sexta-feira, 11 de março de 2022

Incompatibilidade clara: As mensagens anticomunistas da Bíblia e a religião marxista-leninista

 

As mensagens anticomunistas da Bíblia e a religião marxista-leninista



https://visaolibertaria.com/article/df0e454a-1ab8-4887-a665-f952f7ff373a

Sugerido e escrito por Pepe D'Ambrosio3.71, Revisado e narrado por JJ Liber4.20






Pera, mas não falam que Jesus era socialista?


comunismo é um modelo econômico distópico proposto por Karl Marx e seu riquíssimo amigo industrial, Friedrich Engels na Alemanha no século XIX. Resumidamente, segundo os teóricos comunistas, o estado tem a sua origem na luta de classes e somente por meio da grande revolução socialista que as classes sociais deixariam gradualmente de existir, assim como o estado. No pensamento comunista, a propriedade privada é uma invenção burguesa e que é sustentada pelo aparato estatal burguês. O objetivo da revolução seria eliminar o Estado Burguês e estabelecer o Estado Socialista, que seria uma etapa transitória para o comunismo completo, no qual não há mais classes sociais nem estado.

Seguindo esse raciocínio, a revolução ganha caráter infalível, pois tudo que é feito, é executado em nome de uma sociedade justa, igualitária e supostamente natural, deixando de lado a ideia burguesa de propriedade privada e o estado Burguês. Nessa distopia, cada pessoa contribuiria da maneira que pudesse e seria recompensada conforme as suas necessidades. É certo que essa ideia parece encantadora para algumas pessoas e, por isso, a esquerda consegue ter muitos adeptos, mesmo depois da morte de mais de 100 milhões de pessoas por conta dessa ideologia. Para entender a essência do pensamento comunista, bastaria ler os livros “Manifesto do Partido Comunista”, de Karl Marx e “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”, de Friedrich Engels, caso queira.

Por outro lado, a Bíblia vai totalmente de encontro a ideologia marxista-leninista. A teoria comunista é baseada no Materialismo Histórico, ou seja, todos os eventos da história da humanidade possuem uma relação de causa e efeito com a economia. Por sua vez, a Bíblia Sagrada é irredutível quanto a essa ideia. Para os cristãos, deve haver uma distinção clara e objetiva entre as coisas do mundo (bens, prazeres carnais e vícios) e as coisas de Deus (as virtudes, a moralidade e a espiritualidade). Como refutação ao marxismo, é importante destacar duas importantes passagens do Evangelho. Em Mateus 22, alguns fiéis perguntam a Jesus:

“Dize-nos pois, que te parece? É permitido pagar tributo a César, ou não?

Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do imposto.

Então Lhe entregaram um denário.

Disse Ele: De quem é esta imagem na inscrição?

Os fiéis responderam: de César.

Então lhes disse: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Esta passagem divide muitas opiniões, mas um olhar histórico mais atento aponta para uma interpretação. Naquela época, o paganismo romano impunha o culto à figura do imperador. Isto é, além dos deuses pagãos como Júpiter, Vênus e Marte, os romanos cultuavam também os seus líderes políticos. Quando imperador, era possível deter dois títulos: o de liderança política, denominado César, e o de liderança religiosa, denominado Augusto. Também é importante lembrar que a profissão de cobrador de impostos era terrivelmente mal vista na Judeia. Mateus, um dos doze discípulos de Jesus, era odiado pelo seu povo por causa da sua profissão indigna. Em Mateus 9, os fariseus indagaram os discípulos de Jesus Cristo sobre a conduta do seu mestre:

“Por que o vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?

Jesus, porém, ouvindo isso disse: não necessitam de médico os sãos, mas, sim os doentes. Ide, porém e aprendei o que significa. Quero misericórdia, e não sacrifícios. Pois eu não vim chamar os justos, e sim, os pecadores ao arrependimento”.

Diante disso, fica claro o que Cristo disse com “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Evidentemente, os homens não deveriam se preocupar com o que faz parte deste mundo, incluindo os reis da época e os governantes de hoje em dia, mas apenas com o reino dos céus. Uma clara rejeição ao conceito de Materialismo Histórico, que literalmente coloca os bens materiais como a coisa mais importante da existência.

As divergências com o cristianismo são incontáveis. Entende-se a propriedade privada como um pilar da civilização. Sem ela, seria impossível estabelecer outras partes importantes do tecido social, como o Direito e a Filosofia. Por isso, sociedades sem esse conceito bem desenvolvido são normalmente tribais e algumas vezes possuem hábitos culturais questionáveis, como infanticídio, poligamia, pedofilia e canibalismo.

