sexta-feira, 10 de maio de 2024

Morte, morrer, pos-morte, uma perspectiva ortodoxa

 

Vida após a morte

Bispo Alexander (Mileant).

Tradução de Elga Drizul / Olga Dandolo



Conteúdo:

1. Introdução

2. O que a alma vê "no outro" mundo

3. Avaliação de relatos contemporâneos sobre a vida após a morte

4. Relatos de suicidas

5. Estudos Ortodoxos a respeito do mundo espiritual

6. A jornada da alma para o céu, "julgamento."

7. Paraíso e inferno

8. Conclusão

Suplemento: crítica sobre o estudo da reencarnação.


1. Introdução

"Eu estava deitado na sala da UTI do hospital infantil de Seattle, Estado de Washington, EUA,

- conta o garoto Dean de 16 anos, cujos rins pararam de funcionar,

- quando, de repente, senti-me em pé, movendo-me com incrível velocidade através de um espaço escuro. Eu não via paredes em minha volta, no entanto, parecia ser algo como um túnel. Não sentia vento, porém, percebia que me deslocava com incrível velocidade. Apesar de não entender o porque e para onde eu estava voando, sentia que no final do meu vôo algo muito importante me esperava e eu queria chegar ao meu destino o mais rápido possível.

Finalmente, eu me via em um lugar repleto de luz brilhante e então percebi que havia alguem perto de mim. Era alguém alto, com longos cabelos dourados; vestia roupa branca amarrada no meio com um cinto. Ele não dizia nada, mas eu não tinha medo pois, uma enorme paz e amor emanavam dele. Se não era Cristo, devia ser um de Seus anjos." Depois disto, Dean sentiu que retornou ao seu corpo e voltou a sí. Estas impressões, tão curtas mas muito marcantes, deixaram uma marca profunda na alma de Dean. Ele tornou-se um jovem muito religioso, o que influenciou positivamente toda a sua família.

Este é um dos relatos típicos, reunidos pelo médico pediatra americano Dr. Melvin Morse e publicados no livro "mais próximo da Luz" (Closer to the Light) [7].

Ele observou o primeiro caso de morte temporária em 1982, quando conseguiu fazer reviver a menina Catarina de 9 anos, que se afogou numa piscina pública. Catarina conta que, durante o tempo em que esteve morta, encontrou-se com uma adorável "senhora" que disse chamar-se Elizabeth, - era provavelmente o seu Anjo da Guarda. Elizabeth acolheu com muito carinho a alma de Catarina e conversou com ela. Ciente de que Catarina ainda não estava pronta para passar para a vida espiritual, Elizabeth permitiu que ela retornasse ao seu corpo. Durante este período de sua carreira médica, o Dr. Morse trabalhava em um hospital da cidadezinha de Pocatelo, no estado de Idaho, EUA.

O relato da menina teve um profundo efeito nele, que até então era céptico em relação a tudo que era espiritual, uma impressão tão forte, que ele resolveu estudar mais profundamente a questão sobre o que acontece com uma pessoa logo após a sua morte. No caso de Catarina, Dr. Morse admirou-se particularmente com a descrição detalhada de tudo que sucedeu na hora em que se encontrava morta clinicamente, - tanto no hospital, como em sua casa - como se ela estivesse alí presente. Dr. Morse verificou e se convenceu da veracidade de todas as observações de Catarina.

Após ter sido transferido para o Hospital Infantil Ortopédico de Seattle, e mais tarde, ao Centro de Medicina de Seatle, Dr. Morse começou a estudar sistematicamente a questão da morte. Ele questionava muitas crianças, as quais tiveram a experiência com a morte clínica; comparava e documentava seus relatos. Além disso, ele continuava a manter contato com seus jovens pacientes e observava o seu desenvolvimento intelectual e espiritual a medida que eles cresciam. No seu livro, "Closer to the Light," Dr. Morse afirma que todas as crianças que ele conheceu, que sobreviveram à morte temporária, ao crescer, tornaram-se jovens sérios e religiosos, moralmente mais puros que outros jovens que não passaram por isto. Todos eles aceitaram suas experiências como manifestação da misericórdia de Deus e como um sinal superior de que é preciso viver para o bem.

