quarta-feira, 21 de março de 2018
NEO-GNOSTICISMO SOB ANÁLISE - parte 7 - Um ritual samaélico de idolatria
Por Frater I.L.I.V.
O que me levou a abandonar o movimento gnóstico de Samael a primeira vez foi acima de tudo um dos rituais. Os samaélicos se consideram cristãos, embora o sentido da palavra seja um pouco diferente, e cada vez mais diferente a cada fase que a pessoa avança lá. E eu me considerava cristão e como todo cristão estudava a bíblia, algo considerado perigoso e desnecessário para os samaélicos dessa ordem. Porque "o mestre Samael já 'develou' para nós todos os segredos da bíblia", diziam ('develou' era como diziam 'desvelou', tirou o véu, revelou; por esse termo quem participou já sabe de que escola estou falando).
Eu tinha avançado e participava dos rituais dos mais altos graduados, pois estava na penúltima fase, e sabia de cor todos as cadeias e dizeres em cada uma dela delas, pois nós não podíamos tê-las por escrito, apenas vê-las em uma sala reservada, onde se encontravam também cartas dos "mestres", documentos, estatutos, regulamentos e outros materiais que as pessoas das outras fases não podiam ver. Eu já conduzia esses dizeres muitas vezes porque eu sabia completamente, sem nenhuma erro, pois se deveriam dizer exatamente as palavras e até com as mesmas entonações em cada parte. A rigidez em disciplina nessa ordem excede todas do restante do movimento, e da mesma forma a cobrança por fidelidade (que inclui não participar de nenhuma outra ordem ou religião incluindo não entrar em nenhuma edificação destes por motivo algum, muito menos de outras instituições samaélicas).
O ritual abaixo me causou muito mal estar porque nós sabemos que a bíblia diz que não devemos adorar nem prestar culto a ninguém além de Deus, e que o cristão não se prostra a nada nem a ninguém, somente a Deus. Pois bem, neste ritual não era simplesmente nós que nos prostrávamos, mas aquilo que lá aprendíamos ser o mais sagrado em nós, o "Cristo interno", o próprio Cristo que mora de nós, que eles chamam mais costumeiramente de "Pai interno" e outros nomes. Ele é que deveria se prostrar para Samael (ou para seu cristo pessoal segundo outra interpretação). Ou seja, aquilo de mais puro e digno em nós, que nunca se corrompeu, que nos conduz e protege, o divino em nós, chamado por eles mesmos de partícula de Deus em nós e de nosso real ser, nosso cristo, é que se prostraria a Samael (que na interpretação cristã normal é Cristo que vem habitar em nós ou o Espírito Santo a partir do momento que recebemos Jesus como nosso Senhor e salvador, mas para eles é só uma partícula e que todos já tem). Depois que me desliguei dessa escola fui para outras acreditando que isso era invenção dos fanáticos da escola que eu estava antes, mas se trata da liturgia oficial, rituais registrados no livro mais secreto de Samael que todas as escolas usam.
Veja o que diz o ritual:
"Meu Pai, meu Senhor, meu Deus, Tu que és meu Real Ser, meu Deus interno, te peço com minha alma e com meu coração, que te transportes ao Templo Coração do planeta Marte, faça a saudação: JACHIN-BOAZ."
Observe aqui a descrição do conceito deles de "Pai interno", "Cristo interno", "Deus interno", e veja o que tem que fazer em seguida. Observe também a saudação maçônica, se você já sabe, que é usada sempre para entrar na sala, feita diante das colunas... Estas e outras muitas partes de rituais, e até pelo menos um ritual inteiro, vêm da maçonaria, tão criticada por Samael em alguns livros, entrevistas e palestras.
"Dá os sete passos sagrados, até o interior do templo, prosta-te aos pés do Divino Logos de Marte e pede-lhe:
"Mestre SAMAEL, Mestre SAMAEL, Mestre SAMAEL"
Isto é um artifício do príncipe das trevas, criado para receber de nós adoração, devoção, prostração. Lembremos que o que mais quer o diabo é ser adorado no lugar de Deus. Satanás não mediu palavras para tentar o próprio Jesus a adorá-lo, prometendo os reinos do mundo, citando palavras do Antigo Testamento. Aqui Samael promete bem menos, ele promete força e poder, mas primeiramente para sua instituição. Ele considera a si mesmo "um logos" divino e abusa da condescendência de seus discípulos. Em seus rituais a única adoração explícita é a ele mesmo, Samael. Eu cria que isso era um erro restrito dessa ordem, mas não, se trata na verdade do livro mais sagrado e mais secreto de todas as ordens, instruções explícitas de Samael. Este artifício cumina no que está ao longo do rito e se verá no final, que o próprio Deus é colocado abaixo de Samael. "Samael" é o nome do demiurgo gnóstico, o equivalente a Satanás no cristianismo (isto será ainda mais detalhado em outra parte desse estudo). Samael se diz gnóstico e que ele era um anjo caído, só que na terminologia gnóstica este Samael seria o próprio diabo. Então a partir da suposta cristificação de Samael podemos dizer que o diabo se regenerou e agora é o novo salvador da humanidade?
Observando o ritual
Veja o que diz o ritual completo, meus comentários estão entre colchetes:
CADEIA DE FORÇA
Que todos os seres sejam felizes.
Que todos os seres sejam ditosos.
Que todos os seres estejam em paz.
[Muitas ordens no mundo utilizam um início de ritual semelhante a esse. Eu diria que praticamente todas, seja com intuito sincero ou de parecerem boazinhas, preocupadas com a humanidade e com todos os seres. Mais caracteristicamente budista por se referir a todos os seres e constar em algumas recitações budistas, talvez ela tenha chegado ao conhecimento de Samael através do movimento teosófico, que diz ter participado ou de suas leituras de textos budistas.]
Repete-se três vezes.
A...U...M...
A...U...M...
A...U...M...
[O mantra hindu já não tem a ver com o budismo (exceto no budismo tântrico) é pronunciado nas ordens samaélicas dessa maneira alongando as vogais e separadamente. Qualquer pessoa que estuda yoga ou hinduísmo deve saber que a pronúncia correta é OM, e que AUM é apenas a forma escrita. A pronúncia correta desse mantra é ooooooommmmmm, alongando o som que em sânscrito são duas vogais, o som do m é o que se faz com a boca fechada. Cantar aaaauuuummm é justamente o que caracteriza falsários ou ignorantes que nunca ouviram de um religioso ou professor de yoga autêntico. Eu sei disso porque depois de sair do movimento procurei as fontes originais de tudo que tinha algum resultado, e assim estudei e pratiquei yoga por muitos anos. Mas hoje temos vídeos de professores autênticos e vários livros em pdf, inclusive sutras até bilíngues disponíveis na internet. Um suposto mestre onisciente (com 100% de consciência desperta como ele dizia) não saberia disso? Não teria corrigido o erro do ritual que copiou? E precisaria copiar partes de um ritual de outra ordem preservando até os erros?]
Santo e bendito seja seu nome impronunciável,
agora já se verificou o sagrado mistério da letra,
eu entretanto seguirei para mais ocultos lugares.
[Om (o AUM citado) é a abreviação do nome de Deus para a maioria das seitas hindus, mas observe a intenção de confundir com o nome hebraico de Deus YHWH que é chamado de impronunciável.]
Repete-se três vezes.
Meu Pai,meu Senhor,meu Deus,Tu que és meu Real Ser,meu Deus interno,te peço com minha alma e com meu coração,que te transportes ao Templo Coração do planeta Marte,faça a saudação:JACHIN-BOAZ.
[Cabe aqui lembrar que Samael considera-se o logos de Marte, e em alguns livros ele descreve viagens a marte e diz que Marte é habitado por seres humanos menores que nós, possuidores de uma tecnologia muito avançada, que faz as câmeras enviadas pelos terráqueos a Marte enviarem imagens falsas.]
Dá os sete passos sagrados,até o interior do templo,prostra-te aos pés do Divino Logos de Marte e pede-lhe:
Mestre SAMAEL,Mestre SAMAEL,Mestre SAMAEL,ante ti viemos para pedir-te,rogar-te,suplicar-te,em nome do Cristo,pelo Poder do Cristo,pela Majestade do Cristo,te dignes conceder uma ajuda poderosa de Proteção,Poder e Força,para a Santa Igreja Gnóstica Cristã Universal estabelecida no planeta Terra,para todas as Instituições Gnósticas que trabalham de acordo com os postulados da Venerável Loja Branca,para seus sacerdotes,ísis e Grei em geral,para todos pedimos:LUZ,PODER e FORÇA.
OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.
[Veja que se ora a Samael, se pede a ele, em nome de Cristo, proteção, poder e força, em primeiro lugar para a igreja que ele fundou e para suas instituições. E então pede pelas pessoas, sacerdotes,ísis que são as esposas do sacerdores que oficiam rituais e Grei em geral que é como chama as outras pessoas que participam do ritual, observe aí o detalhe da influência católica que tanto critica.]
Venerável Mestre Samael,também te pedimos uma ajuda de Proteção,Poder e Força para todos os Missionários Gnósticos onde quer que estes irmãos se encontrem.Pedimos que sejam protegidos,que sejam ajudados,que sejam defendidos,e não permitas,Mestre Samael,que pessoas ou forças negativas lhes causem dano ou obstaculizem a difusão da Gnosis à Humanidade.
[Em primeiro lugar em tudo está sempre a difusão de sua seita. Muitos alegam sobre a sinceridade de Samael que nunca se tornou muito rico com isso. Mas o movimento gnóstico cresceu ou não? Se espalhou mundialmente ou não? Sua intenção claramente é a difusão do movimento, isso é indiscutível, não importa se sendo ele um marionete de forças malignas ou se ele mesmo era decididamente um desviador como o Samael dos evangelhos gnósticos. O fato é que usou o nome Samael e agiu como tal, no sentido de desviar, enganar e aprisionar as pessoas em sua doutrina e ao culto de sua personalidade e de vários deuses, como se verá em outras partes.]
Pedimos,Venerável Mestre Samael,coros,coros,coros de Anjos,Guerreiros de Marte,para que se lancem À batalha!,À batalha, À batalha!,a proteger os Missionários Gnósticos,e a desintegrar,com o Poder Ígneo de suas espadas,todas as barreiras colocadas pelas ostes tenebrosas,que impeçam o passo do Missionário Gnóstico.Pedimos para todos os Missionários Gnósticos:LUZ,PODER e FORÇA.
OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.
[Quem são esses guerreiros de Marte que os samaélicos invocam? Que anjos são esses aos quais se pede para "desintegrar,com o Poder Ígneo de suas espadas,todas as barreiras colocadas pelas ostes tenebrosas,que impeçam o passo do Missionário Gnóstico"? Se estes seres vão desintegrar com espadas tudo que se opõe ao passo do missionário que é conquistar mais discípulos, estes seres estão combatendo também a esse texto, e a todos nós que deixamos o movimento e estamos dizendo a verdade. Não seriam esses anjos caídos como o próprio Samael diz que ele mesmo era? Ele diz que era um anjo caído e que se levantou. Anjos caídos se levantam? O que nos garantiria que ele se levantou se isto fosse verdade e que esses anjos não são demônios? Em outros rituais analisaremos isso com mais detalhes.]
Venerável Mestre Samael,te pedimos,em nome do Cristo,pelo Poder do Cristo,pela Majestade do Cristo,que com os poderes que te são conferidos,ordenes aos Teus Exército de Anjos,Guerreiros de Marte,para que formem poderosas cadeias,de dia e de noite,ao redor dos Monastérios,Templos de Mistérios,Santuários e Lumisiais Gnósticos estabelecidos no planeta Terra,para que esses lugares sagrados e todas as suas comunidades,sejam protegidos,sejam defendidos e não permitas Venerável Mestre Samael,que pessoas ou forças negativas lhes causem dano,nem obstaculizem os trabalhos Esotéricos e Crísticos das Comunidades Gnósticas;pedimos para todo o Povo Gnóstico:LUZ,PODER e FORÇA.
OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.
Venerável Mestre Samael,também te pedimos uma ajuda de Proteção,Poder e Força para este Lumisial e para todas as pessoas que aqui nos encontramos;pedimos aos Anjos Guerreiros de Marte que abram a atmosfera desse lugar para que a Aura do Mestre Samael se expresse na Vontade e na Consciência de todos nós,dando-nos,LUZ,PODER e FORÇA.
OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.OM SEJA A FORÇA.
[Lumisial é como é chamado o templo ou a sala de rituais. Eles não pedem pela expressão da vontade de Deus, nem de Jesus, mas de Samael. Este é cultuado como um Cristo e como um Deus. Alguns samaélicos afirmam que "ele é maior que Jesus Cristo". Isto é efeito não só das aulas ou conferências, mas também desses rituais, a influência progressiva leva os seguidores a orararem a Samael, cultuarem e até adorarem. As obras de Samael são consideradas por todos os seus seguidores como "o quinto evangelho" que fala as coisas "claramente e não mais por parábolas e símbolos", esta é uma das razões para alguns seguidores considerarem o "Cristo Samael" superior ao "Cristo Jesus".]
