sexta-feira, 25 de março de 2022

Holodomor - Introdução

 

Holodomor

Holodomor é uma palavra de origem ucraniana composta por dois termos: “holod”, que significa fome, e “mor”, que significa praga ou morte. Juntas, elas significam aproximadamente “assassinato por fome” e se referem ao brutal período de penúria alimentar imposto pelo regime soviético na Ucrânia entre 1932 e 1933.

Em 1928, Josef Stálin, líder soviético desde a morte de Vladimir Lênin em 1924, iniciou um grande processo de modernização nacional com o Primeiro Plano Quinquenal. Este tinha como objetivo principal impor a coletivização da agricultura privada, aumentando a produção para vender os excedentes para as potências interessadas; assim, planejava-se custear a industrialização nacional tão ambicionada pelo regime soviético.

Tal projeto, porém, acabou por gerar uma grave crise na URSS, uma vez que os fazendeiros mais abastados - pejorativamente conhecidos como kulaks - tiveram que renunciar forçosamente a suas terras e ir embora dos campos, sendo tratados como inimigos da revolução caso se recusassem. No caso de resistência, as famílias eram arrancadas de suas casas e enviadas para locais inóspitos sem qualquer comida ou proteção, onde eram abandonadas à espera da morte. Também seriam deportados intelectuais e religiosos no mesmo período, de forma a quebrar qualquer organização mais veemente contra os planos do governo central.

Paulatinamente, a base agrícola mais produtiva foi sendo aniquilada, enquanto a população cada vez mais pobre refugiava-se nas cidades. Neste cenário, apenas a Ucrânia conseguiria produzir bons resultados nas colheitas de 1930, quando o país produziu sozinho 1/3 do trigo de toda a URSS. Entretanto, logo no ano seguinte, os primeiros sinais do espectro da fome começaram a ser vistos. Primeiramente, graças aos resultados agrícolas ruins ocorridos no resto da União Soviética, o governo central confiscara quase metade da produção ucraniana de 1930, o que em grande medida prejudicava a alimentação da população das cidades.

Além disso, historiadores ucranianos consideram atualmente que a corrente stalinista acreditava o país, que passava por um movimento nacionalista desde os anos 1920 pela independência, deveria ser fragilizado para manter-se fiel ao governo central, procedendo então para negar qualquer ajuda nos anos que se seguiriam. Dessa forma, o Holodomor teria sido planejado por Stálin e seus aliados para melhor dominar um dos mais importantes membros da URSS.

Josef Stálin, líder comunista da União Soviética entre 1924 e 1953.

Em 1932, mesmo diante da escassez acentuada por problemas relacionados ao clima, às pragas, à falta de equipamento apropriado para a colheita e aos próprios camponeses desinteressados pelo projeto de coletivização, o governo central ainda se recusava a fornecer qualquer auxílio. Ao invés disso, foi aumentando ainda mais as metas mensais a serem cumpridas pela Ucrânia. A fome passou a ser cotidiana enquanto novas medidas previam a prisão de qualquer pessoa, independentemente da idade, que fosse flagrada carregando comida para fora dos campos onde trabalhavam. Eventualmente, o próprio estoque pessoal dos trabalhadores seria confiscado.



No início de 1933, uma rebelião em larga escala sabotou a linha de produção da Ucrânia. O governo central viu o evento como o início de uma contrarrevolução, destruindo-a com severidade: cerca de 100.000 pessoas acabariam presas e enviadas aos gulags, os campos de trabalhos forçados soviéticos. No auge da fome, em meados do ano, 30.000 pessoas morreriam por dia na Ucrânia, embora a União Soviética continuasse a negar oficialmente que esse fosse o caso enquanto continuava a exportar toneladas de comida para o exterior. De acordo com relatórios soviéticos, na época tornou-se aceitável consumir carne humana na Ucrânia.

