As principais vertentes são geralmente classificadas, embora não adequadamente, em Libertarianismo de Direita (associado ao liberalismo clássico e ao anarcocapitalismo) e o Libertarianismo de Esquerda (associado ao anarquismo e ao socialismo libertário). Porém, seria mais adequado enquadrar todas as formas de libertarianismo como uma "terceira via", ou melhor, nem esquerda nem direita, mas sim, com tendências ou elementos mais à direita ou à esquerda a depender do proponente ou idéia.
Abaixo está uma lista de alguns dos autores proeminentes, das diferentes correntes libertárias e suas principais idéias. As idéias libertárias são complexas e se subdividem em muitas escolas de pensamento. Esta lista é apenas um resumo dos autores mais influentes:
1. Libertarianismo considerado de Direita (Minarquismo e Anarcocapitalismo)
John Locke (1632-1704) Considerado um precursor. Defesa dos direitos naturais (vida, liberdade e propriedade). A teoria do governo limitado através de uma constituição e divisão de poderes. A propriedade é adquirida pelo trabalho.
Adam Smith (1723-1790) Defesa do livre mercado e da não-intervenção estatal na economia. Conceito de "mão invisível" para descrever como a busca do interesse próprio na economia beneficia a sociedade.
Ludwig von Mises (1881-1973)
Proponente da Escola Austríaca de Economia. Crítico do socialismo, argumentando que a ação humana e o mercado livre são essenciais. Defesa do liberalismo clássico.Friedrich Hayek (1899-1992)
Crítica ao planejamento centralizado, argumentando que o conhecimento necessário para gerenciar a economia é disperso e só o mercado consegue coordená-lo ("O Caminho da Servidão"). Defesa da ordem espontânea.
Ayn Rand (1905-1982) Fundadora do Objetivismo. Defesa do egoísmo racional, do individualismo e do capitalismo laissez-faire. O Estado deve ser estritamente limitado à polícia, exército e tribunais (posição minarquista).
Robert Nozick (1938-2002) Defensor do Minarquismo (Estado Mínimo). Em "Anarquia, Estado e Utopia", argumenta que o único estado moralmente justificável é o que se limita à proteção contra força, roubo, fraude e ao cumprimento de contratos. A redistribuição de riqueza é uma violação da propriedade individual.
Milton Friedman (1912-2006)
Nobel de Economia, expoente da Escola de Chicago (Monetarismo). Defesa do livre mercado, da limitação do poder governamental e da política de intervenção mínima. Defendia a abolição do serviço militar obrigatório e o uso de vouchers na educação. David Friedman (n. 1945) Economista e proponente do Anarcocapitalismo. Defende que até a justiça e a segurança poderiam ser fornecidas pelo mercado, usando a análise econômica para mostrar a viabilidade de uma sociedade sem Estado em "O Maquinário da Liberdade".2. Libertarianismo considerado de Esquerda (Anarquismo/Socialismo Libertário)
William Godwin (1756-1836) Considerado o percursor do anarquismo moderno. Crítica a toda forma de governo e coerção, defendendo uma sociedade baseada na razão, benevolência e autonomia individual.
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) O primeiro a se autodenominar anarquista. Conhecido pela frase "A propriedade é um roubo" (referindo-se à propriedade que gera lucro sem trabalho) e pela defesa do Mutualismo, um sistema de cooperativas e associações de crédito e troca.
Mikhail Bakunin (1814-1876) Teórico do Anarquismo Coletivista. Defesa da abolição do Estado, da religião e de toda hierarquia. Defendia a organização social a partir de federações livres de associações de produtores e comunas.
Piotr Kropotkin (1842-1921) Principal teórico do Anarquismo Comunista. Defendia uma sociedade sem Estado nem propriedade privada, baseada na ajuda mútua (em oposição à luta pela sobrevivência) e na distribuição "de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades". Emma Goldman (1869-1940) Anarquista e feminista. Defesa do anarquismo social e da luta pela emancipação feminina, liberdade sexual e livre-pensamento.
Noam Chomsky (n. 1928) Linguista e pensador político, defensor do Socialismo Libertário ou Anarcossindicalismo. Crítico do poder corporativo e da política externa dos EUA. Defende a organização da sociedade por meio de conselhos de trabalhadores e democracia direta.
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