Meu Pai,meu Deus,meu Senhor,peço e suplico dê as infinitas graças ao Venerável Mestre Samael e aos seus Anjos Guerreiros de Marte,por escutarem nossas súplicas,as quais pedimos que se cristalizem no Mundo Físico e nos Mundos Internos,de acordo com a Lei Divina.
FAÇA-SE,CUMPRA-SE,REALIZE-SE.
ASSIM SEJA.ASSIM SEJA.ASSIM SEJA.
A...U...M...
A...U...M...
A...U...M...
[Observe como fecha o ritual, que também progride para a adoração mais direta de Samael e a inversão total em que Deus é que se prostra, pede e por fim agradece a Samael. Preste atenção às palavras que são o fim a que todo o ritual quer levar a pessoa a dizer "Meu Pai,meu Deus,meu Senhor,peço e suplico dê as infinitas graças ao Venerável Mestre Samael e aos seus Anjos Guerreiros de Marte". Deus é colocado abaixo de Samael e seus demônios nos rituais samaélicos.]
A idolatria
Samael se dizia não só gnóstico, mas se considerava o verdadeiro cristão. Sobre a bíblia ele dizia ser uma obra mutilada, mas que apesar disso e de algumas, segundo ele, alterações, ninguém conseguiu retirar o que importa nem falsificar a verdade. Enfim, ele dizia que a bíblia contém a verdade inalterável. É claro que, por outro lado, essa falta de clareza e definição sobre quais são esses pontos supostamente alterados ele fica livre para dizer o que bem lhe convém, seja qual for a parte da bíblia.
Mas vejamos nós algumas coisas que a bíblia pode nos dizer sobre idolatria e sobre seu ritual:
João 4
24 Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Salmos 81
9 não haverá em ti deus estranho, nem te prostrarás ante um deus estrangeiro.
[Samael é mais que um deus estrangeiro, é de Marte, segundo alega.]
Salmos 95
6 Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.
2 Tessalonicenses 2
2 que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto.
3 Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição,
4 aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.
[Samael profetizou algumas datas sobre a volta de Jesus, o fim do mundo, etc., com exatidão, e errou (uma das datas apontadas era 2012 quando um planeta gigantesco entraria no nosso sistema solar e abalaria a Terra, mudando seu eixo, sua rota e matando mais da metade da população; alienígenas salvariam os que já tivessem despertado a kundalini; enfim, nada disso aconteceu). Os livros com as afirmações mais absurdas de Samael eram tidos nessa ordem com proibidos e fora de edição porque teriam sido escritos quando "o mestre ainda não havia despertado". Mas o ponto aqui é que Samael disse sempre que o objetivo de cada um de nós é nos tornarmos deuses como ele mesmo já havia se tornado, ele se apresenta como um deus (primeiro ponto). O outro ponto é que ele cria alguns artifícios, como o ritual acima, para receber adoração ou prostrações, como os anti-cristos e bestas do apocalipse.]
Mateus 4
8 Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles;
9 e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.
10 Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
Lucas 4
8 Jesus respondeu: "Está escrito: 'Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto'".
[O cristão só presta culto a Deus, ao Deus único, não a um deus, ou a um deus interno de uma pessoa, como a teoria samaélica quer fazer acreditar, muito menos a anjos, pior ainda a anjos caídos que supostamente se levantam como Samael diz ser ele próprio.]
Apocalipse 19
10 Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.
Apocalipse 22
8 Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar.
9 Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.
[Os anjos não aceitam prostração, nem adoração. Samael se diz anjo e aceita adoração e prostração. Quais os anjos que aceitam isso? Satanás e seus demônios, que buscam essa adoração. O que pode agora nos garantir que estes não são os aqui disfarçados nesse ritual como Samael e seus "Anjos Guerreiros de Marte"? (Nas tradições judaicas Samael é o anjo da morte, o mesmo que tentou Eva, seu nome vem de sama-veneno e el-deus, o significado hebraico é acusador, sedutor e destruidor, deus-cego é a tradução adotada no gnosticismo. Quando a pessoa adora, se prostra, cultua e invoca esse nome (seja Samael do movimento gnóstico ele mesmo em pessoa ou apenas um lunático) está na verdade adorando, prostrando-se, cultuando e invocando esse demônio.]
Deuteronômio 32
17 Ofereceram sacrifícios aos demônios, não a Deus, a deuses que não haviam conhecido, deuses novos que apareceram há pouco, aos quais os vossos pais não temeram.
18 Olvidaste a Rocha que te gerou, e te esqueceste do Deus que te formou.
2 Crônicas 11
15 e Jeroboão constituiu para si sacerdotes, para os altos, e para os demônios, e para os bezerros que fizera.
2Coríntios 11
3 Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo.
4 Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais!
[Samael constituiu (1) sacerdotes dos lumisiais gnósticos (que na maioria das ordens e escolas só são conhecidos depois de algum tempo de estudo); para o culto dele mesmo e para (2) culto de deuses egípcios, que diz ser deuses reais, divinos, imortais que devem ser cultuados (num livro chega a dizer que a queda de Adão é um mito que significa a queda da raça atlante que deixou de adorar esses deuses e por isso foi expulsa do paraíso), também para culto e para receber ajuda de alguns supostos anjos e "mestres auto-realizados da loja branca"; e (3) uma doutrina e um processo para corromper o entendimento e largar a simplicidade do evangelho de Jesus pela a complexidade "para poucos", como dizem, ou melhor dito, o labirinto, do que chamam "quinto evangelho" que são as obras de Samael, o "Cristo da era de Aquário", e seus ensinamentos. O que mais falta para caracterizar as descrições bíblicas de falso profeta, falso cristo, anti-cristo, etc.? Um atestado de sanidade mental? Independente de sua intenção ou de sua condição mental estamos mostrando aqui o que ele fez, não julgando a pessoa, e ele inteligentemente colocou em funcionamento uma "máquina" de enganação e lavagem cerebral, o movimento gnóstico (mais precisamente classificado pelos estudiosos dentro do neo-gnosticismo).]
2 Pedro 2
1 Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
Mateus 7
15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Mateus 24
11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;
(...)
23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis;
24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
Marcos 13
21 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis.
22 Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos.
[Além disso até aqui descrito, Samael estruturou um curso extenso (com fases ou câmaras) com uma série de aulas temáticas definidas uma a uma por ele mesmo, que na maioria das ordens leva entre dois e três anos até assistir a todas (e isto tem que ser cumprido, nenhuma aula pode faltar, deve ser reposta ou assistida em outra turma para poder avançar na graduação). Tudo é apresentando paulatinamente em cursos que envolvem quase todo tipo de ocultismo, como magia, mitologia, yoga sexual, runas, tarô, chacras, desdobramento astral, outras dimensões, karma, extra-terrestres, anjos, rituais, cadeias, mantras, etc. e complexas doutrinas (leia-se misturadas, e costuradas artificialmente, pelo suposto elo comum principal apresentado por ele, a magia sexual, além do despertar da consciência e do "sacrifício pela humanidade") para ir preparando as mentes dos alunos desavisados antes de entrar em contato com a enganação mais difícil de aceitar e mais diabólica, ainda que disfarçada de santidade, disciplina e purificação, que é a seguinte: ele mesmo, Samael, como o Cristo salvador, o chamado avatar dessa era, responsável pela salvação dessa era, e seu evangelho, que supostamente supera tudo que já foi escrito até hoje. Ou seja, é um falso cristo, que apresenta um outro evangelho.]
Daniel 3
28 Falou Nabucodonosor, e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, o qual enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do rei, escolhendo antes entregar os seus corpos, do que servir ou adorar a deus algum, senão o seu Deus.
Êxodo 34
13 Mas os seus altares derrubareis, e as suas colunas quebrareis, e os seus aserins cortareis
14 (porque não adorarás a nenhum outro deus; pois o Senhor, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso),
I Coríntios 10
20 Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.
21 Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios.
[Satanás deseja ser adorado. Os únicos anjos que aceitam adoração são os caídos (ou seja demônios) e Satã. E a postura do cristão verdadeiro é não adorar, nem se prostrar, nem prestar culto a ninguém além de Deus. Mesmo que se diga que Samael não é um demônio (e o nome Samael é o nome de um demônio) se está cultuando um ídolo, e cultuando um ídolo chamando-o pelo nome de um demônio.]
2Reis 17
37 Quanto aos estatutos, às ordenanças, à lei, e ao mandamento, que para vós escreveu, a esses tereis cuidado de observar todos os dias; e não temereis outros deuses;
38 e do pacto que fiz convosco não vos esquecereis. Não temereis outros deuses,
39 mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.
Gálatas 1
6 Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho,
7 o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.
8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.
9 Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.
[Samael se diz anjo e diz que veio trazer o novo evangelho, portanto é anátema, ou seja, um amaldiçoado.]
I Timóteo 4
1 Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,
2 pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada,
[É um grande problema continuar enredado na teia de mentiras e meias verdade do falso cristão Samael, para um verdadeiro cristão é condenação. Os avisos já foram dados, as previsões que apareceriam pessoas como Samael foram escritas e a bíblia é o livro mais conhecido do mundo. O cristão que entra no samaelismo deveria ler a bíblia, para saber contestar esse falso cristianismo, mas se por um lado os samaélicos desestimulam e censuram o conhecimento intelectual, a leitura, inclusive da bíblia, por outro, cada conferência de baseia em alguns capítulos de livros de Samael o que ocupa todo o tempo de um leitor mediano se ele levar a sério o curso, além de alguns livros que tenha resolvido ler por inteiro. Ele está cavando sua própria cova em relação a salvação na forma como Jesus deixou. Embora Samael fale de Jesus para atrair os cristãos, Jesus em sua doutrina é rebaixado não só a um deus comparado aos deuses pagãos e a ele próprio, como também não seria o salvador, Jesus seria um mestre, daquela época, como Buda, Maomé, Blavastsky, que ensinou um caminho que tem que ser cumprido. Esse caminho, Samael afirma ser o mesmo que ele ensina, só que, aí é que vem mais, Jesus teria ensinado o caminho secretamente para um pequeno número de discípulos que escreveu apenas em forma simbólica e de parábolas, mas ele, Samael, ensinou tudo detalhada, clara e abertamente para toda a humanidade. Mesmo não dizendo que é superior a Jesus ele apresenta seu ensinamento como superior.]
Mateus 7
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?
23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
[Samael apresenta outro método de salvação, bem mais difícil e complicado, que depende de uma série de fatores, principalmente fisiológicos, pois o principal é sempre a tal magia sexual; desvia a pessoa do Jesus verdadeiro e de seu evangelho, apresentando um outro Jesus diferente do retratado na bíblia, um Jesus bem ao estilo do movimento nova era, que teria alcançando a iluminação praticando magia sexual com Maria Madalena. E muitos cristãos deixam de crer na salvação dada por Jesus, por crer na doutrina de Samael.]
2 Pedro 2
1 Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade;
(...)
4 Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo;
5 se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
6 se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente;
7 e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos
8 (porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias a sua alma justa com as injustas obras deles);
9 também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados;
10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências, e desprezam toda autoridade. Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das dignidades,
11 enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12 Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
13 recebendo a paga da sua injustiça; (...)
15 os quais, deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça,
(...)
17 Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume das trevas.
18 Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne engodam com dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro;
19 prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.
20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro.
21 Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.
Mateus 10
27 O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvido, dos eirados pregai-o.
28 E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
Romanos 8
1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
O Criacionismo Bíblico e o Evolucionismo Moderno
Uma questão mais fundamental do que a natureza dos dias da criação é a
relacionada com o fato de a criação ser divina, em contraste com as teorias rivais da
origem do universo, tais como o evolucionismo darwinista. O evolucionismo,
conforme sua formulação por Charles Darwin na sua obra A Origem das Espécies
(1859), procurava a explicação da origem das espécies biológicas na seleção natural
e não no desígnio de Deus. Isto quer dizer que o processo pelo qual se
desenvolviam as plantas e os animais não era governado por qualquer inteligência
divina de acordo com princípios teológicos, mas, ao contrário, segundo um princípio
puramente mecânico: a sobrevivência dos mais capazes. No decurso do ciclo
reprodutivo segundo os ensinamentos de Darwin, cada geração demonstra ligeiras
modificações da geração anterior. Durante um longo período de tempo, depois de
centenas e milhares de gerações, algumas destas variações se transformam em
características mais ou menos fixas, que então passam à descendência. Estas novas
características contribuem à formação de novas variedades ou subespécies e,
finalmente, à emergência de novas espécies. Aquelas características que deram sos
seus possuidores a capacidade de competir com mais sucesso na luta incessante
contra o meio ambiente, foram a garantia da sua sobrevivência. Mas espécies que
desenvolveram características que, ao invés de lhes oferecer vantagens, foram
empecilhos, ao enfrentar os competidores, tinham a tendência natural de
desaparecer. Daí a perpetuação apenas das espécies mais capazes de sobreviver,
que seriam, então, espécies bem sucedidas. Assim, o inferior e mais simples foi
paulatinamente se transformando no mais avançado e complexo, até que,
finalmente, Homo sapiens surgiu como o produto supremo da seleção natural -
supostamente por ser mais capacitado para a sobrevivência e com mais sucesso em
enfrentar seu meio ambiente.