Relatos semelhantes sobre a vida após a morte, até há pouco tempo, eram publicados apenas na área da literatura religiosa. As revistas populares e livros científicos, via de regra, evitavam esses temas. Um número enorme de médicos e psiquiatras mantinham uma postura negativa em relação a quaisquer manifestações espirituais e não acreditavam na existência da alma. E há apenas vinte anos, durante o aparente triunfo do materialismo, alguns médicos e psiquiatras se interessaram seriamente sobre a questão da existência da alma. O impulso para este movimento foi o livro do Dr. Raymond Moody "Vida após vida"[1], publicado em 1975. Nesse livro, Dr. Moody coletou uma série de relatos de pessoas que tiveram experiência com a morte clínica. Relatos de alguns conhecidos levaram Dr. Moody a interessar-se pela questão, e quando começou a juntar informações, para seu espanto, descobriu que existem muitas pessoas, as quais, na hora em que tiveram morte clínica, tiveram visões fora de seus corpos. Porém, essas pessoas não contavam a ninguém a esse respeito para não serem ridicularizadas e consideradas pessoas loucas.

Logo após o lançamento do livro do Dr. Moody, a imprensa sensacionalista e a TV divulgaram amplamente os dados coletados por ele. Começaram as discussões acaloradas sobre o tema da vida após a morte e houve até debates públicos. Então, uma série de médicos, psiquiatras e líderes espirituais considerando-se afetados em seu campo de perícia por fontes incompetentes, resolveram conferir os dados e as conclusões do Dr. Moody. Muitos deles ficaram surpresos quando verificaram a veracidade das observações do Dr. Moody, - ou seja, que mesmo após a morte a existência do homem não termina, e sua alma continua a ouvir, pensar e sentir.

Entre as pesquisas sérias e sistemáticas sobre a questão da morte, deve-se mencionar o livro do Dr. Michael Sabom "Lembranças da Morte" (Recollections of Death) [5].O Dr. Sabom é professor de medicina na universidade de Emory e médico no hospital para veteranos na cidade de Atlanta. Em seu livro, podemos encontrar dados precisos e documentados, bem como profundas análises a respeito do assunto em pauta.

Também é valiosa a pesquisa sistemática do psiquiatra Kenneth Ring, publicada no livro "Life at Death" (Vida na Morte) [6]. Dr. Ring montou um questionário para ser respondido pelos sobreviventes à morte clínica. Nomes de outros médicos que se envolveram nessa questão estão citados na parte da bibliografia. Muitos deles começaram suas observações, sendo céticos. Mas, vendo casos novos que confirmavam a existência da alma, mudavam sua perspectiva.

Neste artigo, relataremos alguns casos de pessoas que sobreviveram à morte clínica, compararemos estes dados com os ensinamentos cristãos tradicionais sobre a vida da alma no outro mundo e daremos conclusões comparativas. No suplemento, examinaremos o ensino teosófico sobre a reencarnação.


https://www.ecclesia.com.br/biblioteca/fe_crista_ortodoxa/vida_apos_a_morte.html


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quinta-feira, 9 de maio de 2024

A República dos Bananas? (Seja como for continua com essa imagem)

 *Re$$$umo da "ob(L)a"*

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Madonna

MADONNA, milionária, branca, loira, olhos claros, estadunidense... representa todo o estereótipo econômico e estético imperialista _que a esquerda critica nos estrangeiros._


Ela vai em um país africano muito pobre e adota gêmeas negras. Afinal a última moda do rico é ter uma criança exótica e ignorar as crianças miseráveis do próprio país que não atendem a essa demanda, como fazem vários outros artistas, inclusive.

Aí, ela faz um "show" no Brasil, país ao qual ela nem suporta ouvir o idioma diga-se de passagem, e se enclausura exigindo inclusive uma passarela exclusiva para não ter contato com essa gente e em seu espetáculo expõe a filha adotiva, agora e ainda com apenas 11 anos a diversas simulações de sexo onde é "servida" por dançarinos caracterizados como escravos sexuais, todos negros, obviamente e falando obscenidades inclusive sobre sua passagem no Brasil, reforçando a imagem de país de prostituição que caso não saiba, é como somos representados lá fora, além de futebol e floresta.

Mas para não perder o foco, vamos repetir... uma criança de 11 anos. E um evento ao ar livre com um conteúdo explicitamente obsceno incluindo cenas eróticas, algumas simuladas e pasmem, outras reais, como quando foi fisicamente masturbada por uma outra pessoa mascarada que literalmente esfregava suas partes íntimas. Cenas essas que certamente foram vistas por milhares de crianças que acompanhavam seus pais ao vivo e talvez algumas centenas de milhares ou milhões pela TV.

Ops... Projetaram imagens de figuras políticas da esquerda, e acharam válido chamar de homenagem um show erótico associado a elas, o que não fez o menor sentido. É assim que se homenageia alguém? Ninguém reverberou a qualidade da voz ou das músicas no dia seguinte. O que repercutiu de verdade foi apenas a promiscuidade já estereotipada e agora reforçada com dinheiro público no Brasil. 


