Por Fabio Blanco
Não são poucas as pessoas que pretendem ser antipetistas, ou mesmo antiesquerdistas, mas têm pavor de serem identificadas politicamente com qualquer suposta Direita. Reivindicam, para si, independência e afastam o que chamam de qualquer vinculação ideológica.
Eu mesmo cometi esse equívoco, tempos atrás. É que a Direita, em um país dominado pela ideologia de esquerda, acaba sendo julgada segundo a perspectiva vigente, que enxerga tudo como expressão militante, como comprometimento ideológico cego diante de uma utopia.
No entanto, a Direita não é uma vinculação ideológica, mas a expressão natural de ideias que, em geral, respeitam o senso comum das pessoas. Enquanto a Esquerda vive da subversão e mesmo da inversão do ordinário, a Direita se expressa por meio do ordinário, em princípio.
O que muita gente não entende é que, no quadro geral das ideias políticas, não existe uma terceira via. Esta, quando anunciada, não consegue ser mais que uma esquerda envergonhada ou uma Direita abusada. Se manifesta, por exemplo, como o trabalhismo inglês, que nada mais é do que um socialismo fabiano, ou como um tipo de libertarianismo, que é Direita quando se restringe à economia ou de esquerda quando tange o anarquismo.
Há, ainda, aqueles que não se definem, a fim de poder navegar no que consideram o melhor dos dois lados e se afastar do pior também. Estes, porém, ao fazer isso, não conseguem mais do que confirmar que o que existe mesmo são os dois lados da política. Todo o resto é apenas uma aproximação ou um afastamento em relação a eles.
De fato, o que vejo nesses indecisos nada mais é do que o medo de identificar-se e assim sentir-se comprometido com um dos polos políticos. No entanto, jamais conseguem se afastar deles e acabam confirmando de que lado estão, em essência.
Não há como fugir muito das definições. Quem defende uma economia liberal, a diminuição do Estado e preza pelas liberdades, ainda que ao preço de seus próprios interesses pode ser considerado de Direita. Quem crê em um Estado mais forte, uma economia controlada e não se assusta quando o governo impõe seus interesses, ignorando as vias democráticas, certamente é de Esquerda.
Se todas as ideias acima forem aceitáveis para alguém como convicções gerais, é certo que ele precisa estudar melhor, pois, de fato, são incompatíveis. Se essa aceitação geral for fruto das circunstâncias, ou seja, se a pessoa defende um tipo de ideia segundo a necessidade e o interesse pontual, aí sim, ela já se identificou com o que chamamos de Esquerda.
São vários pontos que poderiam ser levantados aqui que definem um lado ou outro do espectro político. O importante, porém, para o interesse deste artigo, é deixar claro que Esquerda ou Direita não são duas entre várias opções, mas apenas as duas opções disponíveis. Ainda que dentro delas haja variantes, não há uma alternativa que escape da essência do que elas são.
Eu mesmo cometi esse equívoco, tempos atrás. É que a Direita, em um país dominado pela ideologia de esquerda, acaba sendo julgada segundo a perspectiva vigente, que enxerga tudo como expressão militante, como comprometimento ideológico cego diante de uma utopia.
No entanto, a Direita não é uma vinculação ideológica, mas a expressão natural de ideias que, em geral, respeitam o senso comum das pessoas. Enquanto a Esquerda vive da subversão e mesmo da inversão do ordinário, a Direita se expressa por meio do ordinário, em princípio.
O que muita gente não entende é que, no quadro geral das ideias políticas, não existe uma terceira via. Esta, quando anunciada, não consegue ser mais que uma esquerda envergonhada ou uma Direita abusada. Se manifesta, por exemplo, como o trabalhismo inglês, que nada mais é do que um socialismo fabiano, ou como um tipo de libertarianismo, que é Direita quando se restringe à economia ou de esquerda quando tange o anarquismo.
Há, ainda, aqueles que não se definem, a fim de poder navegar no que consideram o melhor dos dois lados e se afastar do pior também. Estes, porém, ao fazer isso, não conseguem mais do que confirmar que o que existe mesmo são os dois lados da política. Todo o resto é apenas uma aproximação ou um afastamento em relação a eles.
De fato, o que vejo nesses indecisos nada mais é do que o medo de identificar-se e assim sentir-se comprometido com um dos polos políticos. No entanto, jamais conseguem se afastar deles e acabam confirmando de que lado estão, em essência.
Não há como fugir muito das definições. Quem defende uma economia liberal, a diminuição do Estado e preza pelas liberdades, ainda que ao preço de seus próprios interesses pode ser considerado de Direita. Quem crê em um Estado mais forte, uma economia controlada e não se assusta quando o governo impõe seus interesses, ignorando as vias democráticas, certamente é de Esquerda.
Se todas as ideias acima forem aceitáveis para alguém como convicções gerais, é certo que ele precisa estudar melhor, pois, de fato, são incompatíveis. Se essa aceitação geral for fruto das circunstâncias, ou seja, se a pessoa defende um tipo de ideia segundo a necessidade e o interesse pontual, aí sim, ela já se identificou com o que chamamos de Esquerda.
São vários pontos que poderiam ser levantados aqui que definem um lado ou outro do espectro político. O importante, porém, para o interesse deste artigo, é deixar claro que Esquerda ou Direita não são duas entre várias opções, mas apenas as duas opções disponíveis. Ainda que dentro delas haja variantes, não há uma alternativa que escape da essência do que elas são.
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