Quanto à questão mais fundamental de todas, que é a origem da própria matéria, e a
questão paralela quanto à origem da primeira forma de vida no limo primevo, Darwin
não podia oferecer resposta, senão talvez uma expressão deística (que rebaixaria
Deus a situação de mera Primeira Causa, que colocou em andamento o mecanismo
e depois Se afastou do cenário). “Poderia inferir da analogia”, disse num certo
trecho, “que provavelmente todos os seres orgânicos que já viveram nesta terra são
descendentes duma forma primordial, na qual a vida foi originalmente soprada pelo
Criador”. Não há, portanto, nada de completamente ateístico na formulação da
evolução apresentada por Darwin, no que diz respeito à origem da matéria, mas
apesar disso muitos dos seus seguidores optaram pela existência eterna da matéria
para evitar reconhecer a existência de Deus. Mesmo assim, não sobrou nenhuma
base objetiva para a Lei Moral ou para os valores espirituais além da consideração
materialista da sobrevivência, a sobrevivência dos “mais capazes”. Além disto, a
teoria darwinista não tinha lugar para qualquer atuação divina significante no
processo da “criação”; a não ser a criação da matéria-prima “primeva”, não havia
realmente qualquer idéia de “criar”, mas só o desenvolvimento de acordo com a
seleção natural. Isto representava uma contradição quase total de Gênesis capítulo
1.
1) Do ponto de vista da genética (a ciência da hereditariedade), as suposições
básicas da seleção natural contrariam totalmente a evidência. Muitas décadas
de pesquisas meticulosas demonstraram que, por mais verdadeiro que seja o
fato de que há ligeiras diferenças dentro de cada espécie, não é verdadeiro
que estas variações são especialmente herdadas pela próxima geração. As
experiências extensas de Gregor J. Mendel demonstraram que a gama de
variações possíveis dentro duma espécie era estritamente limitada e não
contribuía com qualquer progresso na direção do desenvolvimento duma nova
espécie. Desta forma, os elementos de um tipo puro de ervilhas de
crescimento alto podem ter pequenas variações de altura entre si, mas s
descendência das ervilhas altas não possui uma altura média maior do que a
das ervilhas curtas. É verdade que pela criação seletiva seja possível enfatizar
certas características dentro duma espécie, ao ponto de se produzir uma
linhagem especial (como é o caso das muitas raças de cães), mas existe um
círculo de possibilidades estritamente limitado, além do qual nenhum criador
pode progredir. Noutras palavras, não tem a capacidade de desenvolver uma
nova espécie.
O mesmo veredicto precisa ser pronunciado contra a teoria de Jean Baptiste
de Lamarck, da possibilidade de herdar características adquiridas (teoria à
qual Darwin ocasionalmente apelava quando a mera seleção parecia ser
inadequada para dar conta duma série de fatos). Apesar dum sem-número de
experiências realizadas para comprovar a “herança do uso” (conforme se
chama) de Lamark, o resultado global tem sido totalmente negativo. As
características que o pai adquire por meio de esforços especiais, não passam
aos filhos, simplesmente porque não há nenhuma maneira possível pela qual
estas características adquiridas (tais como a proficiência no atletismo) possam
afetar os genes. Toda a hereditariedade (pelo menos no lado não-espiritual)
parece depender da química dos próprios genes. Quanto à forma ou à
estrutura dos animais, não existe uma alegação sequer duma prova de
herança do uso que não tenha sido subseqüentemente desacreditada.
Deve ser acrescentado que embora falte evidência de se poder herdar
variações individuais, existem, porém, súbitas mudanças ou mutações que às
vezes ocorrem na história da espécie. Por exemplo, uma nova variedade de
plantas, isolada em pequenas colônias, como numa encosta montanhosa,
pode ser o resultado duma mutação súbita (envolvendo ligeira alteração dos
próprios genes). Permanece, porém, o fato, que apesar de terem sido
estudadas de perto milhares de mutações, não foi demonstrado um único
exemplar pelo qual uma mutação criou um animal mais complicado, ou deu
origem a uma nova estrutura. Desde os dias de Darwin, nenhum progresso
tem sido feito na solução dos problemas fundamentais da evolução. Numa
análise do livro “Animal Cytology and Evulution” (“A Citologia Animal e a
Evolução”), 1954, de Ed. J.D. White, I. Manton disse: “As causas
fundamentais da evolução em grande escala, conforme tem ocorrido através
das eras geológicas, na formação dos grandes grupos de animais e plantas,
ainda não podem ser descritas ou explicadas” (Nature, 1948, 157, p.713).
2) O argumento de Darwin, tirado dos dados da embriologia, é
demonstravelmente cheio de falácias. Segundo seu raciocínio, o feto, ao se
desenvolver no útero, recapitula a totalidade do seu passado evolucionário,
enquanto o óvulo fertilizado vai crescendo e produzindo mais e mais órgãos e
membros complicados. As bolsas viscerais no embrião humano, por exemplo,
seriam o equivalente às guelras dos peixes, indicando portanto, a emergência
do homem duma forma de vida de peixe. Mas este tipo de raciocínio ignora
convenientemente o fato indubitável de que estas estruturas nunca funcionam
como guelras em qualquer estágio da vida do embrião. Realmente, é difícil
perceber como a teoria de recapitulação possa ser harmonizada com a real
seqüência do desenvolvimento dentro do feto. Por exemplo, a superfície
respiratória não se desenvolve até um estágio bem avançado do
desenvolvimento do embrião dentro do útero; mas é inconcebível que em
qualquer estágio pré-humano, o suposto ancestral do homem pudesse ter
sobrevivido sem qualquer mecanismo respiratório sequer. Além disto, a
cabeça do embrião é enorme em proporção ao restante do corpo enquanto
que a cabeça de todos os ancestrais putativos da raça humana era
relativamente pequena em proporção ao corpo. Não é sequer verdade que os
órgãos simples do feto iam se complicando. O olho, por exemplo, é o
resultado do ajustamento de várias partes diferentes, que, segundo parece,
foram formadas separadamente no inicio, sendo então combinadas de acordo
com um padrão predeterminado que não tem nenhuma causa física que se
possa descobrir.
Decerto, é bem verdade que os embriões de todos os mamíferos se
desenvolvem de óvulos unicelulares, que parecem quase idênticos, e que
durante os primeiros estágios permanece esta semelhança. Mas será que
este fato requer uma teoria de que todos os mamíferos se desenvolveram dos
mesmos ancestrais pré-mamíferos? Uma explicação muito mais óbvia é que,
no desenvolvimento do embrião, do seu estágio inicial de óvulo unicelular, as
partes mais simples têm que ser formadas antes que se possam desenvolver
as partes mais complicadas. Dificilmente poderíamos imaginar que os
ajustamentos mais delicados, e os órgãos complicados, pudessem chegar a
existir antes da estrutura básica à qual terão que ser ligadas. Mas postular
uma origem ancestral comum para explicar as semelhanças das primeiras
formas é tão irrazoável (citando a expressão pungente de Clark), como
imaginar que as gotas de chuva se derivam de pedregulhos, porque ambos
têm forma esférica. “Há uma conexão real, mas esta é matemática, inerente à
natureza do universo, e não se deve a qualquer conexão direta entre os
objetos”.
Pode-se dizer com segurança que não há quaisquer dados da embriologia
que não revelam a operação do desígnio e propósito deliberados dum Criador
todo sábio, mais do que a operação mecânica da seleção natural. Muito
ocasionalmente, no crescimento dum embrião, parece haver mal
funcionamento dum dos mecanismos de crescimento. Então acontece que um
novo mecanismo, totalmente diferente, pode entrar em jogo, para produzir a
estrutura desejada. As vezes, dois ou três destes mecanismos de “segurança”
são chamados a desempenhar seu papel, para garantir o desenvolvimento
apropriado do feto; mas, inexplicavelmente, começam a agir no momento
necessário. Mas sendo porém raros tais maus funcionamentos, é quase
impossível explicá-los pela teoria da “sobrevivência dos mais aptos”.
Assemelha-se muito mais à intervenção duma inteligência divina. Não é que
se pretende negar que alguns fetos se desenvolvem incorretamente,
produzindo exemplares defeituosos que dificilmente poderiam sobreviver ou
cumprir qualquer função útil. No caso dos seres humanos, os resultados
podem ser bem trágicos, e de difícil explicação. Seguindo-se as
pressuposições darwinianas, porém, seria difícil explicar o senso do patético
causado por este exemplo de disteleologia. O darwinista consistente só
poderia dar de ombros e dizer: “É surpreendente que não haja mais
exemplares deste tipo”. Não há, afinal, para o darwinista nenhuma resposta
além da seleção natural mecanística e a sobrevivência dos mais aptos”.
3) A seleção natural não pode esclarecer os inúmeros exemplos de
adaptação, nos quais não há, aparentemente, nenhum estágio transitório. A
seleção natural nos levaria a imaginar que as formigas e os cupins
aprenderam a conviver em colônias por terem descoberto, através da
experiência, que isto incrementaria suas possibilidades de sobrevivência. Não
existe, porém, qualquer evidência entre os fósseis que tenha havido formigas
ou cupins antes de surgir esta vida organizada em colônias. Ou, tomando um
exemplo da anatomia, precisamos considerar como qualquer estágio
transitório do desenvolvimento do órgão da visão poderia ter conferido
qualquer possível vantagem na batalha da sobrevivência, até a formação
completa do olho. Se o animal tivesse possuído (na sua fase transitória) uma
simples área de pele especialmente sensível à luz, e se o processo de
seleção natural se tivesse aplicado às suas sucessivas mutações, como é que
algo menos do que a própria vista poderia ter equipado o animal para
sobreviver com mais sucesso do que seus competidores que não tinham esta
pele fotossensível? A hipótese darwinista necessariamente implica em que, a
cada estágio do desenvolvimento de organismos novos e mais complicados,
até antes de poderem ser utilizados na prática, o animal em desenvolvimento
tenha gozado alguma vantagem específica sobre seus competidores. Quanto
ao exemplo, muito citado, do ciclo de crescimento dará, o princípio da seleção
natural não explica muita coisa. Pode, sim, concebivelmente servir como
explicação de como os girinos aprenderam a nadar, alimentar-se e fugir dos
inimigos mais eficientemente do que seus ancestrais menos capacitados. Mas
será que isto lança luz sobre o motivo pelo qual se transformaram finalmente
em rãs? Será que se pode argumentar com seriedade que as rãs são mais
capazes de sobreviver do que peixes? É claro que é necessário achar uma
explicação mais sofisticada do que a seleção natural meramente mecânica.
Em resumo, a teoria darwinista explica os dados da biologia muito menos
adequadamente do que a afirmação de Gênesis capítulo 1, sublimemente
singela, que todas as espécies de vida vegetal e animal surgiram como
resposta à vontade criadora de Deus onipotente e onisciente, e que seu
desenvolvimento posterior tem sido governado, em cada estágio, por Seus
desígnios. Todas as semelhanças estruturais (tais como as semelhanças
esqueléticas tão citadas para indicar uma relação genética entre o homem e
as ordens inferiores de vertebrados) podem ser esclarecidas de maneira
satisfatória como sendo uma força diretriz operando de fora (ou de cima), e
não forças mecânicas operando de dentro dos tecidos vivos, como tais.
Mesmo o fenômeno dos vestígios, que parecem ser inúteis, tais como o cócix
no término da espinha humana, não demonstra uma herança remontando até
os símios com caudas. Tais vestígios apenas testificam um plano geral ou
básico seguido pela força criadora (ou pela inteligência divina) que fez os
vários filos vertebrados.
Um semelhante costume de conservar vestígios de desenhos da engenharia
pode ser percebido no desenvolvimento do automóvel, ano após ano, desde
(digamos) o sedã Ford 1901 e o modelo de 1964. Em certos casos, vestígios
(como conservar a abertura parava manivela na base do radiador anos depois
de haver arranque automático para o carro) marcaram a evolução desta
marca de carro. O mesmo se pode dizer das “portinholas” dos modelos Buick
entre os anos de 1940 e 1950, (até o vestígio-símbolo do modelo de 1957).
