quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Morte, morrer, pós-morte - quarta parte


Relatos dos suicidas

Enquanto que as almas das pessoas que morreram de forma natural experimentam alívio e até alegria no outro mundo, as almas dos suicidas ao contrário, experimentam inquietação e sofrimento. Um especialista na área de suicídio ilustrou esse fato com a sábia frase: "Se você despede-se da vida com a alma agitada, vai passar para o outro mundo também com alma agitada." Os suicidas se matam para "acabar com tudo," mas acontece que lá para eles, está tudo apenas começando.


Eis alguns relatos modernos que ilustram o estado dos suicidas no outro mundo: um homem que amava ardentemente a sua mulher, tentou suicídio quando ela morre. Ele tinha esperança de unir-se com ela para sempre. No entanto, tudo ocorreu de outra forma. Quando o médico conseguiu reanimá-lo, ele disse: "Eu fui parar em um outro lugar, não o mesmo dela. Era um lugar terrível... E eu imediatamente entendi que cometi um enorme erro" [1, pág.143].


Alguns suicidas que retornaram à vida descreveram que após a morte, eles foram parar numa espécie de prisão ou calabouço e sentiam que ficariam lá por um longo período. Eles tinham consciência que isto era um castigo pela violação da lei estabelecida, de acordo com a qual, cada pessoa deve suportar uma determinada carga de sofrimentos. Negando-se a isto por sua própria vontade, eles deverão suportar em outro mundo uma carga ainda maior.


Um homem, que passou pela morte temporária, conta o seguinte: "Quando eu me encontrei lá, compreendi que duas coisas são absolutamente proibidas: matar-se e matar alguém. Se eu decidi me matar, é como se eu atirasse na face de Deus, o dom que Ele me deu. Ao tirar a vida de outra pessoa - significa interromper o plano que Deus preparou a ela" [1, pág.144].


A impressão comum dos médicos-reanimadores é que o suicídio é punido severamente. Dr. Bruce Greyson, psiquiatra do setor do pronto socorro junto a Universidade de Connecticut, tendo estudado essa questão, testemunha que ninguém, dentre os que passaram pela morte temporária, por nada quer acelerar o fim da sua vida [3, pág.99]. Apesar do "outro mundo" ser incomparavelmente melhor que o nosso, a nossa vida aqui tem um significado preparatório muito importante. Somente Deus decide quando o homem está suficientemente maduro para a eternidade.


Beverly, de 47 anos, contou como ela está feliz por estar viva. Desde a infância, ela sofreu muito nas mãos de pais cruéis que judiavam dela diariamente. Já na maturidade, ela não podia contar sobre sua infância sem ficar nervosa. Uma vez, quando estava com 7 anos, levada ao desespero pelos pais, atirou-se de cabeça para baixo e quebrou a cabeça no cimento. Durante a sua morte clínica, sua alma viu as crianças, suas conhecidas, em torno do seu corpo inerte. De repente, uma luz brilhante apareceu, e uma voz desconhecida lhe disse: "Você cometeu um erro, sua vida não lhe pertence e você deve voltar." Beverly retrucou: "Mas ninguém me ama e ninguém quer cuidar de mim." "Isto é verdade" - disse a voz -" e no futuro ninguém vai cuidar de você. Por isto, aprenda a se cuidar." Após estas palavras, Beverly viu neve em sua volta e uma árvore seca. Mas, de algum lugar veio o calor, a neve derreteu e os galhos secos da árvore cobriram-se de folhas e de maças maduras. Aproximando-se da árvore ela começou a colher as maças e a comê-las prazerosamente. Aí ela entendeu que, assim como na natureza, cada vida tem seus períodos de inverno e de verão, os quais constituem um todo no plano de Deus. Quando Beverly reviveu, ela começou a encarar a vida de uma nova forma. Tendo crescido, casou-se com um bom homem, teve filhos e foi feliz. [ 7, pág.184]


Matéria completa em:

https://fatheralexander.org/booklets/portuguese/life_death_p.htm#n4

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