terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Lições Rosacruzes 1


A PERPLEXIDADE 

Há em nós uma inquietude enquanto ser e enquanto humanidade.

Parece que o ser humano perdeu a noção da finalidade da vida.

O ser humano nunca está plenamente satisfeito, mas não sabe o que pode satisfazer sua sede, e assim não percebe que a própria insatisfação pode ser injusta e desumanizadora.

A maioria confia num pretenso conhecimento, uma falsa e passageira segurança. 

Outros esperam mudanças e progetam para fora uma transformação a nível de país e até do mundo, ou querem influenciar de alguma forma a situação geral.

Outros ainda dedicam seus esforços e preocupações em reclamações, protestos sempre renovados.

Não querem aceitar a vida com o que ela tem a oferecer, querem viver, mas outra vida, que só existe na imaginação, criada pelo desejo.

Os primeiros fantasiam um mundo que está sob seu domínio e pensam que controlam situações quando sequer controlam a si mesmos.

Os segundos simplesmente queremque o mundo os satisfaça ou desejam mudar o mundo, segundo seu interior, e não percebem que não conseguem sequer alterar seu interior.

E estes, terceiros, só culpam os outros pelo seu estado indesejado, revoltados e insatisfeitos, apenas querem destruir tudo com suas revoluções, tomar o que não é seu e se vingar do que supõem que lhes fizeram.

O que somos? Qual o verdadeiro significado da existência? De onde viemos, para onde vamos, por que estamos aqui?

Simplesmente se tornou fora de moda este tipo de questões.

E se ao menos alguém, algum dia dia, em algum lugar, teve acesso a este conhecimento, ele já se perdeu, ou permanece oculto, ou esquecido.

Muitos, muito tarde, são os que vêem suas certezas esvairem-se. 

Outros ansiosos por uma vida de paz, harmonia; uma vida sem temor, sem violência, sem corrupção, se entregam justamente ao medo e à desconfiança e esta insegurança e medo do que o futuro os reserva, os tira do anseio genuíno levando-os para uma vida de ansiedade.

Outros, perplexos, se perguntam porque a vida é assim e porque veio parar em tal estado de coisas.

O surgimento e ressurgimento do movimento rosacruz ao longo das épocas é uma convocação para todos aqueles que sentem uma saudade do paraíso sem saber de onde vem isso, aqueles que sentem -se estranhos ou não se adaptam às estranhezas desta ordem caída, aqueles que querem a verdade seja ela qual for e não mais confortáveis ilusões, aqueles que querem descobrir o real propósito da existência e de sua própria existência, aqueles querem descobrir como vieram parar aqui e porque e como recordar e retornar à natureza original e  eterna.

Séculos atrás os iniciadores desse movimento chamaram a atenção do ser humano para a base de todo conhecimento real, para a razão e para a finalidade da vida e para um processo de transformação que possibilitaria a este ser tomar  consciência de outras realidades e da realidade suprema por trás das estruturas dos fenômenos, das coisas, dos seres e do conhecimento. Esta ciência, este processo foi chamado arte real, Grande Obra, ou a alquimia espiritual dos rosacruzes.

Este conhecimento, na verdade, trata em primeiro lugar, não de novos conhecimentos, mas de uma nova maneira de conhecer, de ver e de viver; pois trata do despertar e desenvolver daquilo que conhece em nós, que toma ciência, que toma consciência de todo conhecimento, inclusive de si mesma, o próprio conhecedor em nós, e que, afinal, é identificada como nossa realidade eterna, a consciência.

Este conhecimento universal original e eterno é também o mesmo que nos possibilita recordar nossa verdadeira realidade, e nos leva por uma nova experiência de vida e realidade, um caminho para processar uma nova vida, o verdadeiro viver em espírito e verdade.

Frati R.C.


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Indicação do Caminho para o Reino do Céu - parte 1

Do livro

Indicação do Caminho para o Reino do Céu

Santo Inocêncio, Bispo do Alasca
Traduzido por Noviça Vasilisa (Lesna)/ Natalia J. Martynenko

 

Os Benefícios que Nos Concedeu

Nosso Senhor Jesus Cristo

Para avaliar os bens concedidos por nosso Senhor Jesus Cristo, lembremos as bênçãos que tinha o primeiro homem, Adão, antes de ter pecado e as desgraças que ele teve que sofrer em conseqüência do pecado.

O primeiro homem, tendo sido criado pela imagem e conforme a semelhança do seu Criador, tinha a mais vital e intima relação com Ele, e por isso desfrutava de uma total felicidade. Sendo imortal, Deus concedeu a Adão essa imortalidade; sendo Todo-puro Deus fez Adão puro e sem pecado; sendo eternamente feliz, Deus criou Adão feliz e essa felicidade ou beatitude deveria aumentar a cada dia.

Como nos diz o livro de Gênesis, Adão vivia num maravilhoso jardim (chamado Eden ou paraíso), plantado por Deus. Aí ele desfrutava de todas as bênçãos da vida, não conhecia doenças nem sofrimento e não tinha medo de ninguém, todos os animais lhe obedeciam como ao seu mestre. Adão não sentia frio nem calor e, quando trabalhava, tratando das plantas do paraíso, fazia isso com prazer. A sua alma tinha consciência da presença de Deus e de amor a Ele, ele estava sempre tranqüilo e feliz, não conhecia desgraças nem preocupações. Todos os seus desejos eram puros e íntegros. A sua memória, mente e todas as outras capacidades de sua alma eram perfeitas. Sendo inocente e puro ele permanecia sempre com Deus e conversava com Ele como com o seu próprio Pai, e Deus amava-o como a seu próprio filho. Resumindo, Adão estava no paraíso e o paraíso estava dentro de Adão.

