quinta-feira, 10 de março de 2022

Democracia, o deus que falhou - Introdução - Você precisa ler esse livro!

Do livro

Democracia: o Deus que falhou 

Por Hans-Hermann Hoppe. 

Tradução de Marcelo Werlang de Assis. -- São Paulo : 

Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2014.

 372p.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Filosofia Política 2. Praxeologia 3. Propriedad

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Introdução

A Primeira Guerra Mundial delimita um dos grandes divisores de água 

da história moderna. Com o seu término, completou-se a transformação do 

mundo ocidental inteiro – de governos monárquicos e reis soberanos para 

governos republicano-democráticos e povos soberanos – que foi iniciada 

com a Revolução Francesa. Até 1914, existiam apenas três repúblicas na 

Europa: França, Suíça e, após 1911, Portugal; e, de todas as principais mo-

narquias europeias, apenas a do Reino Unido podia ser classificada como 

um sistema parlamentar, i.e., um sistema em que o poder supremo estava 

investido em um parlamento eleito. Apenas quatro anos depois, após os 

Estados Unidos terem entrado na guerra europeia e decisivamente deter-

minado o seu resultado, as monarquias praticamente desapareceram, e a 

Europa, junto com o resto do mundo, adentrou a era do republicanismo 

democrático.

Na Europa, os militarmente derrotados Romanovs, Hohenzollerns e 

Habsburgos tiveram de abdicar ou renunciar, e a Rússia, a Alemanha e 

a Áustria tornaram-se repúblicas democráticas com sufrágio universal 

(masculino e feminino) e com governos parlamentares. Todos os recém-

-criados estados – sendo a Iugoslávia a única exceção – adotaram consti-

tuições republicano-democráticas. Na Turquia e na Grécia, as monarquias 

foram destituídas. E até mesmo onde as monarquias permaneceram no-

minalmente, como na Grã-Bretanha, na Itália, na Espanha, na Bélgica, 

na Holanda e nos países escandinavos, os monarcas não mais exerciam 

qualquer poder governamental. Introduziu-se o sufrágio adulto universal, 

e todo o poder estatal foi investido em parlamentos e funcionários “pú-

blicos”.

Essa mudança histórica mundial – do ancien régime de reis e príncipes 

à nova era republicano-democrática de governantes popularmente eleitos 

ou escolhidos – pode também ser compreendida como a mudança de “a 

Áustria e o jeito austríaco” para “os Estados Unidos e o jeito americano”. 

Isso é verdade por várias razões. A Áustria iniciou a guerra, e os EUA 

trouxeram-lhe o fim. A Áustria perdeu, e os EUA venceram. A Áustria 

era governada por um monarca – o imperador Francisco José –, e os EUA, 

por um presidente democraticamente eleito – o professor Woodrow Wil-

son. No entanto, mais importante ainda é a constatação de que a Primeira 

Guerra Mundial não foi uma guerra tradicional, em que se combatia por 

objetivos territorialmente limitados, mas sim uma guerra ideológica; e a 

Áustria e os EUA, respectivamente, eram os dois países que mais clara-

mente personificavam as ideias em conflito – e era assim que as demais

partes beligerantes os viam. 1

A Primeira Guerra Mundial começou como uma tradicional disputa 

territorial. Contudo, com o prematuro envolvimento e a derradeira entra-

da oficial dos Estados Unidos em abril de 1917, a guerra tomou uma nova 

dimensão ideológica. Os EUA foram fundados como uma república, e o 

princípio democrático, inerente à ideia de uma república, apenas recente-

mente tornara-se vitorioso – tal vitória decorreu da violenta derrota e da 

violenta devastação da Confederação secessionista pelo governo da União 

centralista. Nos tempos da Primeira Guerra Mundial, essa triunfante ide-

ologia de um republicanismo democrático expansionista encontrou a sua 

perfeita personificação no então presidente dos EUA, Woodrow Wilson. 

Sob a administração deste, a guerra europeia tornou-se uma missão ideo-

lógica – fazer com que o mundo se transformasse num lugar seguro para a 

democracia, livre de governantes dinásticos. Quando, em março de 1917, 

o aliado americano czar Nicolau II foi forçado a abdicar, sendo estabele-

cido um novo governo republicano-democrático na Rússia sob Kerensky, 

Wilson encheu-se de felicidade. Com o czar abatido, a guerra finamente 

se transformou num conflito puramente ideológico: o bem contra o mal. 