Mas não se pode dizer que os modelos anteriores se tornaram mais
avançados ou mais complicados; esta foi a obra dos desenhistas e
engenheiros que produziram um modelo novo para cada ano sucessivo. Não
há nada nos dados da geologia, ou da biologia em geral, que pudesse indicar
que o procedimento do próprio Criador tenha sido essencialmente diferente.
Uma vez que um modelo, ou espécie, foi criado, então estava pronto para a
produção em massa, mediante o sistema embutido de procriação e
reprodução com o qual todos os animais são equipados - sendo que cada
espécie é controlada dentro dos limites mendelianos dos seus próprios genes
específicos.
4) O abandono moderno da teoria darwiniana da diferenciação gradual como
sendo o mecanismo pelo qual todas as classes e ordens de vida se
evolveram, levou à substituição dum novo tipo de evolução (a teria dos
quanta) que recebe o apoio da maioria dos cientistas de destaque dos nossos
dias. Mas a evolução emergente envolve fatores de mutação ou mudança tão
súbita e radical, que pode ser classificada na categoria de mero credo
filosófico incapaz de ser averiguando por métodos de laboratório, e de
explicação seguindo princípios meramente mecânicos. Na geração de Darwin,
esperava-se confiantemente que pesquisas geológicas e bio1ógicas nas
décadas subseqüentes revelariam as formas de vida que haveriam de
preencher as lacunas existentes entre as várias ordens e filos. Mas a maioria
dos cientistas do século vinte desistiram completamente desta busca.
Austin H. Clark (The New Evolution – “A Nova Evolução” - 1930, p. 189), por
exemplo, mencionou “a inteira falta de intermediários entre os principais
grupos de animais - como, por exemplo, entre os animais com espinha ou
vertebrados, os equinodermos, os moluscos e os antropóides”. Disse mais:
“Se estivermos dispostos a aceitar os fatos, teríamos que crer que nunca
existiram tais intermediários, ou, noutras palavras, que estes grupos principais
tiveram o mesmo relacionamento mútuo que até hoje conservam”.
Semelhantemente, G. G. Simpson indicou que cada uma das trinta e duas
ordens de mamíferos apareceu subitamente na história paleontológica
Declarou: “Os membros de cada ordem já têm os característicos básicos
ordinais desde seu exemplar conhecido mais primitivo, e em nenhum caso se
conhece uma seqüência quase contínua duma ordem até outra” (Time and
Mode in Evolution - “Ritmo e Modo na Evolução”, 1944, p. 106).
Clark, Simpson e seus colegas modernos se refugiaram, pois, na teoria da
evolução emergente, que afirma que novas formas dramáticas surgem ao
mero acaso, ou por algum tipo de resposta criativa a novos fatores que não
suportam mais análise ou descrição racional. Mas como é que tal explicação
(que realmente não é uma explicação, mas só um apelo à fé) pode ser
considerada uma alternativa mais razoável do que o ato criador duma
inteligência superior? Conforme a declaração de Carl Henry: “A suposição
duma emergência abrupta fica tão longe do campo de análise científica com
um apelo às forças criadoras sobrenaturais”.
Apesar destas considerações porém (ou talvez em ignorância delas), há
muitos cristãos dedicados que estão dispostos a aceitar a teoria da evolução
numa base teística. Isto quer dizer, professam lealdade à teoria do processo
mecânico de seleção natural (segundo a formulação de Darwin), ou até à mais
recente teoria emergente da evolução; mas mesmo assim insistem que a
matéria não é eterna (que os não-teístas têm que supor), mas que foi criada
por Deus ex nihilo. Além disto, consideram que o mecanismo inteiro do
processo evolutivo tenha sido planejado e controlado por Deus, e não por
alguma força misteriosa que não pode ser completamente explicada pela
ciência.
Deve ser explicado às pessoas que sustentam esta posição que,
historicamente, a teoria inteira foi elaborada para explicar o desenvolvimento
da vida em princípios mecânicos puramente naturais, sem necessitar de
qualquer influência divina. Darwin e seus colegas fizeram os maiores esforços
para derrubar o argumento pela existência de Deus, baseado na evidência de
haver desígnio na natureza, e exploraram todos os exemplos concebíveis de
disteleologia e de falta de propósito que poderiam descobrir. Mencionaram o
fato que dos milhares de ovos depositados pela mãe-peixe, só uma
porcentagem mínima sobrevive para atingir a maturidade, e que poucas
sementes caídas duma árvore sobrevivem para produzir novas árvores.
(Assim, convenientemente, deixava-se de mencionar o estoque de gêneros
alimentícios armazenado para outros animais por causa desta
superabundância). Fazia-se um esforço consistente de explicar o universo
sem a existência de Deus. Por este motivo, o evolucionismo darwiniano
tomou-se a filosofia oficial dos principais movimentos ateus do século vinte
(tais como as formas mais puras do Nazismo e do Socialismo Marxista). A
concessão de Darwin, de que um poder superior pudesse ter suprido a
matéria-prima original e os impulsos vitais que deram origem à evolução no
princípio, nem por isso deixou de ser uma negação completa da revelação
hebraico-cristã. Levou inevitavelmente ao resultado que os conceitos de moral
e de religião que se descobrem na raça humana sejam considerados a mera
combinação fortuita de moléculas, não representando, portanto, qualquer
realidade espiritual.
O evolucionismo, como filosofia ou cosmovisão realmente envolve uma
negação aberta de realidades espirituais, assim como rejeita também a
existência dum Deus pessoal. Todos os seus principais expoentes têm
declarado isto em termos inequívocos. O livro de Ernst Haeckel, The Riddle of
the Universe – “O Enigma do Universo” (1929) adotou a tese de
evolucionismo para desaprovar a religião sobrenatural, tornando-se assim,
uma das maiores influências em prol do ateísmo do século vinte. G. G.
Simpson declarou que uma aceitação total do evolucionismo é inconsistente
com a crença de que Deus está ativo no universo. O próprio Charles Darwin,
numa entrevista com um repórter dum jornal, pouco depois da publicação de
“A Origem das Espécies”, simplesmente deu de ombros perante a questão
moral em toda a sua totalidade. Quando lhe perguntaram se seu livro não
mostraria a cada criminoso como justificar suas atividades, Darwin disse que a
acusação era “uma boa sátira”, e deixou o assunto sem resposta. Levando em
conta fatores como estes, parece ser um procedimento dúbio para o cristão
convicto que quer ser leal às Escrituras, declarar-se evolucionista, a não ser
num sentido muito restrito - um sentido que de fato seria totalmente
inaceitável a Darwin e a todos os seus seguidores. Para o cristão, não há
alternativa a não ser reconhecer a seleção “natural” como sendo a seleção
divina, seja de maneira direta, seja de maneira indireta.
Fonte: www.universidadedabiblia.com.br
www.universidadedabiblia.net
quarta-feira, 14 de março de 2018
O problema da responsabilidade e da iniciativa em empresas socialistas
Responsabilidade e iniciativa em empresas comunais
Capítulo 4 do livro O cálculo econômico sob o socialismo
Por Ludwig von Mises
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque. –
São Paulo: Instituto Ludwig von Mises. Brasil, 2012.
O problema da responsabilidade e da iniciativa em empresas socialistas
é estritamente ligado ao problema do cálculo econômico. Trata-
-se de um fato universalmente aceito que, a exclusão da livre iniciativa
e da responsabilidade individual, das quais depende o sucesso
das empresas privadas, constitui a mais séria ameaça à organização
econômica socialista.
(Cf. Vorläufiger Bericht der Sozialisierungskommission über die Fragse der Sozialisierung des Kohlenbergbaues, concluído em 15 de fevereiro de 1919 (Berlin, 1919), p. 13.)
Grande parte dos socialistas silenciosamente ignora esse problema.
Já outros acreditam que podem responder a este desafio fazendo uma
alusão aos diretores-executivos das empresas. Não obstante o fato de
eles, os diretores-executivos, não serem realmente os proprietários dos
meios de produção, as empresas sob seu comando prosperam. Logo,
argumentam os socialistas, se a sociedade, em vez de os acionistas da
empresa, se tornar a proprietária dos meios de produção, então nada
terá se alterado. Os diretores-executivos não trabalhariam menos satisfatoriamente
para a sociedade do que trabalham para os acionistas.
É necessário aqui se fazer um comparativo entre dois grupos de
empresas de sociedade anônima. No primeiro grupo, que consiste
primordialmente de pequenas empresas, alguns poucos indivíduos se
unem em um empreendimento comum que assume a forma jurídica
de uma empresa. Normalmente, eles são os herdeiros dos fundadores
da empresa, ou são ex-concorrentes que decidiram se fundir. Neste
exemplo, o controle e a administração da empresa está nas mãos dos
próprios acionistas ou de pelo menos alguns dos acionistas, que comandam
a empresa de acordo com seus próprios interesses; ou nas
mãos de acionistas intimamente relacionados, como esposas, filhos
etc. São os próprios diretores, na condição de membros do conselho
de administração, que exercem a influência decisiva na conduta dos
negócios. Tal arranjo não é alterado caso parte do capital social esteja
nas mãos de um consórcio financeiro ou de um banco. Neste caso,
com efeito, a empresa só se diferencia de uma empresa comercial de
capital aberto em sua forma jurídica.
A situação se torna bastante diferente para o caso de grandes empresas,
nas quais apenas uma fatia dos acionistas — isto é, os grandes
acionistas — participa do controle efetivo da empresa. E eles normalmente
possuem tanto interesse na prosperidade da empresa quanto
qualquer proprietário. Ainda assim, é perfeitamente possível que os
interesses deles sejam diferentes dos interesses da vasta maioria dos
pequenos acionistas, que são excluídos da administração, mesmo possuindo
a maior fatia do capital social. Vários conflitos de interesse
podem ocorrer entre acionistas e diretores, principalmente quando os
negócios da empresa são geridos em prol destes últimos. Seja como
for, está claro que os verdadeiros detentores do poder nas empresas
gerem os negócios de acordo com seus próprios interesses, independentemente
de se tais interesses coincidem com os dos acionistas ou
não. No entanto, no longo prazo, é do interesse do administrador
sério, que deseja uma carreira sólida — e que não está meramente
empenhado em obter um lucro passageiro —, representar os interesses
de seus acionistas em todas as situações e evitar manipulações que
possam trazer-lhes prejuízos. Logo, o sucesso de uma empresa não
depende meramente da adoção de motivos éticos. Os interesses econômicos
são também essenciais.
A situação se altera por completo quando uma empresa é estatizada.
A motivação desaparece com a exclusão dos interesses materiais
dos empreendedores privados; e se de algum modo as estatais prosperarem,
isso se deve ao fato de elas estarem copiando “práticas de
administração” de empresas privadas, ou ao fato de estarem constantemente
sendo forçadas a adotar reformas e inovações pelos empreendedores
privados de quem elas compram instrumentos de produção e
matéria-prima.
Dado que hoje estamos em uma posição que nos permite pesquisar
décadas de empreendimentos estatais e socialistas, é algo amplamente
reconhecido que não há meios de se adotar mecanismos de estímulo
para reformar e aprimorar a produção em empresas socialistas, que
elas não são capazes de se ajustar às constantes alterações na demanda,
e que, em suma, elas são um membro morto em um organismo
econômico. Todas as tentativas de dar vida a elas até hoje têm sido
em vão. Supunha-se que uma reforma no sistema de remuneração
poderia alcançar o objetivo desejado. Se os administradores destas
empresas estivessem interessados nos seus rendimentos, imaginava-
-se que eles então estariam em uma posição comparável àquela do
administrador de grandes empresas. Esse foi um erro fatal.
Os administradores de grandes empresas estão ligados aos interesses das
empresas que eles administram de uma maneira totalmente diferente
daquela que impera em empresas estatais. Eles ou já são proprietários
de uma considerável fatia das ações da empresa ou esperam se tornar
no devido tempo. Ademais, eles estão na posição de obter lucros por
meio de especulação das ações da empresa. Eles têm a perspectiva de
legar seus cargos — ou ao menos garantir parte de sua influência —
para seus herdeiros. O tipo de administrador responsável pelo sucesso
de empresas de sociedade anônima não se assemelha em nada ao
de um complacente diretor-executivo semelhante a um funcionário
público em sua mentalidade e experiência; ao contrário, tal administrador
é necessariamente um gerente profissional, um empreendedor
e homem de negócios que está ele próprio, na condição de acionista,
interessado no bem da empresa. E é exatamente esse tipo de administrador
que toda a estatização tem o objetivo de excluir.