Quadro negro onde era escrito o nome das pessoas que escondiam comida para consumo próprio. Essas pessoas eram então consideradas inimigas do Estado Comunista Soviético. Kiev, ~1930. Foto: Holodomor.ca

Após cerca de 15 milhões de mortes, o Holodomor apenas cessou após o programa econômico que levara à coletivização da agricultura ter sido ajustado. O evento em si só seria admitido com ressalvas pela União Soviética em 1987, durante o governo de Mikhail Gorbachev. Em 2006, a Ucrânia aprovou uma lei reconhecendo o Holodomor como um evento genocida, após o qual seria acompanhado por mais de 20 países. Entretanto, ainda não existe reconhecimento oficial da ONU neste sentido.

Dezenas de sepulturas das vítimas do Estado Soviético em Kharkiv, 1932. Foto: Holodomor.ca


https://www.infoescola.com/historia/holodomor/













quinta-feira, 24 de março de 2022

O Miserável do Marx! GEQ!

 

As misérias de Marx

Biografia disseca a vida do pensador, que viu 4 de seus 7 filhos morrerem ainda bebês, duas filhas se suicidarem, e que dependeu financeiramente da mulher durante os 16 anos que se dedicou a escrever "O Capital" - ainda assim, ele a traiu sexualmente

As misérias de Marx


O filósofo e biógrafo grego Plutarco (46-120) 

dizia que “a chave para entender

um grande homem não está nas conquistas 

em campos de batalhas ou em 

triunfos públicos, mas em suas vidas pessoais.” 

Ao dissecar a vida ordinária 

de Karl Marx (1818-1883), o revolucionário que 

mudou a consciência do 

mundo, o livro “Amor & Capital” (Zahar), 

quase mil páginas escritas pela 

americana Mary Gabriel, humaniza o mito 

e tira da sombra a mulher dele, 

Jenny von Westphalen. Ela segurou as 

piores barras para que ele pudesse 

lutar pelo mundo ideal, sem divisão de classes e 

sem propriedades. 


Filha da aristocracia, quatro anos mais velha 

que o marido, Jenny é descrita como alta, 

bonita, distinta e inteligente. Marx não tinha

atributos físicos memoráveis, mas era um 

brilhante intelectual. Por esse amor, ela aceitou 

a morte de quatro dos sete filhos devido 

à vida insalubre e miserável que 

levavam. Faleceu antes que duas das três 

sobreviventes cometessem o

suicídio.

Detalhes dessa saga trágica foram encontrados

em uma pesquisa milimétrica 

que inclui documentos e cartas inéditas. 

Uma das passagens mais tristes do 

livro conta a morte prematura de Franzisca, 

de bronquite, logo após o primeiro 

aniversário. Sem dinheiro nem para o caixão, 

Jenny “guardou” o corpinho gelado da menina 

no quarto dos fundos e juntou as camas do 

casal e das três outras filhas no outro quarto,

para que chorassem juntos até que alguém 

pudesse emprestar a ninharia necessária para 

acabar com aquela situação.


03.jpg
PRIMEIRA EDIÇÃO
"Manifesto Comunista" 

foi ignorado no lançamento

Os trabalhos de Marx, que teve apenas um emprego 

fixo, como correspondente do jornal 

“New York Herald”, não resultavam em quantias 

suficientes para manter a família e ele,

embora fosse um estudioso de 

economia, era cronicamente irresponsável 

nas finanças pessoais. Em 1852, 

quando moravam em Londres, sem ter mais para 

onde correr, Marx tentou penhorar alguns 

talheres de prata com o brasão da família 

de Jenny quando o dono da loja, desconfiado 

daquela criatura de cabelos desgrenhados e 

mal vestida, chamou a polícia. Em carta ao amigo 

Friederich Engels, ele desabafa: “A única luz no 

horizonte é a doença de um tio reacionário de 

Jenny. Se o patife morre, eu saio desse aperto.” 