Até agora:


- Nenhuma ONG de "coletivos negros" se indignou com representações de submissão associada aos negros no show.

- Ministério público e órgãos de proteção a criança fingindo total demência ao ECA tanto sobre a exposição da menina no palco quanto a das crianças que foram sujeitadas a isso.

- Nenhum juiz que até pouco tempo ameaçava multar e até tirar os filhos dos pais por conta de uma mísera vacina cobrou ou multou a prefeitura.

- Absolutamente ninguém foi responsabilizado.


Continuamos sendo o "Bananil", onde um gringo rico vem aqui, faz mil exigências absurdas, ganha milhões de reais, nos insulta como lugar de prostituição e sai rindo e falando mal. Já disse Sylvester Stallone sobre o Brasil: 

_"Você explode as coisas deles (brasileiros), faz coisas absurdas que não poderiam ser feitas em nenhum outro lugar e no final eles te agradecem e ainda dizem "Tome, leve um macaco!"._


Aqui, no Bananil, a subserviência e escravidão é perpétua.


Autor desconhecido


THANK YOU,

🍌🍌Brasil🍌🍌!

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Esclarecimento libertário: libertarismo não é punk

Há alguns Libertários ou que se crêem libertários que defendem a liberdade plena. Vejamos, liberdade plena significa que se eu tenho a capacidade, eu posso, ou não é isso? Claro que eles dirão que não é bem assim e vão terminar colocando algo como "bom senso" como medida, e se não isso, será algo parecido. Mas o que é bom senso? Se eu eu posso, enquanto capacidade, for confundido um só milímetro com eu posso enquanto direito, temos um grande problema. Esse é o grande problema desse pensamento que se crê libertário, e é muito superficial. Típico até daquelas pessoas que confundem "mais" com "mas", é assim, também, esse grande equívoco, essa confusão que estou apontando como uma confusão do "eu posso": não há margem definida. 


O libertarianismo tem uma margem bem definida, o PNA. Eu não posso iniciar agressão. Eu sou capaz, mas não posso. Isso já mostra que é falso o libertário que defende tal aberração. 


Mas vamos olhar um pouco o que é isso. Isto seria o "fazes o que queres", é a regra do diabo, é o "seja feliz, não importa como" que é tão proclamado pelos globalistas, mas de outra maneira, "astuta" (só para os burros): "o que importa é ser feliz". A felicidade do psicopata assassino manipulador é assassinar e manipular, não necessariamente nessa ordem, se é que me entende.


O jusnaturalismo, é claro, não é uma verdade absoluta, e tem suas falhas e deficiências, penso eu, mas é uma das vacinas que todo novo libertário deveria tomar, deveria ser apresentado logo de início para que esse ranso anarcopunk não o contamine e confunda o libertarianismo com uma forma atéia de satanismo tão em moda hoje.


Precisamos, para viver, distinguir bem "eu posso", quando se refere a "eu tenho direito", ou a "eu tenho a capacidade ou poder" e a "eu tenho a possibilidade de". 

No libertarianismo também é necessário wntender. Não é questão de opinião, de bom senso, de definição ideológica, a questão é a mesma mais antiga da civilização: quando minha liberdade interfere, e agressivamente, diria eu, na liberdade do outro (digo agressivamente porque até quando paramos alguém na rua para perguntar sobre uma rua estamos em certa medida interferindo na liberdade do outro).


Isto é tão óbvio e tão simples que não deveria ser necessário dizer. Mas infelizmente, a incompreensão sobre o que são leis, o que é direito natural, o que é um estado e o que é uma associação voluntária, ainda é tão grande entre os novos libertários que eles, muitas vezes, se dizendo até anarco- capitalistas, fazem o papel que o anarco-socialista fazia no passado para os socialistas: dão motivo para eles dizerem "está vendo porque os estado é necessário?"...

sábado, 4 de maio de 2024

PRIMITIVISMO E RESTAURACIONISMO

Por Armando Araújo Silvestre

Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp, 2011)
Doutor em Ciências da Religião (Umesp, 2001)
Mestre em Teologia e História (Umesp, 1996)
Licenciado em Filosofia (Unicamp, 1992)
Bacharel em Teologia (Mackenzie, 1985 )
Em todas as denominações cristãs existe um conceito essencial 
de restauracionismo que se liga ao primitivismo, às origens da 
Igreja cristã primitiva conforme relatos do Novo Testamento
E, contra todo tipo de desvio doutrinário ou práticas de corrupção 
na religião cristã são tidos como heresias ou desvios nos ensinamentos 
que vinham desde os apóstolos. Sempre a Igreja primitiva do 
Novo Testamento, da era apostólica, quando se iniciou o cristianismo,
 serve de modelo para esse primitivismo e restauracionismo.