Wilson e os seus mais próximos conselheiros de política externa, o coronel 

House e George D. Herron, não simpatizavam com a Alemanha do kaiser, 

da aristocracia e da elite militar. Mas eles odiavam a Áustria. Erik von 

Kuehnelt-Leddihn assim caracterizou as visões de Wilson e da esquerda 

americana: “A Áustria era mais demonizada do que a Alemanha. Ela se 

encontrava em contradição com o princípio mazziniano do estado nacio-

nal, tendo herdado muitas tradições e muitos símbolos do Sacro Império 

Romano (a águia de duas cabeças, as cores preta e dourada, entre outros); 

a sua dinastia uma vez governara a Espanha (outra bête noire 2); ela liderou 

a Contrarreforma, encabeçou a Aliança Sagrada, combateu o Risorgimento, 

suprimiu a rebelião húngara de Kossuth (em cuja homenagem havia um 

monumento na cidade de Nova York) e apoiou filosoficamente o experi-

mento monarquista no México. Habsburgo – este era o nome que evocava 

memórias como o Catolicismo Romano, a Armada, a Inquisição; que evo-

cava Metternich, Lafayette preso em Olmütz e Silvio Pellico confinado 

na fortaleza de Spielberg, em Brno. Tal estado tinha de ser destruído; tal 

dinastia tinha de desaparecer.” 3

___________

Notas 

1

 Para conhecer um brilhante resumo das causas e das consequências da Primeira Guerra Mundial, 

ver Ralph Raico, “World War I: The Turning Point”, em The Costs of War: America’s Pyrrhic Victories,

editado por John V. Denson (New Brunswick, N. J.: Transaction Publishers, 1999). 

2

 Expressão utilizada em língua inglesa, emprestada do francês, cuja tradução literal seria “besta ne-

gra”. Significa um anátema; algo que é particularmente detestado ou evitado; objeto de aversão, fonte 

de aborrecimento persistente ou irritação. (Nota do Tradutor – N. do T.) 

3

 Erik von Kuehnelt-Leddihn, Leftism Revisited: From de Sade to Pol Pot (Washington, D. C.: Regnery, 

1990), p. 210; sobre Wilson e o wilsonianismo, ver os seguintes escritos: Murray N. Rothbard, “World


Sendo um conflito cada vez mais ideologicamente motivado, a guerra 

rapidamente degenerou-se numa guerra total. Em todo lugar, a economia 

nacional inteira foi militarizada (socialismo de guerra) 4

, e a duradoura distinção entre combatentes e não combatentes e entre vida civil e vida 

militar caiu por terra. Por essa razão, a Primeira Guerra Mundial resultou 

em muito mais baixas de civis – vítimas de inanição e de doença – do que 

de soldados mortos em campos de batalha. Ademais, devido ao caráter 

ideológico da guerra, em seu término somente eram possíveis a rendição, 

a humilhação e a punição totais em vez dos acordos de paz. A Alema-

nha teve de desistir da sua monarquia, e a Alsácia-Lorena foi devolvida à 

França tal como antes da Guerra Franco-Prussiana de 1870–1871. A nova 

república alemã foi sobrecarregada de pesadas reparações de longo prazo. 

A Alemanha foi desmilitarizada, o Sarre alemão foi ocupado pelos france-

ses, e no leste grandes territórios tiveram de ser cedidos à Polônia (Prússia 

Ocidental e Silésia). A Alemanha, entretanto, não foi desmembrada e des-

truída. Wilson reservara esse destino para a Áustria. Com a deposição dos 

Habsburgos, todo o Império Austro-Húngaro foi despedaçado. Coroando 

a política externa de Wilson, dois novos e artificiais estados, Tchecoslová-

quia e Iugoslávia, foram extraídos do antigo Império. A Áustria, por sécu-

los uma das grandes potências europeias, foi reduzida em tamanho ao seu 

território central de língua alemã; e, como outro dos legados de Wilson, a 

pequena Áustria foi obrigada a entregar a sua província inteiramente ale-

mã do Tirol do Sul (Alto Ádige ou Bolzano) – estendendo-se até o Passo 

do Brennero – à Itália.

A partir de 1918, a Áustria desapareceu do mapa da política das potên-

cias internacionais. Os Estados Unidos emergiram como a potência líder 

do mundo. A era americana – a pax Americana – começara. O princípio 

do republicanismo democrático triunfara. E ele triunfaria de novo com o 

fim da Segunda Guerra Mundial e – como assim pareceu – com o colap-

so do Império Soviético nos últimos anos da década de 1980 e no início 

da década de 1990. Para alguns observadores contemporâneos, o “Fim da 

História” chegou. A ideia americana de democracia universal e global fi-

nalmente tomou forma própria. 5


_______________________

War I as Fulfillment: Power and the Intellectuals”, em Journal of Libertarian Studies, 9, n. 1 (1989); Paul 

Gottfried, “Wilsonianism: The Legacy that Won’t Die”, em Journal of Libertarian Studies, 9, n. 2 (1990); 

idem, “On Liberal and Democratic Nationhood”, em Journal of Libertarian Studies, 10, n. 1 (1991); e Robert 

A. Nisbet, The Present Age (New York: Harper and Row, 1988). 4

 Ver Murray N. Rothbard, “War Collectivism in World War I”, em A New History of Leviathan, edita-

do por Ronald Radosh e Murray N. Rothbard (New York: E. P. Dutton, 1972); e Robert Higgs, Crisis 

and Leviathan: Critical Episodes in the Growth of American Government (New York: Oxford University 

Press, 1987).