O patife não morreu. O que a família Marx tinha

de maior valor eram suas ideias, que, entretanto, 

rendiam pouco dinheiro. Sempre despejado das 

casas que alugava, pagava um empréstimo 

com outro e passaria mais tempo ocupado 

em juntar migalhas do que em derrubar tronos, 

como sonhava. Jenny suportava tudo com 

inabalável admiração pelo marido e só pedia uma 

contrapartida: fidelidade. 

E Marx falhou. De um relacionamento sexual

com a empregada – misto de babá, governanta 

e amiga íntima de Jenny – resultou um filho, 

Freddy. 

Desesperado, ele pediu a Engels, solteiro e rico, 

que assumisse a criança e pensou ter dado 

o assunto por encerrado. Manchou sua biografia

e causou uma amargura que fez Jenny adoecer 

gravemente.

Mas a aliança entre eles se mostrou definitiva e sólida, 

mesmo após a traição. Uma certeza mantinha 

a família Marx firme: a de que o patriarca estava 

escrevendo o livro que abalaria o mundo, “O Capital”, 

e tudo seria melhor depois de seu lançamento. 

Em nome da obra na qual ele descreve a origem, 

o funcionamento e a derrubada definitiva do sistema 

capitalista, tudo era sacrificado de bom grado. 

Mas, ao ser lançado 16 anos depois de iniciado, 

o livro foi praticamente ignorado pela “imprensa 

burguesa”, como Marx a definia.

Foi considerado difícil de entender e não provocou 

nem marola.  

Aos 64 anos, Marx parecia um velho senil, segundo a 

autora. Morreu com essa idade, intelectualmente

debilitado, com um abscesso no pulmão. 

Onze pessoas compareceram ao enterro no cemitério 

londrino Highgate, no dia 17 de março de 1883, 

ao lado de Jenny, que morrera alguns anos 

antes, de câncer. Coube a Engels fazer o elogio 

fúnebre. O amigo falou do seu lugar na história 

mundial e garantiu que, embora o homem tivesse 

morrido, as ideias não morreriam com ele.


05.jpg

Fotos: AKG-Images/Newscom/Glow Images; Divulgação

Matéria completa em https://istoe.com.br/286578_AS+MISERIAS+DE+MARX/

quarta-feira, 23 de março de 2022

A Oração de Jesus

 A Oração de Jesus: A Alma da Espiritualidade Oriental

Conferência "A Oração de Jesus" proferida em 21/03/2010 pela Ir. Maria de Fátima Guimarães, OSB. Diretora dos Oblatos do Mosteiro de São João em Campos do Jordão - SP

A Oração de Jesus: A Alma da Espiritualidade Oriental

Continuando o tema da oração, hoje nós vamos falar da oração monástica conhecida como Oração do Coração ou Oração de Jesus, praticada pelos hesicastas, e considerada a alma da espiritualidade oriental.

A palavra hesicasta significa calma, silêncio, contemplação e remonta aos primeiros séculos cristãos (século V e VI) no monte Sinai e no deserto do Egito. Trata-se de uma mística que atribui à alma humana, como sua finalidade, a deificação. Entendamos primeiramente o que quer dizer a deificação da alma humana. De acordo com o Genesis (Gn 1,26) o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Só que essa imagem foi quebrada, foi partida pelo pecado. Nós somos seres fragmentados, divididos. A imagem de Deus em nós está deformada.

O ideal do monge é reconstruir essa imagem perdida. E aí nós recordamos que a palavra monge vem de MONOS que quer dizer UNO. Ser uno em si mesmo, ser uno com Deus e ser uno com os irmãos. Isso não quer dizer que é um passo e depois o outro, mas tudo ocorre simultaneamente. À medida que eu vou me desfragmentando, vou me tornando um com Deus e conseqüentemente com os irmãos. É a theosis ou divinização. São Pedro em sua epístola diz que a meta da vida humana é tornar-se participante da natureza divina. Como? Recebendo o Espírito Santo.