Algumas denominações cristãs adotaram o Restauracionismo ou Primitivismo Cristão como sua postura histórico-teológica, por acreditarem que o cristianismo histórico se desviou da rota original ou se perdeu em sua trajetória histórica. Para esses movimentos restauracionistas ou primitivistas, faz-se necessária a restauração daquele cristianismo primitivo da era apostólica, baseadas em pressupostos históricos e teológicos com tudo que Jesus Cristo havia estabelecido, mas que as Igrejas perderam em sua apostasia (abandono de fé) e nem mesmo o protestantismo magisterial (luteranismo, calvinismo e anglicanismo) conseguiu reformar o catolicismo.

Entre os movimentos restauracionistas ou primitivistas se encontram os movimentos, no período medieval, como os Valdenses, os Franciscanos e os Hussitas, que tentaram restaurar o cristianismo original e sua simplicidade. Portanto, também na Igreja Católica ocorreram estes e outros movimentos restauracionistas, como a Igreja Vétero-Católica e o Sedevacantismo.

Referências bibliográficas:

CHAUNU, Pierre. O tempo das reformas (1250-1550): a Reforma protestante. Lugar na História, v. 49-50, Edições 70, 1993.

MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero aos nossos dias. V. 1: A era da Reforma. São Paulo: Loyola, 1997.

SILVESTRE, Armando A. Calvino: o potencial revolucionário de um pensamento. São Paulo: Vida, 2009.

Webgrafia:

Sobre o cristianismo – restauracionismo (parte 14). http://psicologiadareligiaounicap.blogspot.com.br/2016/08/cristianismo-parte-14-restauracionismo.html

Também em nosso blog:

fraternidadedosirmaosemcristo.blogspot.com

Grupo de estudos no Telegram e no WhatsApp: (79) 988335718


quinta-feira, 2 de maio de 2024

A SÉRIE FARSAS, FRAUDES E CHARLATÕES

Estaremos revisando todas as nossas séries sobre farsas, fraudes e charlatões. Por isso quero avisar que não estamos aqui simplesmente fazendo denúncias sem apresentar caminhos e até mesmo soluções. Não estamos simplesmente destruindo, como dizem uns, sem construir. Aqui nesse mesmo blog temos apresentado isto, nosso ponto de vista e nossas posições e ações. E quando não aqui, mais extensamente nos nossos blogs específicos e colabobares diretos (e também pela redação de outros, colaboradores indiretos).

Temos desde o início mostrado as visões e as soluções políticas e econômicas libertárias que são as que acreditamos: o libertatarianismo não-utilitarista (pois que o utilitarista não é libertário de fato), o jusnaturalismo, o conservadorismo clássico, a escola austríaca de economia, o anarcocooperativismo (ou individual de livre adesão), etc.. E denunciando as visões opostas à liberdade, principalmente aquelas que usam a palavra de modo retórico, falso, mentiroso... 

Nossa posição epistemológica e religiosa foi a única que variou desde o início, mas mantém a sua essência empírica. Isto é bem claro no que temos compartilhado nos últimos anos, o cristianismo primitivo, ortodoxo e místico, ou seja, o mesmo triângulo no qual sempre nos baseamos, a palavra escrita, a tradição, e a experiência, em outras palavras, não o chamado cristianismo esotérico (pois isso não existe), mas o esoterismo cristão, como dizem outros, ou seja, o que existe de profundo e espiritual, particular, íntimo, em todo o cristianismo e teologia (nuns bem menos é fato, mas noutros bem mais, graças a Deus). E também temos mostrado como isso tudo é bem diferente do mainstream, do pop, do que a maioria pensa ser, e até mesmo os dicionários definem erradamente, teológico, cristão e cristianismo.

Temos mostrado também nossa posição epistemológica em relação à ciência, muito diferente do cientificismo da mídia e do suposto (completamente falso) consenso científico que é apresentado quase que na totalidade das matérias por esta apresentada. Pois, não só não existe tal consenso, não deve haver em ciência, pois se faz não só pela busca de provas, mas também de contra-provas. Inclusive o conceito de "consenso científico" apresentado pela mídia é falso, visto que é justamente o oposto (não se trata de muitos cientistas apoiando novas descobertas apenas por opinião ou leitura de artigos, mas da postura exatamente contrária e conservadora, de que só podemos afirmar algo a longo praso, quando as possibilidades contraditórias possam observadas, analisadas e refutadas). Pois o exame de uma nova descoberta não como o que os jornalistas fazem hoje, buscando mais evidências e mais fatos para apoiar sua suposta conclusão, isso se chama viés de confirmação, mas é justamente o contrário, o exame científico busca evidências em contrário, para refutar, e só quando não há sequer uma evidência em contrário que se pode afirmar que há uma prova científica.