Em um contexto socialista, de nada adianta recorrer a estes argumentos
para garantir que uma ordem econômica construída sobre
fundamentos socialistas terá sucesso. Todos os sistemas socialistas,
inclusive aquele de Karl Marx e seus apoiadores ortodoxos, partem
da suposição de que, em uma sociedade socialista, um conflito entre
os interesses do indivíduo e do coletivo jamais poderá surgir. Todos
irão agir com total interesse em dar o seu melhor, pois ele participa
da produção de toda a atividade economia. A óbvia objeção de que
o indivíduo está muito pouco preocupado em determinar se ele pró-
prio é diligente e entusiástico, e que é da maior importância para ele
que todos os outros o sejam, é algo completamente ignorado por eles.
Quando muito, é insuficientemente abordado. Eles acreditam que
podem construir uma economia socialista tendo por base apenas o
Imperativo Categórico. O quão suave é a intenção deles em proceder
desta maneira foi bem explicitado por Kautsky quando ele diz, “Se
o socialismo é uma necessidade social, então é a natureza humana, e
não o socialismo, quem deve se reajustar às necessidades caso os dois
venham a colidir.”
(Cf. Karl Kautsky, Prefácio de “Atlanticus” [Gustav Jaeckh], Produktion und Konsum im Sozialstaat (Stuttgart: J.H.W. Dietz, 1898), p. 14.)
Isso nada mais é do que uma absoluta quimera.
Porém, mesmo se por um momento concedermos que tais expectativas
utópicas possam realmente se materializar, que cada indivíduo
em uma sociedade socialista irá se empenhar com o mesmo fervor
com que se empenha hoje em uma sociedade na qual ele está sujeito à
pressão da livre concorrência, ainda há o problema de se mensurar o
resultado da atividade econômica em uma economia que não permite
qualquer tipo de cálculo econômico. Não podemos agir de maneira
racionalmente econômica se estamos em uma situação que não nos
permite entender o que é agir de modo economicamente racional.
Uma frase popular afirma que, se os trabalhadores de empresas
estatais pensarem menos burocraticamente e mais comercialmente,
tais empresas irão funcionar tão bem quanto empresas privadas. Se
os principais cargos forem ocupados por mercadores, a renda crescerá
aceleradamente. O problema é que “mentalidade comercial” não é
algo externo, algo que pode ser arbitrariamente transferido. As qualidades
de um comerciante não dependem de aptidões inatas e nem
são adquiridas por meio de estudos em uma escola de comércio ou por
meio do trabalho em um estabelecimento comercial. Tampouco dependem
de ele já ter sido um homem de negócios durante algum tempo.
A atitude e a vivacidade comercial de um empreendedor surge de
sua posição no processo econômico; porém, ela é perdida quando ele
sai desse ramo.
Quando um homem de negócios bem sucedido é nomeado gerente
de uma empresa estatal, ele ainda pode trazer consigo alguma experi-
ência de sua atividade anterior e, com isso, ser capaz de fazer proveitoso
uso dela por algum tempo. No entanto, com sua entrada na atividade
estatal, ele deixa de ser um comerciante e se torna uma burocrata
igual a qualquer outro funcionário público que ganhou uma sinecura
no setor estatal. Não é o conhecimento de regras de contabilidade, de
organização empresarial ou do estilo de comunicação comercial que
fazem de um indivíduo um bom comerciante, mas sim sua posição
representativa no processo de produção, o qual permite a identifica-
ção entre seus interesses e os da empresa. Otto Bauer [proeminente
pensador marxista e líder Partido Social-Democrata Austríaco] não está
apresentando nenhuma solução quando propõe, em sua mais recente
obra publicada, que os diretores do Banco Central Nacional, para os
quais será concedido o comando do processo econômico, sejam nomeados
por um conselho diretor, do qual também participariam representantes
do sindicato dos professores do ensino médio.
(3 Cf. Otto Bauer, Der Weg zum Sozialismus (Vienna: Ignaz Brand, 1919), p. 25.)
Assim como os filósofos de Platão, os diretores nomeados podem até ser os
mais brilhantes e sábios de sua categoria, mas eles não podem se portar
como mercadores ocupando cargos de comando de uma sociedade
socialista, mesmo que eles já tenham sido mercadores anteriormente.
Trata-se de uma reclamação geral o fato de que a administração de
empresas estatais não possui iniciativa. Os socialistas creem que isso
pode ser remediado por meio de mudanças na organização. Trata-se
de outro erro atroz. A administração de uma empresa socialista não
pode ser inteiramente colocada nas mãos de um único indivíduo, pois
sempre haverá uma constante suspeita de que ele irá tirar proveito de
tal situação e, com isso, permitir que seus erros que inflijam pesados
danos à sociedade. Por outro lado, se as decisões importantes tornarem-se
dependentes dos votos de comitês, ou do consentimento de
importantes funcionários do governo, então se está impondo limita-
ções na iniciativa deste indivíduo. Comitês raramente são propensos
a introduzir inovações ousadas.
A ausência de livre iniciativa nas empresas estatais decorre não
de uma ausência de organização, mas sim do fato de isso ser algo inerente
à natureza desse tipo de organização. Não se pode permitir que
um empregado tenha a liberdade de organizar livremente os fatores
de produção, por mais alto que ele esteja no escalão da burocracia. A
tentação para tirar vantagem da situação será enorme. Quanto mais
acentuado for o seu interesse material na consecução de suas atribui-
ções, menor será a possibilidade de a ele ser designada tal tarefa. Pois,
na prática, ele poderá no máximo ser moralmente responsabilizado
pelas perdas geradas. Ele não terá como restituir seus erros. Portanto,
no socialismo, as fraquezas éticas são justapostas às oportunidades
de ganhos materiais.
Já sob um arranjo liberal, o dono da propriedade arcará ele próprio
com a responsabilidade, pois ele será o principal atingido pelo prejuí-
zo de ter conduzido seus negócios imprudentemente. É precisamente
neste quesito que existe uma percuciente diferença entre o modo de
produção liberal e o modo de produção socialista
Capítulo 4 do livro O cálculo econômico sob o socialismo
Por Ludwig von Mises
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque. –
São Paulo: Instituto Ludwig von Mises. Brasil, 2012.
O problema da responsabilidade e da iniciativa em empresas socialistas
é estritamente ligado ao problema do cálculo econômico. Trata-
-se de um fato universalmente aceito que, a exclusão da livre iniciativa
e da responsabilidade individual, das quais depende o sucesso
das empresas privadas, constitui a mais séria ameaça à organização
econômica socialista.
(Cf. Vorläufiger Bericht der Sozialisierungskommission über die Fragse der Sozialisierung des Kohlenbergbaues, concluído em 15 de fevereiro de 1919 (Berlin, 1919), p. 13.)
Grande parte dos socialistas silenciosamente ignora esse problema.
Já outros acreditam que podem responder a este desafio fazendo uma
alusão aos diretores-executivos das empresas. Não obstante o fato de
eles, os diretores-executivos, não serem realmente os proprietários dos
meios de produção, as empresas sob seu comando prosperam. Logo,
argumentam os socialistas, se a sociedade, em vez de os acionistas da
empresa, se tornar a proprietária dos meios de produção, então nada
terá se alterado. Os diretores-executivos não trabalhariam menos satisfatoriamente
para a sociedade do que trabalham para os acionistas.
É necessário aqui se fazer um comparativo entre dois grupos de
empresas de sociedade anônima. No primeiro grupo, que consiste
primordialmente de pequenas empresas, alguns poucos indivíduos se
unem em um empreendimento comum que assume a forma jurídica
de uma empresa. Normalmente, eles são os herdeiros dos fundadores
da empresa, ou são ex-concorrentes que decidiram se fundir. Neste
exemplo, o controle e a administração da empresa está nas mãos dos
próprios acionistas ou de pelo menos alguns dos acionistas, que comandam
a empresa de acordo com seus próprios interesses; ou nas
mãos de acionistas intimamente relacionados, como esposas, filhos
etc. São os próprios diretores, na condição de membros do conselho
de administração, que exercem a influência decisiva na conduta dos
negócios. Tal arranjo não é alterado caso parte do capital social esteja
nas mãos de um consórcio financeiro ou de um banco. Neste caso,
com efeito, a empresa só se diferencia de uma empresa comercial de
capital aberto em sua forma jurídica.
A situação se torna bastante diferente para o caso de grandes empresas,
nas quais apenas uma fatia dos acionistas — isto é, os grandes
acionistas — participa do controle efetivo da empresa. E eles normalmente
possuem tanto interesse na prosperidade da empresa quanto
qualquer proprietário. Ainda assim, é perfeitamente possível que os
interesses deles sejam diferentes dos interesses da vasta maioria dos
pequenos acionistas, que são excluídos da administração, mesmo possuindo
a maior fatia do capital social. Vários conflitos de interesse
podem ocorrer entre acionistas e diretores, principalmente quando os
negócios da empresa são geridos em prol destes últimos. Seja como
for, está claro que os verdadeiros detentores do poder nas empresas
gerem os negócios de acordo com seus próprios interesses, independentemente
de se tais interesses coincidem com os dos acionistas ou
não. No entanto, no longo prazo, é do interesse do administrador
sério, que deseja uma carreira sólida — e que não está meramente
empenhado em obter um lucro passageiro —, representar os interesses
de seus acionistas em todas as situações e evitar manipulações que
possam trazer-lhes prejuízos. Logo, o sucesso de uma empresa não
depende meramente da adoção de motivos éticos. Os interesses econômicos
são também essenciais.
A situação se altera por completo quando uma empresa é estatizada.
A motivação desaparece com a exclusão dos interesses materiais
dos empreendedores privados; e se de algum modo as estatais prosperarem,
isso se deve ao fato de elas estarem copiando “práticas de
administração” de empresas privadas, ou ao fato de estarem constantemente
sendo forçadas a adotar reformas e inovações pelos empreendedores
privados de quem elas compram instrumentos de produção e
matéria-prima.
Dado que hoje estamos em uma posição que nos permite pesquisar
décadas de empreendimentos estatais e socialistas, é algo amplamente
reconhecido que não há meios de se adotar mecanismos de estímulo
para reformar e aprimorar a produção em empresas socialistas, que
elas não são capazes de se ajustar às constantes alterações na demanda,
e que, em suma, elas são um membro morto em um organismo
econômico. Todas as tentativas de dar vida a elas até hoje têm sido
em vão. Supunha-se que uma reforma no sistema de remuneração
poderia alcançar o objetivo desejado. Se os administradores destas
empresas estivessem interessados nos seus rendimentos, imaginava-
-se que eles então estariam em uma posição comparável àquela do
administrador de grandes empresas. Esse foi um erro fatal.
Os administradores de grandes empresas estão ligados aos interesses das
empresas que eles administram de uma maneira totalmente diferente
daquela que impera em empresas estatais. Eles ou já são proprietários
de uma considerável fatia das ações da empresa ou esperam se tornar
no devido tempo. Ademais, eles estão na posição de obter lucros por
meio de especulação das ações da empresa. Eles têm a perspectiva de
legar seus cargos — ou ao menos garantir parte de sua influência —
para seus herdeiros. O tipo de administrador responsável pelo sucesso
de empresas de sociedade anônima não se assemelha em nada ao
de um complacente diretor-executivo semelhante a um funcionário
público em sua mentalidade e experiência; ao contrário, tal administrador
é necessariamente um gerente profissional, um empreendedor
e homem de negócios que está ele próprio, na condição de acionista,
interessado no bem da empresa. E é exatamente esse tipo de administrador
que toda a estatização tem o objetivo de excluir.
Em um contexto socialista, de nada adianta recorrer a estes argumentos
para garantir que uma ordem econômica construída sobre
fundamentos socialistas terá sucesso. Todos os sistemas socialistas,
inclusive aquele de Karl Marx e seus apoiadores ortodoxos, partem
da suposição de que, em uma sociedade socialista, um conflito entre
os interesses do indivíduo e do coletivo jamais poderá surgir. Todos
irão agir com total interesse em dar o seu melhor, pois ele participa
da produção de toda a atividade economia. A óbvia objeção de que
o indivíduo está muito pouco preocupado em determinar se ele pró-
prio é diligente e entusiástico, e que é da maior importância para ele
que todos os outros o sejam, é algo completamente ignorado por eles.
Quando muito, é insuficientemente abordado. Eles acreditam que
podem construir uma economia socialista tendo por base apenas o
Imperativo Categórico. O quão suave é a intenção deles em proceder
desta maneira foi bem explicitado por Kautsky quando ele diz, “Se
o socialismo é uma necessidade social, então é a natureza humana, e
não o socialismo, quem deve se reajustar às necessidades caso os dois
venham a colidir.”
(Cf. Karl Kautsky, Prefácio de “Atlanticus” [Gustav Jaeckh], Produktion und Konsum im Sozialstaat (Stuttgart: J.H.W. Dietz, 1898), p. 14.)