 Ver Francis Fukuyama, The End of History and the Last Man (New York: Avon Books, 1992).


Assim, a Áustria dos Habsburgos e a prototípica experiência pré-de-

mocrática austríaca não receberam mais do que interesse histórico. Para 

ser exato, não é que a Áustria não tenha mais alcançado qualquer reco-

nhecimento. Até mesmo os intelectuais e artistas pró-democracia de qual-

quer campo das atividades intelectuais e artísticas não podiam ignorar o 

enorme nível de produtividade da cultura austro-húngara e, em particu-

lar, da cultura vienense. De fato, a lista de grandes nomes associados com 

a Viena do fim do século XIX e do início do século XX parece infinita. 6

Contudo, essa elevada produtividade intelectual e cultural raramente foi 

estudada em uma conexão sistemática com a tradição pré-democrática da 

monarquia dos Habsburgos. Ao invés disso, nos casos em que não fora 

considerada uma mera coincidência, a produtividade da cultura austro-

-vienense foi apresentada, de forma “politicamente correta”, como sendo 

prova dos positivos efeitos sinergéticos de uma sociedade multiétnica e do 

multiculturalismo. 7

Entretanto, a partir do fim do século XX, estão se acumulando cres-

centes evidências de que, em vez de assinalar o fim da história, o sistema 

americano está mergulhado numa crise profunda. Desde o fim da década 

de 1960 ou o começo da década de 1970, a renda salarial real nos Estados 

Unidos e na Europa Ocidental estagnou-se ou até mesmo caiu. No Oeste 

Europeu em particular, as taxas de desemprego têm constantemente au-

mentado, atualmente excedendo os 10%. A dívida pública tem crescido 

em todo lugar a patamares astronômicos, em muitos casos excedendo o 

Produto Interno Bruto (PIB) anual de um país.

Similarmente, os sistemas de previdência social (ou seguridade social) 

em todos os lugares estão à beira da bancarrota – ou próximos disso. (...)



_____________________

 A lista inclui Ludwig Boltzmann, Franz Brentano, Rudolph Camap, Edmund Husserl, Ernst Mach, 

Alexius Meinong, Karl Popper, Moritz Schlick e Ludwig Wittgenstein entre os filósofos; Kurt Godel, 

Hans Hahn, Karl Menger e Richard von Mises entre os matemáticos; Eugen von Böhm-Bawerk, 

Gottfried von Haberler, Friedrich A. von Hayek, Carl Menger, Fritz Machlup, Ludwig von Mises, 

Oskar Morgenstern, Joseph Schumpeter e Friedrich von Wieser entre os economistas; Rudolph von 

Jhering, Hans Kelsen, Anton Menger e Lorenz von Stein entre os advogados e os juristas; Alfred 

Adler, Joseph Breuer, Karl Bühler e Sigmund Freud entre os psicologistas; Max Adler, Otto Bauer, 

Egon Friedell, Heinrich Friedjung, Paul Lazarsfeld, Gustav Ratzenhofer e Alfred Schutz entre os his-

toriadores e os sociólogos; Hermann Broch, Franz Grillparzer, Hugo von Hofmannsthal, Karl Kraus, 

Fritz Mauthner, Robert Musil, Arthur Schnitzler, Georg Trakl, Otto Weininger e Stefan Zweig entre 

os escritores e os críticos literários; Gustav Klimt, Oskar Kokoschka, Adolf Loos e Egon Schiele entre 

os artistas e os arquitetos; e Alban Berg, Johannes Brahms, Anton Bruckner, Franz Lehar, Gustav 

Mahler, Arnold Schonberg, Johann Strauss, Anton von Webern e Hugo Wolf entre os compositores. 

 Ver Allan Janik e Stephen Toulmin, Wittgenstein’s Vienna (New York: Simon and Schuster, 1973); 

William M. Johnston, The Austrian Mind: An Intellectual and Social History, 1848–1938 (Berkeley: 

University of California Press, 1972); e Carl E. Schorske, Fin-de-Siècle Vienna: Politics and Culture 

(New York: Random House, 1981).



