terça-feira, 31 de outubro de 2023

Considerações sobre a origem da Palestina

Yuri Fagundes


Abraão foi o pai de toda a nação hebraica. E Abraão foi apelidado de hebreu. 

De onde vem o nome hebreu? Há duas respostas possíveis. 

A primeira, é que um ancestral dele se chamava Heber. 

A outra é que “Ivrim”, no hebraico, significa “povo do outro lado do rio”. 

Como Abraão chegou na terra de Canaã partindo da Mesopotâmia, ele recebeu esse epíteto. 

Os filhos de “Ivrim”, apelido de Abraão, foram designados hebreus.

Jacó, neto de Abraão, teve doze filhos. 

Durante uma batalha espiritual, ele teve o seu nome acrescentado para “Israel”. 

“Ya’akov”, ou Jacó, significa “aquele que vai no calcanhar do outro”. 

O nome "Jacó" sofreu uma alteração semântica e passou a designar “enganador”, ainda que originalmente o nome tenha tido uma conotação positiva. 

Os doze filhos de Jacó também eram chamados de “doze filhos de Israel”. 

Quando eles saem do Egito e vão para a terra prometida, eles passam a ser chamados de “doze tribos de Israel” e “israelitas”. 

Quando chegou a época do cativeiro da Babilônia, os assírios haviam destruído dez tribos de Israel do norte. 

Só sobraram duas: a tribo de Judá e a minúscula tribo de Benjamim. 

Como a maioria das tribos desapareceram, todos os habitantes da região passaram a ser indistintamente denominados de judeus, da mesma maneira como eram chamados os habitantes de Judá.

Nos dias de hoje, após a criação do Estado de Israel em 1948, os habitantes daquela região são denominados “israelenses”, não “israelitas”, como eram chamados no tempo da Bíblia. 

Um ponto aparentemente polêmico: o palestino na verdade não é palestino. 

Um exame de DNA realizado junto à população palestina e foi descoberto que eles originalmente provieram da região da África Subsaariana. 

Eles chegaram na região da Ásia provavelmente levados como escravos pelos grupos ismaelitas que eram árabes. 

Assim, o palestino não é árabe e possui ancestralidade subsaariana. 

Os filisteus, que ocupavam a atual região da Faixa de Gaza, provieram da região do Mar Egeu. 

Entre 132 a 135 da era cristã, houve uma sublevação em Israel — a terceira revolta judaica contra o Império Romano — comandada por um líder chamado “bar Kochba”, ou Simão Barcoquebas. 

O imperador de Roma da época era Adriano. 

O imperador Adriano, em vingança contra os judeus, mudou o nome da região de “Aelia Capitolina” para “Síria-Palestina”. 

Através da latinização do nome “Filisteu”, historicamente os maiores inimigos dos judeus, surgiu então o nome “Philistine”, ou “Palestina”. 

Portanto, etimologicamente, o nome “Palestina” designa “terra dos filisteus”, ou simbolicamente, “terra dos inimigos dos judeus”. 

Todavia, o palestino não é filisteu. 

Esse nome “palestino” foi dado por Roma extrinsecamente para aquele grupo. 

Em suma, os palestinos não são árabes, não são filisteus, são originalmente provenientes da África Subsaariana e receberam o título artificial de “palestinos” dado pelo imperador romano Adriano. 

Quanto à cidade de Jerusalém, não há nenhuma menção dela no Alcorão. 

Quando Maomé começa a pregação do Islã, quem apoiou Maomé no início quando ele estava sendo perseguido em Meca foram os judeus, pela mesma proximidade da defesa do monoteísmo. 

No momento da fuga de Maomé de Meca para Medina em 622 — evento conhecido pelo nome de “Hégira”, há uma tradição islâmica que sustenta que a mula de Maomé é transportada pelo anjo Gabriel até a cidade de Jerusalém. 

Ali ele se encontra com três personagens: Isa (Jesus), Mussa (Moisés) e Ibrahim (Abraão), recebe as orações do islamismo, sobe ao paraíso e retorna.

A partir dessa tradição, Jerusalém se torna a terceira cidade sagrada dos muçulmanos: a primeira é Meca, a segunda, Medina, e a terceira, Jerusalém. 

Todavia, os muçulmanos só se apossarão de Jerusalém no ano de 690, quando chegam as primeiras milícias muçulmanas. 

Não se sabe ao certo quando exatamente os palestinos se convertem ao islamismo. 

Alguns historiadores sustentam que eles se converteram na época da Primeira Cruzada, que foi no século XII. 

No ano de 691-692, os muçulmanos constróem em Jerusalém o Domo da Rocha, aquela cúpula dourada, para demarcar o local em que Maomé sobe ao céu, e a Mesquita de Al-Aqsa (que significa “na esquina”, ou “à distância”) também para fins de demarcação.

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