Isso nada mais é do que uma absoluta quimera.
Porém, mesmo se por um momento concedermos que tais expectativas
utópicas possam realmente se materializar, que cada indivíduo
em uma sociedade socialista irá se empenhar com o mesmo fervor
com que se empenha hoje em uma sociedade na qual ele está sujeito à
pressão da livre concorrência, ainda há o problema de se mensurar o
resultado da atividade econômica em uma economia que não permite
qualquer tipo de cálculo econômico. Não podemos agir de maneira
racionalmente econômica se estamos em uma situação que não nos
permite entender o que é agir de modo economicamente racional.
Uma frase popular afirma que, se os trabalhadores de empresas
estatais pensarem menos burocraticamente e mais comercialmente,
tais empresas irão funcionar tão bem quanto empresas privadas. Se
os principais cargos forem ocupados por mercadores, a renda crescerá
aceleradamente. O problema é que “mentalidade comercial” não é
algo externo, algo que pode ser arbitrariamente transferido. As qualidades
de um comerciante não dependem de aptidões inatas e nem
são adquiridas por meio de estudos em uma escola de comércio ou por
meio do trabalho em um estabelecimento comercial. Tampouco dependem
de ele já ter sido um homem de negócios durante algum tempo.
A atitude e a vivacidade comercial de um empreendedor surge de
sua posição no processo econômico; porém, ela é perdida quando ele
sai desse ramo.
Quando um homem de negócios bem sucedido é nomeado gerente
de uma empresa estatal, ele ainda pode trazer consigo alguma experi-
ência de sua atividade anterior e, com isso, ser capaz de fazer proveitoso
uso dela por algum tempo. No entanto, com sua entrada na atividade
estatal, ele deixa de ser um comerciante e se torna uma burocrata
igual a qualquer outro funcionário público que ganhou uma sinecura
no setor estatal. Não é o conhecimento de regras de contabilidade, de
organização empresarial ou do estilo de comunicação comercial que
fazem de um indivíduo um bom comerciante, mas sim sua posição
representativa no processo de produção, o qual permite a identifica-
ção entre seus interesses e os da empresa. Otto Bauer [proeminente
pensador marxista e líder Partido Social-Democrata Austríaco] não está
apresentando nenhuma solução quando propõe, em sua mais recente
obra publicada, que os diretores do Banco Central Nacional, para os
quais será concedido o comando do processo econômico, sejam nomeados
por um conselho diretor, do qual também participariam representantes
do sindicato dos professores do ensino médio.
(3 Cf. Otto Bauer, Der Weg zum Sozialismus (Vienna: Ignaz Brand, 1919), p. 25.)
Assim como os filósofos de Platão, os diretores nomeados podem até ser os
mais brilhantes e sábios de sua categoria, mas eles não podem se portar
como mercadores ocupando cargos de comando de uma sociedade
socialista, mesmo que eles já tenham sido mercadores anteriormente.
Trata-se de uma reclamação geral o fato de que a administração de
empresas estatais não possui iniciativa. Os socialistas creem que isso
pode ser remediado por meio de mudanças na organização. Trata-se
de outro erro atroz. A administração de uma empresa socialista não
pode ser inteiramente colocada nas mãos de um único indivíduo, pois
sempre haverá uma constante suspeita de que ele irá tirar proveito de
tal situação e, com isso, permitir que seus erros que inflijam pesados
danos à sociedade. Por outro lado, se as decisões importantes tornarem-se
dependentes dos votos de comitês, ou do consentimento de
importantes funcionários do governo, então se está impondo limita-
ções na iniciativa deste indivíduo. Comitês raramente são propensos
a introduzir inovações ousadas.
A ausência de livre iniciativa nas empresas estatais decorre não
de uma ausência de organização, mas sim do fato de isso ser algo inerente
à natureza desse tipo de organização. Não se pode permitir que
um empregado tenha a liberdade de organizar livremente os fatores
de produção, por mais alto que ele esteja no escalão da burocracia. A
tentação para tirar vantagem da situação será enorme. Quanto mais
acentuado for o seu interesse material na consecução de suas atribui-
ções, menor será a possibilidade de a ele ser designada tal tarefa. Pois,
na prática, ele poderá no máximo ser moralmente responsabilizado
pelas perdas geradas. Ele não terá como restituir seus erros. Portanto,
no socialismo, as fraquezas éticas são justapostas às oportunidades
de ganhos materiais.
Já sob um arranjo liberal, o dono da propriedade arcará ele próprio
com a responsabilidade, pois ele será o principal atingido pelo prejuí-
zo de ter conduzido seus negócios imprudentemente. É precisamente
neste quesito que existe uma percuciente diferença entre o modo de
produção liberal e o modo de produção socialista
Dezoito Mentiras da Nova Era
Por Robert Pye
[As partes entre colchetes são meus comentários]
Embora possam diferir entre si de diversas formas superficiais, todo grupo de Nova Era subscreve à maioria, se não a todas, das seguintes crenças:
Mentira 1: O Homem Pode Se Tornar um Deus
Esta é uma das crenças mais comuns da Nova Era, um tipo de brado de união. Como Lúcifer está tentando destronar Deus, ele quer da mesma forma que seus seguidores acreditem que eles também possam se tornar deuses. Isto está em conflito violento com o Cristianismo. Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden porque quiseram se tornar deuses. A Bíblia nos dá o seguinte como a única razão para a Queda do homem:
"Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." [Gênesis 3:4-5].
Esta é a essência da filosofia de Nova Era! A promessa de imortalidade, iluminação e divindade! Jesus Cristo veio ao mundo para salvar o homem desse engano terrível, a maior de todas as mentiras de Satanás.
Observe como o Diabo diz que os "olhos" deles serão abertos. Esta é a antiga promessa ocultista de abrir o Terceiro Olho da visão [, de despertar, de iluminação (mas uma iluminação muito diferente da que o evangelho fala)], enquanto que "conhecer o bem e o mal" significa compreender como as forças dualísticas operam. Os magos procuram obter esse conhecimento de forma a conseguirem manipular a Força.
Mentira 2: A Força é o Espírito Santo
Esta é uma das crenças mais subversivas da Nova Era, uma mentira terrível. Por meio dela, os cristãos são levados a negligenciarem seu relacionamento com Deus e a confiarem, em vez disso, em uma variedade de "técnicas" que os conectam com a Força. Eles aprendem que este é o modo moderno de alguém ter o Espírito Santo em sua vida e que os modos antigos estão obsoletos, pois eram mais adequados às necessidades, eles dizem, de uma tribo atrasada do deserto. Gradualmente, os novos aderentes são induzidos a deixarem de lado a oração, o meio que o Senhor Deus nos deu para abrir nossos corações ao Espírito Santo e para nos proteger do poder das trevas.
Mentira 3: Deus É Impessoal
Esta é uma crença muito sagaz. Afirmando que Deus é tão vasto e tão incompreensível que nenhum ser humano desprezível poderia algum dia conhecê-lo, eles fazem Deus parecer impossivelmente distante. Em vez disso, eles dizem: "Deus nos enviou anjos, mestres, semideuses e espíritos-guia para nos mostrarem o caminho e nos liderarem do nosso estado humano frágil até os elevados planos de Deus, onde nós também nos tornaremos deuses."
Este ensino pernicioso está totalmente em divergência com aquilo que Deus nos revelou por meio de Sua palavra, a Bíblia Sagrada. A verdade é que Deus é pessoal. Como o profeta escreveu, "Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?" [Jeremias 23:23].
Mentira 4: Tudo Está em Evolução, Incluindo a Alma
Esta é uma crença altamente sedutora, pois, se apresentada no modo correto, pode parecer supremamente lógica. Ela caminha de mãos dadas com os princípios da reencarnação e do carma (discutidas em seguida).
Charles Darwin desenvolveu esta ideia em seu famoso livro A Origem das Espécies (1859), mas estava relutante em publicá-la, em parte porque sabia que a ideia da Evolução não poderia ter validade sem um mecanismo para transmitir as mutações benéficas de uma geração para a outra. Isto foi "solucionado" no século 20 por meio da ciência da Genética, que argumenta que as espécies evoluem por meio de mutações casuais, que conferem alguma vantagem no meio ambiente, e são assim retidas e passadas para as gerações futuras. A imensa fraqueza dessa hipótese é que as mutações deletérias e não fatais, sendo infinitamente mais frequentes, também entrariam no banco genético e levariam com o tempo à deterioração de uma espécie!
A Evolução também ignora a verdadeiramente extraordinária variedade de formas que são possíveis a partir do mesmo conjunto de genes — veja a variedade morfológica e comportamental entre os cães! Os evolucionistas também convenientemente ignoram o papel crucial exercido na expressão dos fenótipos pela operação dos gatilhos ambientais. Em resumo, a "ciência" da Evolução é na verdade uma crença religiosa, patrocinada por grupos que são intensamente hostis ao Cristianismo e que estão decididos a eliminarem a necessidade de um Criador.
A alma não evolui. Ela era perfeitamente justa quando Deus a criou [e pelo contrário, não melhorou, caiu, perdeu, degenerou]. Entretanto, os gurus da Nova Era gostam de pregar que a alma está evoluindo, pois isto lhes dá um amplo terreno para enganar os incautos e colocar milhares deles sob seu controle.
(...)
Mentira 5: O Carma e a Reencarnação São Leis Básicas da Vida
Estas são realmente duas mentiras, mas vamos considerá-las juntas, pois são normalmente vendidas em um pacote único pelo Movimento de Nova Era. O carma é a crença que toda ação humana gera uma reação perfeitamente correspondente que se propaga na curva contínua do espaço-tempo e retorna para nós em alguma data futura. Eles gostam de citar um provérbio bíblico em suporte a isto: "Colhemos aquilo que semeamos".
Entretanto, o verso bíblico completo diz: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." [Gálatas 6:7]. A Bíblia não está falando aqui sobre carma, mas sobre o julgamento de Deus! [Veja que é uma tentativa de tirar a atribuição de Deus, de julgar, e colocá-la simplesmente como uma lei mecânica da natureza]
(...)
Os aderentes de Nova Era gostam de citar o carma como a Lei da Responsabilidade Pessoal, quando na realidade é o oposto, um mecanismo que permite a alguém se comportar da forma que quiser, sabendo plenamente que em alguma data futura tudo estará equilibrado e nenhum prejuízo fundamental terá sido praticado.
Como os aderentes de Nova Era acreditam que a Lei do Carma não poderia operar em efeito total durante uma única vida, eles propõem uma longa série de vidas ao longo das quais a alma "amadurece" e lida com seu carma ruim [baseado no sistema de crenças hinduístas que também é politeísta, panteísta, idólatra, etc.]. O resultado final desse longo processo evolucionário é, supostamente, a Realização de Deus, a grande iluminação em que a Alma finalmente se torna um deus. Portanto, a reencarnação é divulgada como um mecanismo infalível de auto-aperfeiçoamento, por meio da qual as imaturidades e defeitos de um indivíduo são gradualmente refinados e eliminados [, mas como a pessoa estaria aprendendo se a cada suposta reencarnaçao esquece tudo?]. Esse processo enganador tem o propósito de garantir que ninguém se preocupe seriamente com sua salvação pessoal, pois, como os aderentes da Nova Era afirmam, todos estão salvos desde o início, de modo que quem precisa de um Salvador? Novamente, Lúcifer está alcançando um grande objetivo quando faz alguém aceitar essa filosofia sinistra.
O Movimento de Nova Era tenta de vários modos promover a reencarnação entre os cristãos. O principal deles é a regressão hipnótica, em que o indivíduo é colocado em um estado similar a um transe e é induzido a se lembrar de episódios de suas "vidas passadas". Este é um truque extremamente inteligente, pois a hipnose, por sua própria natureza, expõe aqueles que a experimentam às influências demoníacas. A implantação de "memórias" torna-se assim fácil de conseguir.
Os aderentes de Nova Era também gostam de citar os casos de crianças que se lembram de suas vidas passadas. Isto é altamente desonesto, pois as crianças são muito mais facilmente sugestionáveis e propensas a aceitarem todos os tipos de mitos e histórias como parte de sua realidade pessoal. Se uma criança nasceu em uma família com inclinações para o ocultismo, ela também estará exposta aos espíritos imundos e poderá receber a implantação de "memórias" baseadas em fatos verificáveis.
É interessante observar que a grande arquiteta que está por trás da maioria das filosofias de Nova Era, Madame Blavatsky, não afirmou ela mesma o princípio da reencarnação em sua primeira grande obra, Ísis Sem Véu. Se o fato da reencarnação ser um dogma tão central do pensamento de Nova Era, então por que não foi mencionado nem uma única vez naquele tomo monumental com mais de 1.470 páginas? A razão é simples — ela não tinha ainda sido identificada (em 1877) como um ingrediente importante na bebida fermentada tóxica que Lúcifer estava preparando para os incautos.