É interessante nos lembrar que a Bíblia Sagrada diz que precisamos sofrer como ouro no cadinho – o ouro para ser purificado deve ser aquecido a altas temperaturas. O ourives só dará por terminado o trabalho quando vir seu rosto refletido no ouro como num espelho. É assim com Deus e conosco. Trata-se de nos tornarmos em um Alter Christus.

Para fixar o espírito em Deus, os hesicastas utilizavam-se de técnicas de repetição de uma oração curta (que hoje chamaríamos de jaculatória).
Essa doutrina hesicasta se perdeu por muito tempo, depois foi transmitida à Rússia. Na Rússia haviam os peregrinos, os loucos de Deus. Pessoas que deixavam tudo para peregrinar pelos lugares santos, a viver uma vida ascética, sem lugar para morar, dependendo da caridade. E como era comum na Rússia, sempre havia pessoas que os acolhiam.

É dentro desta perspectiva que surge o livro Relatos de Um Peregrino Russo. Não se sabe quem é esse peregrino. E ele nos conta como encontrou essa doutrina do hesicasmo e isso transformou a sua vida.

Jean Ives Leloup, em seu livro Escritos sobre o Hesicasmo, capítulo 6, comenta que todos nós somos peregrinos em marcha. Estamos de passagem na terra e temos que descobrir o sentido deste caminhar.

Tudo começa quando ele entra na igreja para rezar durante o ofício e ouve a Epístola aos Tessalonicenses – “Orai sem cessar” (1Ts 5,17).

"No vigésimo quarto domingo depois da Trindade, eu entrei na igreja para rezar durante o ofício; estando lendo a Epístola do Apóstolo aos Tessalonicenses, na passagem que diz: Rezai sem cessar. Estas palavras penetraram profundamente em meu espírito e eu me perguntei como era possível rezar sem cessar quando cada um de nós tem de ocupar-se de muitos trabalhos para seu próprio sustento. Procurei na Bíblia e li com meus próprios olhos aquilo que ouvira: - É preciso rezar sem cessar (1Ts 5,17), rezar em todo tempo, no Espírito (Ef 6,18), erguendo em todo lugar mãos santas (1Tm 2,8). Por mais que refletisse, não sabia o que decidir.

- O que fazer? Pensava. Onde achar alguém que possa explicar-me essas palavras? “Eu irei às igrejas onde pregam homens de renome e aí talvez eu ache o que procuro".


O peregrino não achou resposta para esse questionamento nos sermões que ouvira, e como as palavras atraíam irresistivelmente o seu espírito, resolveu procurar alguém sábio e experimentado nas coisas de Deus. Procurou por pessoas consideradas santas, superiores de mosteiros, mas ninguém lhe dava a explicação que respondesse à sua inquietação. Até que ele encontrou-se com um monge idoso, que se interessou por ele e lhe deu a resposta que ele procurava. E depois disso começou a ensiná-lo. Este monge lhe disse que o próprio Deus lhe havia colocado aquela inquietação na alma.

Jean Ives Leloup em seu livro esclarece que entre os hesicastas, a compreensão e o amor de Deus se transmitem de pessoa para pessoa, pelo olhar do staretz (mestres espirituais). "Para os mestres espirituais a oração é uma arte, muito mais que uma técnica, quer dizer que se trata de "uma meditação que tem um coração.""

Em primeiro lugar este monge lhe disse que antes de tudo, antes de qualquer coisa que vamos empreender devemos rezar e baseou esta afirmação no trecho da carta de São Paulo a Timóteo – “Eu vos recomendo antes de tudo rezar” (1Tm 2,1). A oração é fonte das virtudes e das boas obras. A obra da oração está acima de todas as outras, pois sem ela, nenhum bem pode ser feito. Sem a oração freqüente, não se pode achar o caminho que conduz ao Senhor, conhecer a Verdade, crucificar a carne com as suas paixões e desejos, ser iluminado no coração pela luz de Cristo e unir-se a Ele na salvação.