 Os milhões de vítimas 

do comunismo, do nacional-socialismo (nazismo) e da Segunda Guerra 

Mundial teriam sido salvos. A extensão da interferência e do controle go-

vernamentais na economia privada dos EUA e do Oeste Europeu jamais 

teria alcançado o tamanho que hoje se vê. E, em vez de a região que abran-

ge a Europa Central e a Europa Oriental (e, em consequência, metade do 

globo) cair em mãos comunistas e por mais de quarenta anos ser saqueada, 

devastada e coercitivamente excluída dos mercados ocidentais, a Europa 

inteira (e todo o globo) teria permanecido economicamente integrada (tal 

como ocorrera no século XIX) a um sistema de divisão do trabalho e de 

cooperação social de âmbito global. O padrão de vida no mundo como um 

todo teria sido imensamente mais elevado do que já foi até agora.

Diante do pano de fundo desse exercício imaginativo e do verdadeiro 

curso dos eventos, o sistema americano e a pax Americana demonstram 

ser – ao contrário da história “oficial”, a qual é sempre escrita pelos vence-

dores, i.e., a partir da perspectiva dos proponentes da democracia – nada 

mais do que um desastre colossal; e a Áustria dos Habsburgos e a era pré-

-democrática demonstram ser mais atraentes. 10 Certamente, então, seria 

de grande valia realizar uma pesquisa sistemática sobre a transformação 

histórica da monarquia para a democracia.

Embora a história desempenhe um importante papel, o que se segue 

não é o trabalho de um historiador, mas sim o de um economista políti-

co e filósofo. Não são apresentadas informações novas ou desconhecidas. 

Na verdade, na medida em que se reivindica originalidade, os seguintes 

estudos contêm novas e desconhecidas interpretações de fatos geralmente 

aceitos e conhecidos; (...)


___________________________

 Sobre a relação entre o comunismo e a ascensão do fascismo e do nacional-socialismo (nazismo), ver Ralph Raico, “Mises on Fascism, Democracy and Other Questions”, em Journal of Libertarian Studies, 12, n. 1 (1996); e Ernst Nolte, Der europäische Bürgerkrieg, 1917–1945. Nationalsozialismus und Bolschewismus (Berlim: Propyläen, 1987). 10 


Ninguém menos do que George F. Kennan, um integrante do establishment, escrevendo em 1951, chegou tão perto de admitir isso:

Contudo, hoje, se fosse oferecida a oportunidade de ter de volta a Alemanha de 1913 – uma 

Alemanha governada por pessoas conservadoras, mas relativamente moderadas, sem na-

zistas e sem comunistas, uma Alemanha vigorosa, unida e não ocupada, cheia de energia e 

confiança, capaz de fazer parte da frente a contrabalançar o poder russo na Europa... Bem, 

haveria objeções a isso de muitos lugares, e isso não faria todo mundo feliz; porém, de 

várias maneiras, em comparação com os nossos problemas de hoje, isso não seria tão ruim. 

Agora, pensemos no que isso significa. Quando verificamos o escore total das duas guerras, 

nos termos dos seus objetivos declarados, compreendemos a dificuldade de perceber e dis-

cernir, afinal, algum ganho. 

(George F. Kennan, American Diplomacy, 1900–1950 [Chicago: University of Chicago Press, 1951], pp. 55–56)


3 comentários:

  1. Excelente livro, ainda pouco conhecido no Brasil, precisa ser conhecido com urgência.

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  2. Acrença nesse ídolo, esse deus falso, tem atrasado o mundo em pelo menos 100 anos. O discurso pro-democracia serve atodo tipo de parasita, socialista, comunista, republicano, populistas, etc. serve pra qualquer coisa, tanto que o mais incrível é que os que querem implantar a DITADURA do proletariado também dizem que são democratas, que lutam pela democracia e muita gente acredita, tanto que elege. Não percebe que é a merda defendendo o cocô.

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  3. Para mim, tenho uma conclusão a mais: não existe esperança de paraíso terrestre, boas soluções políticas para esse mundo, justiça, democracia real ou falsa, nada vai solucionar o mal desse mundo que está dentro do ser humano, o pecado. Enquanto o estado se proclamar laico, enquanto existir o estado que tem o monopólio do uso da força, poucos dominarão muitos para o caminho da perdição. Só sendo prudentes conservadores e voltando às raízes cristãs de nossa civilização teremos, não um paraíso, mas um fator equilibrador e moderador... A mudança tem que partir do indivíduo, daí num crescente um resgate cultural, depois podemos pensar em mudança efetiva do sistema no sentido de abandonar os erros e ampliar o que dá certo. Voltemos aos nossos valores fundadores, os valores cristãos, o que deu mais certo no Brasil até hoje e o período mais de fato democrático da história, a monarquia, e a educação cristã, pois já sabemos que educação laica é mesmo que esquerdista, marxista, materialista, amoral...

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