É importante dizer que a propriedade privada só é necessária por causa de uma realidade: a escassez. Apenas bens escassos podem pertencer a alguém. Coisas como água da chuva, moléculas de gás oxigênio e fótons não são escassos e por isso, não são trocados no mercado. No entanto, bens como serviços, terrenos e animais são escassos e por isso, podem ser apropriados pelos homens. A Doutrina Cristã entende que na vida no Jardim do Éden não existia escassez, mas fartura de tudo. Após o pecado original, o homem caiu e agora vive no mundo, não mais no paraíso. Por isso, qualquer ideia de Paraíso Terrestre ou de qualquer outra utopia é veementemente rechaçada por cristãos. Para os comunistas, o problema do mundo está na propriedade privada e a revolução é a resposta para o progresso. Para os cristãos, o mundo é ruim por causa do pecado original e da concupiscência, portanto, os homens devem se conformar com a realidade injusta e perseverar na fé em busca de dias melhores.

Outro ponto de divergência entre o cristianismo e a esquerda é que a Igreja indica que o meio adequado para reparar as injustiças e as desigualdades é a caridade voluntária. Não o assistencialismo. As medidas assistencialistas do governo pervertem o verdadeiro sentido da caridade cristã. No primeiro caso, os indivíduos são tributados coercitivamente e os seus bens são dados a outros quaisquer sistematicamente. Isso faz com que os doadores sintam os receptores como estorvos, verdadeiros pesos na sociedade e aqueles que recebem se sentem no direito de receber sempre e não mais sentem gratidão. Diferentemente, na caridade, os indivíduos doam VOLUNTARIAMENTE os seus recursos para pessoas que eles conhecem e presumem que vão agir com justiça. Com isso, os doadores se sentem bem em doar e os receptores, gratos em receber.

Mas e os ricos? Jesus não disse que eles dificilmente entrarão no Reino dos Céus? E também para ficarem sem nada? Bom, vamos ao episódio do Jovem Rico em Mateus 19:

Um homem se aproximou Dele e perguntou: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?

Jesus lhe respondeu: Por que me chamas de bom? Não há bom senão um, Deus. Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos”.

Depois de mais alguma conversa, o jovem perguntou o que lhe faltava para poder entrar no Reino dos Céus. Então Jesus lhe respondeu:

“Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.

Mas o jovem ouvindo estas palavras, se retirou triste, por ser dono de muitas propriedades. Então, disse Jesus aos discípulos:

Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus”.

Pois bem, mais um desencontro do marxismo com o Evangelho. Nesta passagem, Cristo pede para que o jovem deixe as coisas do mundo, que no caso eram as suas muitas propriedades, e o seguisse a fim de encontrar o Reino dos Céus. Jesus NUNCA disse que ter bens é algo imoral, mesmo que as outras pessoas tenham pouco. O que a Bíblia ensina é a caridade e a empatia. Não a expropriação e o assistencialismo.

Nas Escrituras, várias eram as pessoas ricas. Inclusive, o homem mais rico de toda a história, o Rei Salomão, era diretamente aconselhado pelo próprio Deus de Israel. O comunismo defende que as pessoas NÃO devem ter mais que os seus semelhantes. Aliás, “De cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades”. Nada de meritocracia. Nada de virtudes.

Disso entende-se outra diferença basilar entre o marxismo e o cristianismo. O único parâmetro de igualdade entre os homens é no que diz respeito à criação. Segundo as Escrituras, todos os homens são feitos à imagem e semelhança de Deus. Além disso, Deus é ao mesmo tempo trino e uno, o homem possui uma tricotomia: corpo, alma e espírito. Sendo que cada uma dessas partes são únicas em cada homem. Isto é, todos os homens são diferentes nessas três coisas. Todavia, o comunismo NEGA a existência da espiritualidade. Por isso, todos os homens devem ser igualmente tratados e terem as mesmas condições. Segundo o cristianismo, isso vai totalmente de encontro a natureza humana.

Isso faz com que as sociedades comunistas percam a noção de transcendência. Com isso, as pessoas não vão atrás das virtudes e não buscam a edificação, mas ficam presas às coisas do mundo. No máximo, um cidadão de um regime comunista pode buscar criar boas relações dentro do partido, com o objetivo de ascender politicamente. Fora isso, as pessoas no comunismo não possuem valor algum. A única religião permitida pela esquerda é o marxismo, o único deus é a revolução e podem ser sacrificadas quantas pessoas forem necessárias em nome dessa infame divindade. Se você já leu algum livro de Lenin ou de Mao Tse Tung, por exemplo, certamente se deparou com trechos como “segundo Marx”, “de acordo com Marx” ou “Engels diria que”. O marxismo é uma seita religiosa e deve ser tratada como tal. Aliás, em um regime comunista, ela é a única que pode existir. Não importa quantos Muros de Berlim sejam derrubados, os revolucionários comunistas continuarão acreditando nesta distopia.


FONTES:

Manifesto Anticomunista, de Dom Geraldo de Proença Sigaud

Evangelho de São Mateus e Evangelho de São Lucas

Carta de São Paulo aos Romanos

Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII:

https://www.vatican.va/content/leo-xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum.html

Encíclica Divini Redemptoris do Papa Pio XI:

https://www.vatican.va/content/pius-xi/pt/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redemptoris.html



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