segunda-feira, 4 de abril de 2016

DO TAO TE KING POEMA 57


"AGIR NÃO AGINDO Pela retidão se governa um país. Pela prudência se conduz um exército. Mas é pelo não-agir Que é regido o Universo. Donde sei que assim é? É evidente por si mesmo. Quanto mais proibições existem, Tanto mais o povo empobrece. Destrói-se toda a ordem Quanto mais os homens procuram Os seus interesses pessoais. Prepara-se a revolução, Quando os homens só pensam em si mesmos. Abundam ladrões e salteadores, Quando o governo só confia Em leis e decretos, Para manter a ordem. Pelo que diz o sábio: Não intervenho! E eis que por si mesma Prospera a vida Na sociedade.
Mantenho-me imparcial! E por si mesmo o povo se endireita. Não me meto em conchavos! E por si mesma floresce a ordem. Não nutro desejos pessoais! E eis que por si mesmo tudo vai bem.
POEMA 58
"PARADOXOS CRIADORES Um governo que não aparece Faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar Faz o povo infeliz. Felicidade repousa em renúncia. Renúncia é a base da felicidade. Quem prevê o que vai acontecer? Desordem reveza com ordem, Erros sucedem a verdades. Em sua cegueira, o homem ignora As vicissitudes das coisas. O sábio: É retilíneo por índole, Mas não fere ninguém. E intangível, Mas não inatingível. É intransigente, Mas não intolerante. É brilhante, Mas não ofuscante." - LAO TSE

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