Se Adão não tivesse pecado, ele continuaria santificado para sempre, e os seus descendentes teriam desfrutado a felicidade. Foi para isso que o Senhor criou o homem. Porém dando ouvidos ao tentador-diabo, Adão transgrediu a lei do Criador, e provou do fruto proibido. Quando Adão pecou, apareceu-lhe Deus, mas ele em vez de se arrepender e prometer obediência, colocou a culpa na sua mulher. A mulher colocou a culpa na serpente. Mas o pior não era a transgressão da lei, mas sim o fato de que o pecado afetou profundamente a natureza humana. Em conseqüência disso não se podia manter mais a anterior comunicação vital com o Criador e juntamente com isso desapareceu a felicidade. Perdendo o paraíso que tinha em si, Adão não merecia mais o paraíso que o rodeava e por isso foi expulso dele.

Depois do pecado, a alma de Adão escureceu, os seus pensamentos e desejos ficaram confusos, sua memória e imaginação começaram a nublar. Em vez de sentir alegria e paz na alma ele começou a sentir tristeza, preocupações e outros sentimentos desagradáveis. Ele teve que conhecer o trabalho duro, a pobreza, a fome e a sede, e depois de muitos anos de dificuldades insuperadas a idade e a doença começou a oprimi-lo e a morte se aproximou. Mas o pior de tudo é que o perpetuador de todo o mal, através do pecado tornou-se hábil de influenciar Adão e afasta-lo de Deus.

Os elementos da natureza: o ar, o fogo, e os outros, que serviam anteriormente a Adão como meios para a sua satisfação, tornaram-se hostis. Adão e os seus descendentes começaram a sofrer de frio, de calor, da mudança dos ventos e do mau tempo. Os animais tornaram-se ferozes com os homens e começaram a olhar para eles como para os seus inimigos ou presas. Os descendentes de Adão começaram também a sofrer de doenças que com o tempo se tornavam mais numerosas e mais severas. As pessoas esqueceram-se de que eram próximas e começaram a lutar entre si, odiar, mentir, atacar, martirizar e a matar uns aos outros. Por fim, depois de muito trabalho e tribulações, deveriam morrer e sendo pecadoras, deveriam ir para o inferno e aí sofrer eternamente.

Nenhuma pessoa, nem mesmo a mais genial e poderosa, nem a humanidade toda junta, poderia, nem pode restabelecer o que Adão perdeu quando pecou no Eden. O que seria de nós e de toda a humanidade se pela Sua misericórdia Jesus Cristo não tivesse vindo para nos salvar? O nosso Pai Celeste que tem piedade de nós e ama-nos muito mais do que somos capazes de amar a nós próprios, mandou-nos o Seu Filho Jesus Cristo para nos livrar do poder do diabo e nos guiar ao Reino do Céu.

Com o Seu ensinamento Jesus Cristo dispersou a escuridão da ignorância e das ilusões iluminando todo o mundo com a luz do Evangelho. Agora quem quiser pode saber a vontade de Deus e o caminho para o Reino do Céu. Pelo seu modo de vida, Cristo nos mostrou como viver para obter a Salvação. E com o Seu mais puro sangue lavou os nossos pecados, livrando-nos da escravatura do diabo e das paixões e nos tornou filhos de Deus. O martírio que nos esperava pela transgressão da lei de Deus, Ele suportou por nós e com a Sua morte livrou-nos da morte eterna.

Jesus Cristo com a Sua ressurreição destruiu o inferno, tirando a satanás do poder e, vencendo a morte abriu para todos as portas do paraíso. Por isso a partir desse momento a morte deixou de ser algo trágico, pelo contrário, para as pessoas que têm fé a morte passou a ser uma passagem de uma vida de vaidades e tristeza para uma vida de luz e felicidade. Com a Sua ascensão aos céus, Jesus Cristo glorificou a natureza humana concedendo-lhe a imortalidade. É impossível descrever todos os bens que Ele nos preparou, podemos apenas dizer que quem seguir os Seus mandamentos será digno de viver no paraíso, com os anjos, os santos e os justos e de ver Deus. Sentirá uma pura alegria, sem preocupações, sem cansaço e nem tristeza.

Esses bens não são dados apenas a alguns escolhidos mas sim a todos que os queiram receber. O caminho para a salvação foi indicado, organizado, limpo e nivelado o melhor possível. Mais que isso, Jesus Cristo ajuda-nos durante o caminho, podemos até dizer que Ele nos leva pela mão. A única coisa que nos resta fazer, é entregarmo-nos à Sua vontade sem nos opormos. Vejam como nos ama Jesus Cristo e que grandes benefícios nos dá! Imaginem agora Jesus aparecendo na nossa frente e nos perguntando: "Meus filhos, será que vocês Me amam por tudo que fiz por vós, e será que vocês dão valor aos bens que Eu vos dou?" Quem entre nós não lhe responderia: "Sim, meu Deus eu Te amo e Te agradeço!" Por isso, se realmente amamos Jesus Cristo, se isso não é só da boca para fora, devemos fazer o que Ele nos ordena. Porque quando uma pessoa ama realmente o seu benfeitor, demonstra a sua gratidão fazendo tudo o que lhe agrada.


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