sábado, 10 de outubro de 2020

Espiritismo, vampirismo, satanismo? - O que as ciências metafísicas, alquímicas e tradicionais dizem - parte 2


Do livro Filosofia elementar da Robacruz modema de J. van 

Rijckenborgh.

EsPIRITISMO (II) 

O que é um médium? Respostas têm sido dadas a esta 

pergunta em todas as épocas. Todas as grandes filosofias 

religiosas reprovam a mediunidade e advertem enfatica-

mente contra ela: sempre foi proibido invocar os espíritos. 

Seja como for, todos os movimentos religiosos degene-

rados originaram-se na mecliunidade e por ela são manti-

dos. (...) A mediunidade é baseada na sensitividade. 

E, do mesmo modo 

que existem diferentes espécies de sensitividade, também 

existem diferentes espécies de mediunidade. 

Como essa sensitividade é provocada' Examinemos a 

esfera aura!, também chamada corpo de desejo ou 

campo de respiração. Essa esfera aura! está em perfeita 

concordância com o nosso estado ele ser: ela é um campo 

de vibração inteiramente harmonioso com a pessoa a 

quem pertence. Essa esfera só está aberta para o que é de 

natureza semelhante, uma vez que tudo o que difere dela 

permanece como que diante de intransponível muralha.

Esse campo vibratório está em concordância com o 

nosso ser sangüíneo que recebemos de nossos pais e 

ancestrab e no qual também nosso próprio passado 

microcósmico desempenha seu papel. Esse campo é 

mantido em equihbrio com o estado de nosso sangue, 

de nossos sentidos e de ;1ossa consciência, por meio 

da respiração. 

Esse equilíbrio é mantido da seguinte maneira: pen-

sar, querer e sentir formam uma triunidade de atividade 

da consciência. como vimos em um dos capítulos ini-

ciais. Conduzido por essa triunidade, o ser emocional 

irradia sete raios através do esterno. Essa radiação tanto 

repele quanto atrai e o que não está em concordância 

com nosso ser é afastado de nossa esfera aura! enquan-

to que a porta é amplamente aberta para tudo o que 

está em harmonia com ele. 

Quando o campo de respiração foi preparado, a res-

piração o liga ao sangue através do qual as for~·as e ati-

vidades do campo de respiração são transmitidas a 

todos os órgãos vitais. Além disw. os centros cerebrais, 

como focos do pensamento e da vontade, são também 

diretamente preparados, via osso etmóide, sem interfe-

rência do sangue. 

Então. em certo sentido, todo ser humano é um 

médium de acordo com seu estado de ser, pois a cons-

ciência está aberta a influências. Assim, podemos dizer 

que. em grande parte, os homens não são eles mesmos. 

mas são vividos por forças exteriores. Isso é válido para 

todos os homens em geral, mas muito particularmente 

para aqueles que alcançaram certa cultura, portanto, 

para os servidores da ciência. da arte e da religião. 

Podemos chamar as forças obumbrantes e as forças 

invocadas com nomes agradavelmente sonoros, tais 

como: Cristo, Espírito Santo, Luz ou Rosacruz, mas, nem

por isso deixamos de demonstrar perfeito estado de 

mediunidade e, sobre essa base, jamais poderemos al-

cançar a libertação concreta e verdadeira da humanida-

de. São incalculáveis as influências exercidas por uma 

multidão de entidades tenebrosas, tanto sobre a religião 

como sobre o ocultismo. 

Os líderes da Rosacruz estão sempre conscientes da 

necessidade de serem vigilantes e de estarem prontos 

para lutar, não contra seus amigos, mas contra as forças 

satânicas que os atacam por intermédio deles. É um fato 

irrefutável que quando entidades ligadas à terra não 

podem tirar o melhor de alguém do modo habitual, elas 

tentarão atacá-lo através de seus amigos. 

Devemos afirmar enfaticamente que as forças de 

Cristo que emanam do Espírito Santo c outras influências 

genuinamente sublimes jamais penetrarão o sistema de 

vida do homem desse modo. Elas jamais nos controlam 

e nem se apresentam a nós sob esta ou aquela forma. 

Existem diferentes espécies de mediunidade que 

podem ser explicadas pelo passado do individuo: 

1. a mediunidade na qual os processos do pensar, 

querer e sentir são afetados e controlados; 

2. aquela na qual os sentidos são afetados; 

3. aquela na qual as glândulas endócrinas são 

controladas; 

4. aquela que leva à possessão; 

5. a que leva à loucura. 

Esses aspectos principais são suficientes. O resto 

pode ser deduzido a partir daí. 

A primeira forma de mediunidade é a mais comum e 

afeta toda a humanidade. Ela é praticada de modo orga-

nizado, para alimentar e manter o satanismo.

A segunda forma de mediunidade refere-se à super-

sensitividade de um ou de vários sentidos. Ela é indevi-

damente denominada clarividência (sendo a visão etérica 

uma de suas formas). Em seguida, vêm a clauriaudiência, 

a psicometria. etc. 

A terceira forma de mediunidade incita o homem a 

excessos orgânicos e funcionais e a toda espécie de 

anomalias. 