Também temos mostrado o nosso ponto político-social, pois não acreditamos no mito dos gênios que viram algo que ninguém antes viu e que viu também a solução de todos problemas ("religião" ou seita fanática, bem tipificada pelos marxistas, por exemplo). E isto exatamente porque acreditamos que as pessoas (e a "sociedade") e os povos não devem ser usados como cobaias pelos ideólogos, filósofos, hisroricistas, sociólogos, cientistas ou qualquer outro gênio ou doutor de plantão, para implantação de seus planos milaborantes e sua panaceia ideológica, política e ou econômica.

Assim estimulo a cada um que se interessa em ver o que denunciamos também buscar (neste ou nos nossos outros blogs) também nossos pontos de vista e o que acteditamos ser o melhor caminho e soluções, muito diferentes das panaceias e planos mirabolantes dos políticos, partidos e gênios da "sociologia", da economia ou de quem quer que seja representando qualquer setor ou a si mesmo. 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

quarta-feira, 24 de abril de 2024

A ORDEM DOS TERAPEUTAS 5

Podemos fazer girar a roda outra vez, porque não há somente os filósofos antigos e os terapeutas de Alexandria; há também esse momento na história no qual, através da pessoa do Cristo, algo do Ser se revela. Novamente, vamos encontrar o quaterno:

Terceira Quaternal

 

Aqui entramos no que é chamado de Comunidade Joanista, que também é uma escola de sabedoria. O que aconteceu em torno de São João, na ilha de Patmos e em Éfeso, foi a revelação do Eu Sou em um corpo, a presença do Ser em uma forma humana, a presença do Infinito no finito, a presença do Eterno no tempo.

A consciência toma corpo para que o corpo tome consciência. A luz se torna matéria para que a matéria retorne à luz. Há esse movimento que, na teologia, é chamado de Kenosis – a descida da luz na matéria; mas há também esse movimento denominado de Teosis, o retorno à luz, o retorno a Deus.

Nesse caso, a vida bem aventurada é deixar existir em nós o ser bem aventurado, o eu sou bem aventurado, eu sou a vida, eu sou o vivente. Deixar que a vida exista mais em nós. Eu sou a luz – são tantas mensagens de Yeshua que estão no interior do seu eu humano.  Ele deixa, a partir do seu eu humano, falar o eu sou divino. Eu sou a liberdade, a verdade, a vigilância, a atenção que liberta. Não identificar-se com o que conhecemos de nós e do outro é a abertura ao infinito, a abertura dos nossos limites.

Somos limitados, mas não estamos fechados em nossos limites. Trata-se de abrir o nosso ego, de abrir o nosso pequeno eu para a presença do Eu Sou, que é livre em mim, que é também o Eu Sou do amor. Deixar existir em nós aquele que ama. Às vezes é preciso saber que aquele que ama em nós, ama aquilo que nós não amamos com o pequeno ego.

Não é o eu que perdoa; é o Self que é capaz de perdoar situações que são imperdoáveis e que não podemos perdoar por meio do nosso próprio poder. Trata-se de se abrir a esse poder do Eu Sou, esse que em mim é mais amoroso, mais inteligente que eu e que pode compreender. É aquele que compreende tudo, perdoa tudo, como afirmava Platão.

Não se deve opor o conhecimento ao coração. O perdão é uma questão de inteligência, mas é também uma questão de saúde. Se houver em nós rancores, a vida não pode mais circular; o rancor ou não perdão é um veneno para o nosso corpo. Perdoar não é algo que é bom somente para o outro a quem perdoamos; sobretudo, é bom para nós mesmos. Então, a energia da vida pode circular e nos tornamos mais livres. O Eu Sou que está em nós nos quer livres com relação às nossas memórias, ao nosso passado. O Eu Sou, que está em nós, nos quer capazes de amar, até mesmo aquilo que não nos agrada. Trata-se de transformar certas situações e fazer delas uma ocasião de transcendência, de ultrapassar a nós mesmos, porque nos realizamos e nos completamos ao nos ultrapassarmos. Eis o que a Comunidade Joanista, ou Evangelista, vai tentar realizar.

...


(Extraído do texto de Jean-Yves Leloup: Uma Vasta e Ancestral Herança)

Continua...