Lembrando ainda o Apóstolo Paulo – “Nós não sabemos o que pedir como convém (RM 8,26). Isso quer dizer que a correção de nossa prece não depende de nós.” É o Espírito que reza e suplica em nós com gemidos inefáveis. Para nós estas palavras são importantes e verdadeiras, porque estão na Escritura Sagrada, por que faz parte integrante da espiritualidade monástica que seguimos e por que está contido no Prólogo da Santa Regra – Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe com oração muito insistente que seja por ele plenamente realizado.

Esse monge do qual não se menciona o nome ensinou o peregrino a Oração de Jesus ou Oração do Coração.

A Oração de Jesus, interior e constante, é a invocação contínua e ininterrupta do nome de Jesus com os lábios, com o coração, com a inteligência, no sentimento de sua presença, em todo o tempo, em todo o lugar, mesmo durante o sono.

As palavras a serem repetidas são “Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim”. Existem algumas variações nesta frase dependendo do lugar, mas é basicamente isto. Aquele que se habitua a essa invocação sente uma grande consolação e a necessidade de orar sempre essa oração; depois de algum tempo ele não pode passar sem ela e por si mesma a oração brota nele. Isso é a Oração Perpétua.

Esse monge lhe deu um livro chamado Filocalia que contém textos de 25 Padres da Igreja que tratam desta ciência da oração interior perpétua. O termo Filocalia quer dizer “Amor à Beleza”. A oração é a arte pela qual a pessoa se une à última Beleza. Orar é ir do reflexo à luz ou voltar da luz venerando-a em seus reflexos. E os reflexos são a natureza, as pessoas.

Existe uma passagem no livro Filocalia, escrito por São Simeão, o Novo Teólogo que diz:

“Permanece sentado no silêncio e na solidão, inclina a cabeça, fecha os olhos; respira mais devagar, olha, pela imaginação, para o interior do seu coração, concentra tua inteligência, isto é, teu pensamento, da tua cabeça para teu coração. Dize, ao respirar: “Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim”, em voz baixa, ou simplesmente em espírito. Esforça-te para afastar todos os pensamentos, sê paciente e repete muitas vezes esse exercício”.

Continua...

Por favor ajude-nos a manter e a ampliar esse trabalho, compartilhe, se inscreva, comente e também colabore doando qualquer quantia através do pix caiodilgo7@icloud.com


Se você quer aprofundar esse tipo de estudo ou orientações práticas e acompanhamento nestes, não deixe de nos escrever através do e-mail a.f.g.72@outlook.com ou entre em contato pelo whatsapp (79) 996624809. Obrigado e que Deus te abençoe grandemente!

terça-feira, 22 de março de 2022

Quem Matou Jesus afinal?

 

Quem matou Jesus Cristo?


https://rothbardbrasil.com/quem-matou-jesus-cristo/

Teologicamente falando, o Rei dos reis morreu por causa de nossos pecados. Fomos todos nós, portanto.

Mas quem o matou no sentido jurídico do termo?

Os romanos a mando dos fariseus são respectivamente o executor e o mandante do crime.

O que estes dois grupos tinham em comum? O desprezo pela liberdade alheia.

Não foram os promíscuos, egoístas, riquinhos, prostitutas ou hedonistas. Cristo pregou conceitos extremamente radicais, como a castidade.
Ora, pra mim o mandamento de não assassinar, ou não roubar, é intuitivo, mas castidade? É muito mais difícil de entender. Ainda assim, adúlteros e prostitutas nunca ameaçaram Cristo.

E quanto a largar toda a riqueza, como Cristo aconselhou o jovem rico? Radical, extremo. Mas nenhum materialista ameaçou Nosso Senhor Jesus.

Quem O perseguiu foram os legalistas e puritanos que compunham o sacerdócio farisaico, inimigos da liberdade.

E quanto aos romanos? Estes eram promíscuos, egoístas e materialistas mas davam um passo muito além do próprio cobrador de impostos Zaqueu. Romanos eram sedentos por controle e poder, portanto inimigos da liberdade.