A quarta forma de mediunidade é aquela na qual se 

força alguém a abrigar em seu corpo ou em sua esfera 

aura! entidades parasitas que já não podem ser expulsas 

do sistema. 

A quinta forma de mediunidade é aquela na qual a 

própria consciência do indivíduo é totalmente suplanta-

da. Todas as cinco formas de mediunidade com seus 

vários sub-aspectos reduzem a vida humana a uma exis-

tência sub-humana, mesmo do ponto de vista deste 

nível terreno e dialético. Dessa forma são desenvolvidas 

as mais espantosas atividades, aparecem doenças de 

toda espécie e o homem degenera e vive num mundo 

abominável de sofrimento e miséria incompreensíveis. 

Aqueles que se vangloriam de sua mediunidade são 

pobres e infelizes iludidos: sào doentes que merecem 

uma atenção toda especial. A mediunidade acentuada é 

sinal de uma condição extremamente crítica - é prova 

de um estado de especial receptividade aos espíritos 

ligados à terra. Porém, essa abertura não significa que o 

indivíduo é particularmente mau, mas que ele demons-

tra uma predisposição sangüínea. 

(...)

As entidades que. por qualquer razão, procuram 

agarrar-se à esfera intermediária e, conseqüentemente, 

à esfera terrestre. tencionam pilhar éteres e provêm de 

todas as classes sociais: da massa popular. das classes

dirigentes, artísticas. científicas e religiosas. Da mesma 

forma que deste lado do véu grande número de grupos 

parasitam o trabalho e o potencial de outros. de onde 

se originam os abusos sociais. políticos e econômicos, 

também existem, do outro lado do véu, inúmeras opor-

tunidades de continuar o trabalho de parasitismo. 

Como lá não existem dinheiro. bens e gozos materiais. 

resta um único interesse: conseguir prolongar a vida na 

esfera intermediária. 

Deste lado do véu um parasita não pode comprar 

um prolongamento de sua vida. (...) Ele 

também não pode receber este prolongamento de vida 

de seus colegas do além. Então, ele só pode obter o 

objeto de seu intenso desejo vampirizando o sangue 

vital dos homens deste lado do véu, subtraindo suas for-

ças vitais, crime que ele executa por meio do obumbra-

mento. Para esse fim, ele se vale de inúmeros métodos. 

Já falamos a respeito deles: na maioria das vezes, são 

baseados em impostura, em encenação. 

Cada grupo de controladores sintoniza-se com a 

natureza do grupo que dirige. Se este for religioso. ocul-

tista, humanitarista, o gmpo controlador também estará 

de acordo. Cada grupo de controladores procura desen-

volver, ao máximo, práticas que estejam em concordân-

cia com a natureza do seu grupo. Assim, aparecem gru- 

pos com aspirações e tendências médicas, proféticas, 

humanísticas, religiosas ou ocultistas. 

Tomemos como exemplo um grupo de aspirações 

médicas. O controlador será. na maioria dos casos. pos-

suidor de conhecimentos médicos. Como ele pode estu-

dar o doente a partir de um campo mais sutil, este con-

trolador tem maiores recursos à sua disposição para 

fazer seu diagnóstico. Sem dificuldades. ele pode acom-

panhar as atividadcs de certas forças e venenos no 

corpo e, assim. tem muito mais possibilidades de encon-

trar os remédios apropriados. (...) 

Enganar? Explorar?" exclamarão os participantes de 

tais grupos. "O que dizer, então, do meu braço torto, 

que foi endireitado? E do nó de meus intestinos, que foi 

curado? E do desvio de coluna, que foi corrigido? E da 

minha dor de cabeça, que desapareceu?" etc ... 

Será que compreendeis a fraude em tudo isso? Os 

efeitos foram suprimidos. mas as causas profundas, 

estas permanecem inalteradas. 

(...)

 Antes que alguém possa falar 

em cura, uma arte de curar deverá ser desenvolvida 

para combater as causas e, principalmente, as causas 

espirituais; uma terapêutica que combata as causas espi-

rituais com o supremo remédio divino. 

A naturopatia é um pálido prenúncio dessa terapêu-

tica que sempre foi empregada pelas genuínas Escolas 

Espirituais. Atualmente, a medicina natural ainda é 

muito materialista e dialética. Um verdadeiro curador 

deve ser, ao mesmo tempo. um verdadeiro sacerdote. 

Aquele que cura de modo espiritual pode simplesmen-

te recusar auxiliar uma pessoa se sua cura causar uma 

maior ligação a uma vida má. 

O aluno sério deveria compreender que a "cura 

segundo a natureza" pode ser um meio poderoso de ilu-

dir o homem da massa. Por mais sensacional que seja, a 

cura não revela nada do estado espiritual do enfermo. E 

também não revela nada do que se refere à sua verda-

deim cura. nem a respeito do direito espiritual que o 

doente e o médico têm, tanto de receber como de pro-

ceder à cura. A massa pode ser iludida pela aparência 

exterior ela cura. mas o aluno que está na senda perce-

berá tudo com clareza.

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