Se você tem alguma dúvida sobre a aliança de Blavatsky com o reino de Lúcifer, talvez queira saber que ela deu o nome de Lúcifer à sua revista teosófica e a editora fundada por seus discípulos para propagar as obras dela foi chamada inicialmente de Lucifer Publishing Company (mais tarde renomeada como Lucis Trust). Os livros dela, Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta, estão repletos de filosofia luciferiana.
As pessoas pensam tolamente que possam receber nutrição de certas crenças de Nova Era, em combinação com sua fé cristã, mas isto não é possível. Como a Bíblia diz: "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" [Tiago 3:11]. Se um movimento é luciferiano em qualquer aspecto particular, ele é luciferiano em sua totalidade.
Mentira 6: Tudo Está Conectado
Todas as mentiras da Nova Era são engenhosamente fabricadas, mas talvez nenhuma seja tão sagaz quanto esta. Embora possa parecer bastante inocente, ela está imersa em veneno.
À primeira vista, isto significa que tudo no universo está conectado de um modo tangível, porém sutil, com tudo o mais. Isto é algumas vezes descrito como um grande mar de consciência. Entretanto, quando isto é levado até sua conclusão lógica, significa também que o céu e o inferno estão unidos, e que o bem e o mal de algum modo são produzidos a partir de um mesmo material.
Isto é exatamente o que Lúcifer quer que os cristãos pensem. Não somente isto semeia a confusão, mas faz o incauto perambular pelos reinos tenebrosos na crença errônea que a assim chamada conectividade de tudo lhe permitirá retornar outra vez. Isto é destinado a enganar as pessoas a acreditarem que a separação de Deus é impossível. Se é impossível, então por que você necessita de um Salvador? Veja a engenhosidade de todo este conceito!
Mentira 7: Jesus Tinha a Consciência de um Cristo
Jesus Cristo não tinha a consciência de um Cristo — Ele era (e é) o Cristo. Ele era (e é) totalmente Deus e totalmente homem. Tentando separar Jesus de sua divindade, os aderentes da Nova Era estão sendo extremamente insidiosos. Por um lado, eles parecem reconhecer Jesus como um mensageiro especial de Deus (uma grande degradação, é claro, mas ainda assim uma concessão generosa), colocando-o ao lado de outras figuras proeminentes na história das religiões. Deste modo, a consciência de Cristo se torna um estado acessível para qualquer um com o grau correto de desenvolvimento espiritual.
Este é um exemplo tão óbvio de tapeação que todo cristão deveria reconhecer imediatamente. É triste dizer, mas muitos cristãos hoje não conseguem fazer isto.
Observe como o Redentor é continuamente solapado pelo Movimento de Nova Era. Primeiro, com a reencarnação, ninguém precisa ser salvo, pois todos, eles elegam, estão no processo de salvar a si mesmos. Em seguida, como se isso não fosse suficiente, a "conectividade" de todas as coisas garante que ninguém estará separado de forma permanente de Deus, novamente tornando o Salvador desnecessário. Em seguida, acima de tudo isto, qualquer número de almas superevoluídas pode alcançar a "consciência" de Cristo, tornando assim Jesus Cristo redundante.
Você não sente o fedor de Lúcifer em tudo isto?
Mentira 8: Os Mestres Ascensionados Nos Levarão a Deus
Este truque está relacionado com a Mentira 7. De acordo com a filosofia da Nova Era, um Mestre Ascencionado é um personagem nos planos mais internos que alcançou o mais alto estágio do desenvolvimento espiritual e está autorizado por Deus a guiar as almas no "plano físico". Essas almas são geralmente informadas que são as escolhidas.
Esses Mestres Ascensionados algumas vezes "canalizam" seus ensinos por meio de seus principais discípulos aqui na Terra, que os colocam na forma escrita para uso do movimento como um todo. Alguns desses impostores desencarnados até mesmo afirmam serem mais espiritualmente elevados do que Jesus e, em alguns casos, afirmam terem ajudado Jesus em seu "treinamento". No que se refere aos Mestres Ascencionados, parece que nenhuma falsidade é absurda demais.
Muitos gurus da Nova Era afirmam que já alcançaram o elevado estado da "Consciência de Deus". O "homem-deus" vivo frequentemente afirma ter um grupo de mestres ascencionados, [ou cristos, ou gurus, ou iluminados, ou juízes do carma...] que trabalham com ele, e que se comunicam com seus discípulos durante a meditação/contemplação ou em seus sonhos.
O que podemos dizer de tudo isto? Parece que as pessoas deixam seu senso comum em casa quando saem para procurar a verdade. Depois de aceitar os "encantos" de um guru, a pessoa fica literalmente sob o poder de um encantamento. Esta é a principal razão por que os seguidores dos caminhos da Nova Era nunca consideram seriamente a possibilidade de os "Mestres Ascencionados" que eles reverenciam serem apenas demônios disfarçados.
Os aderentes da Nova Era podem argumentar que exatamente a mesma crítica pode ser feita aos católicos, que oram aos santos ou à Virgem Maria. Poderiam esses seres sobrenaturais terem também uma origem demoníaca? É claro que sim!. Os aderentes da Nova Era estão violando a instrução que recebemos de Jesus Cristo, isto é, que quando orarmos, devemos dirigir a oração somente ao nosso Pai Celestial. A Virgem Maria é frequentemente apresentada pela Igreja Católica como uma mediadora válida entre o homem e Deus, o Pai. Isto solapa o papel singular de Jesus Cristo como nosso Redentor e leva o fiel a adorar a mesma deusa adorada pelos pagãos e bruxos. (Um ex-bruxo de alto nível já declarou que os católicos se alternam tão facilmente para a feitiçaria por que já adoram uma deusa.) Neste sentido, a Igreja Católilca, em sua forma mariana, é parte do Movimento de Nova Era e, provavelmente, exercerá um papel central na vindoura Religião Mundial Única.
Mentira 9: Todas as Religiões São Válidas
Isto normalmente é anunciado como um princípio de tolerância, com o qual qualquer um que ame a Deus deveria concordar. Os aderentes da Nova Era gostam de retratar os cristãos fundamentalistas como fanáticos, que vivem no passado, e não possuem a visão espiritual necessária para reconhecer que todas as religiões são válidas. Eles dizem que Deus enviou muitos ótimos instrutores, para muitas tradições religiosas diferentes, para levar a Alma de volta ao seu verdadeiro lar. A variedade de sistemas de crença, eles afirmam, tem o propósito de atender às necessidades dos indivíduos e dos muitos diferentes "estados de consciência" que existem entre as pessoas de todas as nações.
Este é outro estratagema inteligente. Ele tenta fazer você se sentir um estúpido por ser ortodoxo, por se firmar em suas crenças estreitas, introvertidas e exclusivas. Como você pode ser tão arrogante ao ponto de afirmar que o Cristianismo é o único caminho para Deus? Este é exatamente o tipo de intolerância, eles dizem, que leva à hostilidade e às guerras. Independente de como o argumento seja apresentado, a conclusão é sempre a mesma — se você é realmente uma pessoa espiritual, não pode ser um cristão ortodoxo e que carrega a Bíblia.
Isto é levado a um grau extremo por alguns campeões da Nova Era, que afirmam que o mundo seria um lugar melhor se o Cristianismo, ou como eles frequentemente o chamam, a religião monoteísta, fosse removida da face da Terra.
(...)
Mentira 10: As Iniciações São Necessárias Para Avançar a Espiritualidade
O Movimento de Nova Era coloca grande importância nas iniciações. O uso das iniciações sempre foi central na magia, no Gnosticismo, na Cabala e na Maçonaria. Por exemplo, o Rito Escocês da Maçonaria tem 33 "graus", ou iniciações (e outros além desses, reservados para a elite), Reiki normalmente tem três, a Wicca tem três, enquanto que Eckankar tem catorze. A Cientologia parece não usar a palavra "iniciação", porém mesmo assim tem vários níveis de progressão que correspondem aos níveis de iniciação. Virtualmente todo caminho da Nova Era tem pelo menos uma iniciação e a maioria tem múltiplos níveis, dependendo do progresso e comprometimento do indivíduo. Frequentemente a promesa de outra iniciação maior é usada como uma cenoura para manter os seguidores e fazê-los avançar mais, sob o controle psíquico de um guru.
O momento que um cristão toma uma iniciação em um desses caminhos, ele se enfraquece espiritualmente. Até mesmo a Meditação Transcendental é iniciática, envolvendo um rito religioso em que o candidato se torna um devoto, mesmo que indiretamente, de uma deidade hindu inferior. Muitos grupos tentam apresentar esses ritos como puramente simbólicos ou cerimoniais em sua natureza, sem uma dimensão espiritual real. Mas, eles têm essa dimensão! Todas as iniciações são contratos com a Força.
O batismo cristão não é uma iniciação, mas uma imersão no Espírito Santo. Ele não tem nada que ver com a Força.
Qualquer cristão que siga uma iniciação destrói sua capacidade de oferecer oração eficaz. Mesmo que nunca se envolva outra vez em uma atividade ocultista, esse cristão quase que certamente foi neutralizado como um servo do Senhor. O melhor caminho para lidar com isto é renunciar à iniciação, preferencialmente de forma escrita, e participar de uma cerimônia de Renovação do Batismo.
Se você ainda tem dúvidas sobre a essência luciferiana do Movimento de Nova Era, considere a seguinte citação de David Spangler, um de seus principais porta-vozes:
"Ninguém terá a permissão de entrar na Nova Era se não fizer a iniciação luciferiana... Quando o homem entrou na jornada do eu, entrou em uma grande aventura criativa, de aprendizado do significado da divindade por meio da aceitação de si mesmo. O ser que o ajuda a alcançar este ponto é Lúcifer, o anjo da evolução do homem... Lúcifer é um agente do amor de Deus... Cristo é a mesma força que Lúcifer... Lúcifer prepara o homem para a experiência de ser um Cristo. Lúcifer trabalha dentro de cada um de nós para nos levar até a plenitude, à medida que nos movemos para a Nova Era." — Reflections on the Christ.
Isto foi escrito em 1977, quando o Movimento de Nova Era era menos cuidadoso em disfarçar sua sinistra agenda luciferiana. Os arquitetos da maioria das seitas de Nova Era tomam o cuidado de ocultar isto e, provavelmente, lamentam que Spangler, Bailey, Blavatsky e outros tenham sido tão enfáticos sobre o papel central que Lúcifer exerce em toda a filosofia deles. Se existem três palavras que resumem o Movimento de Nova Era, elas são: Enganação! Enganação! Enganação!
Mentira 11: A Era de Aquário Marca a Aurora de uma Consciência Mais Elevada na Terra
Esta é outra falácia atraente. Ela oferece esperança a qualquer um que esteja escravizado pelo materialismo. Entretanto, a Era Dourada proposta, que deve aparecer com uma grande transição no relógio astrológico, é apenas um truque [mesmo segundo os próprios cálculos astrológicos que na verdade colocam a era de aquário, a nova era, como inciando apena por volata do ano 2150]. Os muitos livros que promovem a assim chamada Convergência Harmônica de 2012 estão tecendo uma teia de ilusão. Os grandes arquitetos do engano da Nova Era sabem que, se inundarem o mercado com livros suficientes, que se propõem a provar que uma nova Era Dourada está prestes a iniciar, isto gradualmente ganhará aceitação. É o que está acontecendo.
Existe uma razão adicional por que esta ideia está sendo promovida com tanta insistência. Os Illuminati estão preparando o caminho para seu Cristo da Nova Era, a quem eles algumas vezes chamam de Maitreia [Matreya ou Metteya seria segundo o budismo a segunda vinda de um buda à Terra, mas para isso acontecer seria necessário que todo o ensinamento do primeiro já houvesse desaparecido ou mesmo a lembrança de que ele existiu, portantanto, mesmo nos moldes do próprio budismo essa aparição seria uma farsa nesses tempos atuais]. Eles querem retratar isto como a Segunda Vinda de Cristo [(uns chegam a afirmar que Buda foi uma encarnação anterior de Jesus)] e induzir os cristãos de toda a parte a aceitarem a iniciação na religião única que eles estão preparando. Essa iniciação será um veneno para todos os seguidores de Cristo que se submeterem a ela.
Se você estiver familiarizado com a Bíblia e com as profecias no livro do Apocalipse, reconhecerá esta figura, o "Messias da Nova Era", como o Anticristo. Tudo indica que esse cenário do fim dos tempos está se desdobrando diante de nós e que uma pavorosa série de eventos deverá ter início em algum momento em breve.
(...)
A Bíblia deixa bem claro que estes eventos ocorrerão. O próprio Jesus não sabia quando eles teriam início, de modo que pediu que todos os Seus discípulos estejam sempre vigilantes:
"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai." [Marcos 13:32-37].