Será que isso não cala fundo?
QUEM CRUCIFICOU A VERDADE ENCARNADA NÃO FORAM OS LIBERTINOS! FORAM OS INIMIGOS DA LIBERDADE!

Fariseus fizeram o que fizeram por censura. E os romanos por medo de perder o monopólio da força na Judeia.

Puritanismo e Estatismo colocaram a inocência encarnada na Cruz.
A riquinha mimada (Santa Maria Madalena), por outro lado, chorava aos pés do lenho.

Lembrem-se disso… pra sempre…

segunda-feira, 21 de março de 2022

As Igrejas dos Três Concílios - Igrejas não-calcedonianas

 

https://universocristaoemfoco.blogspot.com/2015/05/igrejas-nao-calcedonianas-voce-sabia.html

As Igrejas não-calcedonianas (também conhecidas como antigas Igrejas orientais) compõem uma denominação cristã que surgiu em seguida ao Concílio de Calcedônia, em 451. Elas separaram-se da única Igreja existente até 1054, a que, após o grande cisma, deu origem às igrejas Católica e Ortodoxa, porque elas se recusaram a aceitar a doutrina das "duas naturezas de Cristo", decretada em Calcedônia e aceita pelos católicos, católicos ortodoxos e, posteriormente, pelos protestantes.

Estas igrejas orientais, apesar de se autodenominarem ortodoxas orientais ou antigas ortodoxas orientais, diferenciam-se grandemente da Igreja Ortodoxa por aceitarem apenas os três primeiros concílios ecumênicos (NiceiaConstantinopla e Éfeso), não estando por isso em comunhão com a Igreja Ortodoxa nem com a Igreja Católica.

Atualmente, existe cerca de 79 milhões de ortodoxos não-calcedonianos, que são organizados em 6 Igrejas nacionais autocéfalas e em várias Igrejas autônomas associadas às Igrejas autocéfalas.
Concílio de Calcedônia

Os patriarcas de AlexandriaAntioquia e Jerusalém, entre tantos outros, recusaram-se a aceitar a doutrina das "duas naturezas", decretada pelo imperador bizantino Marciano no Concílio de Calcedônia, em 451, separando-as assim da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa. Este acontecimento cismático deu origem às Igrejas não-calcedonianas.
Doutrinas distintas

As Igrejas Católica e Ortodoxa acusam as Igrejas não-calcedonianas de serem monofisitas, devido ao facto de elas não aceitarem a doutrina das "duas naturezas de Cristo" (ou união hipostática), decretada pelo Concílio de Calcedônia (451). Mas, estas mesmas Igrejas orientais recusam de serem classificadas como monofisitas e, em contrapartida, se descrevem como sendo miafisitas. Isto porque as Igrejas não-calcedonianas também acham que o monofisismo é herético.

Para equilibrar as doutrinas antitéticas do monofisismo e da união hipostática (ambas também não aceites pelos ortodoxos orientais), estas Igrejas defendem que em Jesus há a parte humana e a parte divina, mas que estas duas partes se unem para formar uma única e unificada Natureza de Cristo. Eles acreditam que uma união completa e natural das Naturezas Divina e Humana em uma só Natureza é autoevidente, de maneira a alcançar a salvação divina da humanidade, em oposição à crença na união hipostática (onde as Naturezas Humana e Divina não estão misturadas, porém também não estão separadas), promovida pelas atuais Igrejas CatólicaProtestante e Ortodoxa. Esta doutrina especial defendida pelos não-calcedonianos chama-se miafisismo.

Conclusão:

Aqui estão listadas as 6 Igrejas não-calcedonianas que são autocéfalas:
Igreja Ortodoxa Copta ou Alexandrina (egípcia ou etíope);

Apesar de serem autocéfalas, isto é, independentes umas das outras, estas Igrejas estão ainda em comunhão total entre si, partilhando as mesmas crenças e doutrinas cristãs.