiosos do conflito entre o pensamento psicológico e o lógico, que se
toma então necessariamente defeituoso. Considerem, por exemplo, as reformas dos
pesos e medidas. Estes foram criados através dos séculos e diferem de país para país;
parecem, à primeira vista, ter adquirido uma ou outra forma por acaso e serem
demasiadamente complicados. Mas, na realidade, baseiam-se sempre num princípio
definido. Em cada classe separada de coisas ou materiais a medir, usa-se um divisor (ou
multiplicador) diferente, às vezes muito complexo, como no sistema inglês de pesos — 16 onças por libra, 14 libras por stone para pesos comparativamente pequenos, e, para os
maiores, 28 libras por um quarto, 112 libras por quintal, 20 quintais [4] por tonelada; ou, por
exemplo, um simples multiplicador, como 8, na medida russa para grãos, que nunca se
repete em relação a qualquer outra coisa. Trata-se de um autêntico método psicológico
criado pela vida e pela experiência, porque, graças a coeficientes diferentes em situações
diversas, uma pessoa, fazendo cálculos mentais envolvendo a medição de materiais
diferentes, não pode confundir objetos de denominações diferentes ou as medidas de
países diferentes (se tiver de lidar com medidas de outras nações), porque cada categoria
de multiplicador lhe indica por si mesma o que está sendo medido e com que medida.
Quem não gosta desses antigos e complicados sistemas são os professores primários
que, como sabemos bem, são as pessoas mais lógicas do mundo. Os pesos e medidas
diferentes parecem a eles desnecessariamente confusos.
Em 1793, a Convenção Nacional decidiu substituir as medidas francesas existentes por uma medida "natural".
Após longas e complexas atividades e pesquisas científicas,
reconheceu-se essa medida — que foi chamada metro — como sendo a décima
milionésima porção da quarta parte do meridiano terrestre.
Não existe prova direta disto, mas estou certo de que a idéia de uma medida
"natural" e o sistema métrico nasceram da cabeça dos professores de aritmética, porque
é muitíssimo mais fácil dividir e multiplicar tudo por dez, tendo abolido todos os outros
divisores e multiplicadores. Todavia, para todas as necessidades da vida quotidiana, o
sistema métrico de pesos e medidas é muito menos prático do que os antigos sistemas, e
debilita, num grau considerável, a capacidade humana de efetuar cálculos mentais
simples, fato muito observado em países que adotaram o sistema métrico. Todos os que
estiveram alguma vez na Franca se recordam do lápis e do papel dos lojistas, no qual
muitas vezes se escrevia , mas pouquíssimos sabem que esta é uma das conquistas
da Grande Revolução Francesa.
Ocorre exatamente a mesma coisa, nas tentativas de modificar a antiga ortografia.
Todas as grafias devem, sem dúvida, se adaptar às novas exigências, digamos, uma vez
em cada cem anos, e isso se dá por si mesmo, de modo natural. Mas as reformas
violentas e a introdução da chamada ortografia "fonética" (apenas chamada, porque a
ortografia fonética autêntica é impossível em qualquer língua) transtorna geralmente o
rumo total do desenvolvimento normal de uma língua e, em pouco tempo, as pessoas
começam a escrever de maneiras diferentes e, em seguida, a pronunciar de modos
diversos, isto é, a adaptar a pronúncia à nova ortografia. Este é o resultado da aplicação
do método lógico a um problema que vai além dos limites da sua ação possível. E a razão
disso é muito evidente: o processo de ler e escrever não é um processo de ler e escrever
letras. É um processo de ler e escrever palavras e sentenças. Conseqúentemente, quanto
mais as palavras diferem na sua forma e aparência, tanto mais fácil é o processo de ler e escrever, e quanto mais se assemelham uma a outra (como é inevitável na ortografia
"fonética"), tanto mais lento e difícil é o processo de ler e escrever. É bem possível que
seja mais fácil ensinar a ortografia "fonética" do que a normal, mas, para o resto da sua
vida, o homem que foi ensinado desse modo fica com um instrumento muito insatisfatório
para conhecer as idéias dos outros e expressar as suas.
É justamente isto o que está acontecendo hoje na Rússia. Pouco antes da
revolução, uma comissão de professores (nesse caso, não há dúvida alguma quanto a
isso), sob a presidência do reitor da Universidade de Moscou, foi formada para investigar
os meios de reformar a ortografia. Essa comissão elaborou uma "nova ortografia" [5] muito
absurda, absolutamente incompatível com a língua russa, violando todos os princípios de
gramática e contrariando todas as leis do desenvolvimento natural da língua. Tal
"ortografia" jamais teria sido aceita, se a Academia e os círculos literários tivessem tido
tempo para expressar a sua opinião sobre ela, isto é, se não tivesse ocorrido a revolução
justamente nessa ocasião. Mas, assumindo o poder, os boichevistas instituíram essa
nova "ortografia". E, sob a sua influência, a língua imediatamente começou a se deteriorar
e a perder a sua força e clareza. Se a ortografia "fonética" tivesse sido introduzida nos
países que falam o inglês, essa língua teria muito rapidamente desaparecido e vinte ou
trinta variedades de inglês corrompido teriam ocupado o seu lugar.
Outro exemplo interessante do método lógico em oposição ao psicológico, exemplo
aceito hoje de forma quase geral em vários países, é a co-educação de meninos e
meninas. Logicamente, a co-educação se afigura inteiramente correta, mas, do ponto de
vista psicológico, é completamente errada, porque, por esse sistema, tanto os meninos
quanto as meninas perdem igualmente os seus traços característicos, especialmente os
que deveriam ser desenvolvidos neles, e adquirem outras características que nunca
deveriam ter. E, além disso, ambos aprendem a mentir infinitamente mais do que
poderiam fazê-lo mesmo nas melhores escolas do estilo antigo.
Vejamos outros exemplos. Que coisa poderia ser mais lógica do que a Santa
Inquisição, com as suas torturas e queima de hereges: ou o bolchevismo, que começa por
destruir escolas, universidades e institutos técnicos, cortando as verbas destinadas à
preparação dos especialistas necessários à nova industrialização tão apregoada? Se isso
não é assim, por que então os bolchevisias precisam de engenheiros estrangeiros? Nesse
aspecto, a Rússia, durante um largo período, viveu à base dos seus próprios recursos. E,
além disso, o que pode ser mais lógico e, ao mesmo tempo, mais infrutífero do que todas
as possíveis proibições, como a experiência americana de proibir as bebidas alcoólicas?
E o que pode ser mais fácil? Qualquer louco, tendo o poder nas mãos, pode encontrar
algo que proibir e, dessa forma, revelar a sua vigilância e boas intenções. Tudo isso é o
resultado do método lógico. O perigo deste método, em todas as esferas possíveis da
vida, reside no fato de que, à primeira vista, é o método mais fácil e eficaz.
O método psicológico é muito mais difícil e, ademais, muitas vezes muito
decepcionante, porque, servindo-se dele, percebemos que não compreendemos nada e
não sabemos o que fazer. Ao passo que, com o método lógico, sempre compreendemos
tudo e sempre sabemos o que fazer.
Queira participar de nossos grupos de estudo, leitura ou terapia mande uma mensagem para o WhatsApp (79)991316067 ou Telegram (79)988335718.
CURSO GRATUITO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário