segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

O principal recurso natural que existe é a liberdade

Sugerido e escrito por Lucas Alves 3.00, Revisado por Stan Calderelli3.77, Narrado por salander3.00 e Produzido por capivara rapaz3.00






















 
Existe uma falsa relação entre recursos naturais e prosperidade, o senso comum associa os recursos naturais à riqueza,porém a realidade é que é possível que países prosperem mesmo sem muitos recursos naturais, tudo isso graças a liberdade.

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Émuito comum ouvir por aí que o Brasil, por ter muitos recursos naturais, que se eles fossem bem administrados, a economia aqui seria muito melhor. Parece um argumento que valoriza a lógica e a materialidade e que por isso é bom. Mas quando se contra-argumenta com vários exemplos de onde os recursos naturais são parcos e mesmo assim há mais prosperidade, como Hong Kong, que era ainda mais pobre que nós, ou Israel lá no meio do deserto, que enriqueceu, aí os argumentos desabem, e a lógica, lá longe (!) "manda um abraço". A Alemanha e a Itália, sem ter plantações de café no território, são os dois maiores exportadores do mundo.

Esses exemplos mostram que a riqueza de um país não depende exclusivamente de seus recursos naturais. Há algo muito mais importante para a prosperidade: a liberdade. Especificamente no âmbito territorial, de governos, mesmo sendo via empresas não estatais, a liberdade econômica.

Correlação de prosperidade com abundância de recursos naturais é uma falácia

Alguns dizem que apesar da abundância aqui, o problema é administração do governo ou a corrupção – aquele papo de sempre. O estado será o pior administrador porque nunca precisa ser bom. O dinheiro que ele tem é o que ele RETÉM – de você. O principal é que haver recursos naturais abundantes não garante riqueza. Eles estão lá, parados. Para algo prosperar deve haver geração de valor. E não é a existência dentro das linhas imaginárias que faz isso. O que cria riqueza são as trocas em que cada um recebe o que quer. Não importa depois se o item adquirido será bem ou mal usado. E sim que na troca houve a geração de valor para as partes.

Assim como, filosoficamente, se não há nariz, não há perfume; a existência de algo só é considerada quando há a percepção, e só haverá interesse se houver uma ideia de utilidade. Não adianta haver zilhões de madeira, de minério, de petróleo, se eles não forem demandados por alguém. Foi o intelecto humano, a criatividade, conhecimento e o esforço que transformaram materiais da natureza em recursos úteis para cada um. A gente não saiu da idade da pedra porque acabaram as pedras: foi porque combinamos as pedras de maneira diferente e com coisas diferentes.

O petróleo é um exemplo disso. Ele é conhecido desde as civilizações antigas, no Egito, Mesopotâmia e China, mas só passou a ser industrializado quando aprendemos a fazer isso. Foi só no século XIX, em que, também, outras coisas também passaram a ser beneficiadas. E ficou tão fundamental para as sociedades que passou a ser disputado. Logo será superado também. A necessidade é a mãe da criatividade. Sem ela, o petróleo seria tão importante para nós quanto uma bicicleta é para um peixe.

Outro exemplo são os materiais usados para fazer chips eletrônicos, especialmente o silício, que sempre existiu na natureza, mas demorou muito para chegarmos nisso. Toda uma cadeia de conhecimento se desenvolveu até o ser humano perceber a utilidade dele em grande escala.

O economista que percebeu essa não-causalidade entre abundância e prosperidade foi Julian Simon. Para ele, a mente é "o recurso definitivo e supremo" porque só ela é que pode criar todos os outros recursos valiosos que chamamos de recursos naturais. Ele usa a palavra "criar" como "perceber a utilidade", que vai fomentar o interesse e então motivar o desenvolvimento do acesso a eles.

Esse entendimento é fundamental para ver que os recursos não estão acabando. Alguns materiais podem se exaurir. Mas, pelo contrário, como as possibilidades de combinação são sempre crescentes, sempre teremos ao que recorrer para melhorar os itens que usamos para viver.

Mas para isso, é fundamental que haja liberdade, que só existe quando há respeito à propriedade, e o estado é o primeiro a ir contra isso. Assim, as pessoas, agindo individualmente ou em empresas, são livres para empreender o que têm, seja do intelecto, da informação ou do material, para trocar soluções que precisam.

No mercado, quando é muito ou pouco livre, o desperdício significa prejuízo. Por isso, um recurso que está sendo mal usado motiva a uma mudança de planejamento. Quando um recurso valioso é usado fora de um sistema de preços livres, com interferências de um intruso, é muito mais difícil medir o quanto se perde, tanto em material como o custo do tempo.

Os países onde se diz que há capitalismo, é onde há alguma liberdade econômica. Mas não há capitalismo, liberdade de verdade. Quando lamentamos os desastres com barragens de mineração assolando cidades, o que o seu amigo socialista vê é uma "empresa capitalista" culpada. Mas o que ele não vê é a regulação estatal que criou dificuldades contra a concorrência e por isso, fomentou o comodismo tecnológico. Não é por acaso que os piores desastres ambientais aconteceram no alto-socialismo, como o desaparecimento do mar de Aral e o desastre nuclear de Chernobyl. Ambos estavam fora de um sistema de preços livres. Nisso as pessoas não têm como quantificar e então se motivar a realocar o que está mal aproveitado. É o uso irracional.

Das duas uma: ou a democracia existente é inútil, porque não faz outra coisa a não ser institucionalizar escolhas que a maioria já faria se fosse realmente livre; ou ela não existe, já que serve para obrigar a minoria a escolher algo que, se deixada livre, não iria escolher. Essa frase é do Marcelo Mazzili, no livro "Estado? Não, obrigado!".

No livre-mercado o desperdício aumenta a raridade. Que é exatamente o que as pessoas, sejam livres, e ainda mais quando estão restritas, querem evitar. E ao cair na irracionalidade, seja do uso dos argumentos para planejar, acabou. Quando acaba o uso racional, a razão acabou.

A correlação entre abundância e prosperidade é falsa. O estado está aí em níveis altos ou baixos de interferência. Não há liberdade ética total em lugar algum. Mas há uma correlação verdadeira: sempre onde há mais liberdade, ou menos intromissão, um controlador, há mais prosperidade, os recursos não se esgotam porque quem precisa deles, procura limitar o uso para que não acabe antes de haver outro para oferecer a mesma solução. É por isso que o respeito à propriedade é o mais importante. Sem ela, quanto "menos privada" for alguma coisa, mais "de ninguém" será o interesse em preservar. Isso vale para peixes, silício, minério ou o planeta todo.

E como os coletivistas gostam de roubar até a ideia de relação de progresso com as vontades deles, eles ignoram que a Terra ainda não viu um único recurso não-renovável ser extinto e que a preservação de espécies ocorre com muito mais eficiência por meio de entidades privadas, e não pelo "ativismo de sofá". Parece ser muito difícil para eles entender que, apesar da população na Terra sempre ter aumentado junto com a redução da pobreza, sem nunca ter recebido algo de fora – tirando um ou outro asteroide caído –, isso ocorre graças à inovação para combinar recursos. E de novo: sempre onde há menos interferência, maior respeito à propriedade, que proporciona maior liberdade para manter maior preferência temporal, é onde há mais prosperidade. É por isso que o mundo sempre melhora APESAR do estado.

As maneiras de combinar e recombinar cada átomo aqui na Terra são infinitas. A quantidade de ferro que podia ser usada era ínfima quando ele só podia ser extraído com pás. Mas ela cresceu absurdamente quando surgiram as escavadoras mecânicas à vapor. E aumentou ainda mais quando descobriram como purificar melhor o minério de ferro tirando o enxofre.

Daí, manipulando mais as moléculas, conseguimos o níquel para formar os automóveis, os eletrodomésticos e as vigas de aço que sustentam prédios e pontes. Ele se tornou muito mais útil e valioso para o bem-estar do que se ficasse lá nas rochas "protegido" por leis estatais. Aliás, não foram leis estatais que protegeram as baleias jubarte dos caçadores: foi a troca das lamparinas à óleo dos postes de rua por luz elétrica. Como a tecnologia de iluminação mudou, acabou o interesse pela gordura delas usada na produção do óleo das lamparinas. Nunca é o estado: é sempre o mercado – inclusive para coisas ruins –, mas a diferença é que quando é livre, se corrige mais rápido e melhor do que com interferência central.

E isso vale para todo e qualquer recurso que seja do interesse de alguém e se for viável economicamente a sua extração. A oferta de itens economicamente utilizáveis aumenta à medida que o homem aumenta o conhecimento, que é infinito.

A previsão de Julian Simon, é oposta ao senso comum, preso à velha e inválida ideia malthusianista. Para os progressistas, nós estamos consumindo mais do que deveríamos; os recursos estão acabando; o planeta não aguenta mais; o ser humano é um vírus, blá blá blá e precisamos nos agarrar ao eco-socialista fofinho mais próximo para salvar o planeta. Para essa turma, a única maneira de não ficarmos sem recursos é diminuindo o crescimento econômico, o "maldito consumismo", incentivado pelos malvados imperialistas americanos [], ôh, preguiça! É justamente o contrário! É pela rede econômica de produção e consumo que se cria riqueza.

Além do sistema de preços que evita o desperdício, o livre mercado permite que as pessoas tenham mais tempo para se educar e ampliar o aprendizado, que sempre será útil para aumentar a eficiência, produzir mais com menos.

O argumento principal, pela liberdade, pelo respeito à propriedade, é ético, e não porque seria mais eficaz. É pela maneira ética que a eficiência ocorre. O ser humano reage aos incentivos que percebe para conseguir algo que o faça se sentir melhor, sendo para si mesmo ou para cooperar. É por isso que a liberdade é fundamental.

Normalmente, as ideias de que os recursos estão se esgotando e que países que têm muito de alguma coisa deveriam estar mais ricos, vem de pessoas que desvalorizam o indivíduo, o consideram como um inimigo da natureza e acreditam em soluções estatais, em imposições coletivistas de políticas ambientais, mas os únicos a ganhar com essa ideia são os governantes e quem está aliado a eles.

A maior diferença entre sociedades livres ou estatizantes está no valor que dão à propriedade. Por ela se tem respeito à liberdade. Quando isso é bem conhecido, se entende por lógica que a liberdade acaba no limite individual. "Não mexa comigo, sem eu ter concordado, que eu não mexo com você.". Quanto mais estatizante é a mentalidade, menos escrúpulos há para limitar a vida em função da sustentação do estado. Não é por acaso que a história de regimes dos mais socialistas são as mais recheadas com as maiores atrocidades que vitimizaram o ser humano. Por tudo isso é que o principal recurso natural – jusnatural – que existe é a liberdade.

O que importa não são os limites e materiais físicos – e, hoje em dia, nem o dinheiro físico, e sim o dinheiro que permite soberania monetária, a verdadeira propriedade monetária, mesmo sendo digital –, e sim que o ser humano seja livre para experimentar, interagir e reimaginar o uso do que tiver à disposição.


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Publicado por Peter Turguniev em 10/02/2022 (1821 palavras)



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