Infelizmente, poucos cristãos hoje estão fazendo aquilo que Jesus nos instruiu a fazer.
Mentira 12: O Conceito de Mal Está Fora de Moda
A maioria dos membros dos grupos de Nova Era é ensinada a acreditar que o conceito bíblico do mal é fora de moda e, possivelmente, até prejudicial. Em vez disso, eles afirmam que tudo precisa estar em equilíbrio, que a ordem sempre precisa fluir a partir da desordem, e que todo ato maligno é no fim transmutado em um resultado que reflete a vontade beneficiente de Deus. A ideia do mal absoluto, eles dizem, é fabricada pelas religiões monoteístas para reforçar o controle pelo medo que eles exercem sobre seus membros. Na filosofia deles, um Deus verdadeiramente benigno nunca permitiria que o mal desse tipo existisse.
(...) A vontade dele [, de Satã,] é oposta à vontade de Deus em tudo e é, portanto, mal no sentido mais tenebroso possível.
Alguns grupos de Nova Era chegam até a apresentar Satanás como um agente indicado por Deus para testar a Alma e fazê-la passar pelos rigores da purificação necessária para entrar nos mundos elevados de Deus [, algumas, inclusive das que fui membro, afirmam que não existe Lúcifer mau, mas Cristo-Lúcifer (filho de Deus) e que Satã é apenas sua sombra envida por este para nos provar e nos aperfeiçoar]. Esta é uma tapeação engenhosa, pois cega completamente o aderente para a profundidade e malignidade do plano de Satanás.
Apesar da enorme evidência do mal por toda a parte no mundo, os aderentes da Nova Era ainda persistem em sua crença ingênua que o mal é puramente relativo. Isto, sem dúvida, é um triunfo para Satanás. Que melhor disfarce ele poderia querer?
Mentira 13: A Experiência Pessoal É Superior à Fé
Na superfície essa proposição pode parecer muito lógica. Afinal, o quão melhor é testemunhar um evento por si mesmo do que aceitar o testemunho dos outros. Isto é tudo muito bom no mundo terreal, mas no reino da espiritualidade pode ser devastador. Efetivamente, é um convite para o buscador interpretar a verdade por si mesmo e aferi-la segundo seus próprios padrões. O aluno está sendo solicitado a servir como seu próprio professor, a escolher e aceitar os elementos de verdade que lhe agradem e descartar o restante. Ele também é encorajado a ouvir o "mestre interior", sua "voz interior", ou seu "eu mais elevado" e a interpretar a verdade com base em sonhos ou imagens revelados a ele durante a meditação ou contemplação. Você pode ver aonde tudo isto leva?
A maior parte daquilo que geramos a partir de dentro de nós mesmos, sem a graça de Deus para nos dirigir, é uma bobagem que agrada a nós mesmos — na melhor das hipóteses. Como disse o profeta: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" [Jeremias 17:9]. Francamente, Satanás não quer saber em que você crê, desde que você não creia na Bíblia Sagrada.
O propósito da revelação, conforme definida na Bíblia, é fornecer um firme alicerce espiritual para o indivíduo. O Senhor Deus proveu isto para nosso bem-estar e proteção. Se alguém tem uma "experiência" que está em divergência com a palavra revelada de Deus, então essa experiência é perigosa e deve ser rejeitada. Não há verdade nela. O Movimento de Nova Era, por outro lado, argumenta que essas experiências são vitais para nosso "desenvolvimento espiritual" e que devem ser buscadas, pois levam ao autoconhecimento (outro termo bastante utilizado na Nova Era).
Esta proposição enganosa é a base para a afirmação por praticamente todo grupo de Nova Era que ele tem "algo para todos". Na realidade, tudo é parte do exercício de Marketing, a promoção de um supermercado espiritual onde aqueles que têm fome pela verdade vão para procurar algo que seja do seu agrado. E a coisa funciona. A grande proliferação de grupos, cada um com sua própria mistura particular de ideias de Nova Era, garante que o buscador fique convencido que esteja tomando uma decisão madura e bem-informada quando escolhe uma das ofertas dentre as muitas opções tentadoras existentes no mercado da Nova Era.
Mentira 14: A Bíblia Foi Apenas o Livro Sagrado de Algumas Tribos do Deserto
Esta mentira está relacionada de perto com a de número 13. Ela tenta apresentar a verdade, ou a expressão da verdade, como uma realidade evolutiva. Isto significa que ela precisa ser renovada e atualizada com a passagem dos séculos para atender à consciência em mutação da sociedade. O Movimento de Nova Era retrata os profetas bíblicos como homens de visão limitada, que focavam principalmente algumas poucas ideias e ignoravam, ou negligenciavam, a total amplitude da espiritualidade que os místicos e mestres da Nova Era estão agora trazendo ao mundo. Em outras palavras, do mesmo modo como Israel teve seus profetas, assim também tem o mundo moderno.
Esta é outra proposição aparentemente lógica. Ela se aproveita do infindável apetite humano por novidades e inovação, para não mencionar nossa vaidade. Afinal, dada a consciência mais elevada em que agora habitamos, em comparação com o antigo povo tribal de Israel, por que Deus não deveria enviar ainda mais profetas e "mestres" para nos apresentar a verdade de uma forma mais expandida?
Este truque tem sido consideravelmente reforçado pela moderna erudição bíblica e a "Alta Crítica", que produziram uma vasta quantidade de literatura destinada a mostrar que os livros da Bíblia foram escritos por homens falíveis, um produto do tempo em que eles viviam, e que está repleta de inconsistências e moldada por muitos fatores diversos da inspiração divina. Isto, por sua vez, levou à produção de inúmeras versões da Bíblia e incontáveis interpretações especializadas das passagens principais.
Esta confusão tem sido ainda aumentada pela importação de materiais do assim chamado "Gnosticismo Cristão", como os manuscritos Nag Hammadi e os Rolos do Mar Morto. Novamente, o fedor de Lúcifer deve ser evidente em tudo isto. Ele não pode destruir a palavra de Deus, mas pode semear confusão. Assim, seus acólitos, muitos dos quais têm vínculos com a Maçonaria e com o Iluminismo Alemão do século 19, embarcaram em uma campanha de desinformação. O Movimento de Nova Era tem sido bem-sucedido em espalhar essa confusão entre uma audiência mais ampla, e a tem usado para solapar a comunidade cristã.
John Todd, um membro dos Illuminati que se tornou um dissidente no início dos anos 1970s, passou informações consideráveis sobre as operações internas, os métodos cruéis e a agenda malévola dos Illuminati — que inclui a destruição do Cristianismo. Ele reportou que a única coisa que essas pessoas realmente temem é um pregador bíblico! Armado com a mais potente arma imaginável, a Bíblia em uma tradução fidedigna, o pregador proclama destemidamente a palavra de Deus. Como um discípulo devoto de Jesus Cristo, ele faz aqueles que são possessos ou controlados por demônios tremerem.
É por isto que o Movimento de Nova Era foi criado e é financiado pelos Illuminati: para desviar o maior número possível de cristãos de sua fé. O objetivo final deles é induzir os cristãos verdadeiros a fazerem a iniciação da Nova Era com o Anticristo e, assim, anular a capacidade deles de apresentarem orações eficazes a Deus. Neste ponto, os demônios começarão a se revelar em suas verdadeiras faces, para aterrorizar as nações e causar estragos por todo o mundo. Eles se refestelarão na carnificina e na destruição que provocarão, acreditando — erradamente — que venceram.
Mentira 15: O Deus do Velho Testamento É uma Figura Negativa e Autoritária
Esta mentira trabalha com base no princípio que, se você a aceitar, então, por definição, também está aceitando que o Deus do Novo Testamento também é uma figura negativa, pois eles são o mesmo Deus. Por outro lado, se você tentar contornar isto, declarando que eles são realmente dois deuses separados, então invalidou todo o Antigo Testamento e rejeitou a Bíblia como a palavra revelada de Deus.
Este truque é especialmente eficaz com os cristãos que raramente leem sua Bíblia — se é que possuem uma. Qualquer um que se preocupa em estudar o Velho Testamento saberá o quão paciente, perdoador e bondoso o Senhor, nosso Criador, verdadeiramente é. Como o profeta disse: "Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí." [Jeremias 31:3].
O Senhor Deus do Velho Testamento não é uma figura fria e autoritária, mas a Teosofia, Eckankar e várias outras seitas tentam ensinar o contrário. Os cristãos que são atraídos pelas crenças de Nova Era estão sendo lentamente levados a aceitar mentiras desse tipo. Elas estão entrelaçadas de forma tão sutil em todos seus vários ensinos que os seguidores incautos engolem uma após a outra, sem nunca detectar que algo realmente sinistro está em progresso. Em pouco tempo, mais mentiras insidiosas se tornam estranhamente autoevidentes, e eles também as engolem.
Todo o programa da enganação da Nova Era foi planejado para funcionar desta forma.
Mentira 16: É Errado Orar Por Outras Pessoas Sem o Consentimento Delas
Este truque tem o objetivo de desarmar os cristãos e impedir que eles usem a oração eficaz. De acordo com o Movimento de Nova Era, você está interferindo com o estado de consciência das outras pessoas quando ora por elas sem sua permissão! Isto trata a oração como algo similar a um encantamento de magia, ou uma afirmação mental, em vez de um pedido ao Senhor Deus para conceder Sua graça sobre parte de Sua criação. A oração é fundamental para o Cristianismo, de modo que um ataque à oração é basicamente uma tentativa de evitar que os cristãos sirvam a Cristo.
[Muitos chamam de "interferência no livre arbítrio" e de "magia negra" o ato de orar por outras pessoas, mas em seus rituais, quase todos iniciam com declarações do tipo "que todos os seres sejam em paz" ou "que todos os seres venham para a luz" ou "que todos os seres sejam" alguma coisa que eles consideram certa ou boa, ou seja, se orar por outros é magia negra então eles também se enquadram na sua prórpia definição como praticantes de magia negra.]
Mentira 17: A Visualização Criativa É a Chave Para a Liberdade Espiritual
Não, ela não é. A visualização criativa, que é ensinada pela maioria dos caminhos de Nova Era, é o oposto da oração. Este falso princípio, que está vinculado com a Mentira número 1 (o homem pode se tornar um deus), escraviza todos os que a utilizam. A visualização criativa é realmente uma tentativa de manipular a Força, um tipo de magia branca. Para torná-la mais eficaz, o aderente também é ensinado a "esvaziar sua mente". Uma mente vazia é exatamente o que Lúcifer quer — isto lhe dá mais espaço para trabalhar [às vezes gerando mesmo vozes com instruções precisas e até visões fantásticas]. É por isto que as pessoas que meditam ou contemplam regularmente estão sem saber se abrindo para as influências ocultistas e para o ataque psíquico.
Muitas seitas dizem aos seus seguidores para irem além da mente, entregarem sua vontade e serem verdadeiramente criativos. Esta doutrina cínica realmente significa o seguinte: Pare de usar o senso comum e aceite como reais as imagens ou pensamentos que o guru ou "mestre" transmitir para dentro de sua mente. Este é um antigo método de controle mental, tão eficiente hoje quanto era no mundo ocultista da Babilônia ou do Egito de antigamente. [Só que dificilmente é feito assim logo, a pessoa vai gradativamente sendo levada a aceitar uma coisa, depois outra, e então se apresentam imagens belas como verdades antigas e secretas ou descobertas fabulosas de algum mestre e de mundos paradisíacos entre outras coisas, até ficar totalmente alienada crendo nas doutrinas desse falsos mestres que lhe dão experiências tão "superiores, pacíficas, prazerozas, etc.].
Mentira 18: Abrir o Chacra da Pessoa Permite Que o Espírito Entre
Não, não, não. Esta é uma mentira pavorosa. Ninguém deveria abrir qualquer um de seus chacras por qualquer razão. Todos esses tipos de aberturas permitem que entidades psíquicas entrem. É por isto que os mestres das marionetes que estão por trás do Movimento de Nova Era gostam tanto de fazer as pessoas abrirem um de seus chacras. Este perigo aplica-se tanto ao chacras do Terceiro Olho e Coroa, como para qualquer um dos inferiores. O Espírito Santo não necessita de um chacra para entrar no corpo! A graça de nosso Senhor Jesus Cristo não necessita de um chacra para nos santificar e nos proteger. [Não é por obras de nossos esforços ou exercícios nem por merecimento que se recebe o Espírito Santo, é pela graça e misericórdia de Deus para todo aquele que aceita Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.]
Portanto, quem necessita de um chacra aberto? A resposta deve ser óbvia — Lúcifer. O mesmo truque sagaz também é usado pelo Movimento de Nova Era para danificar a aura de uma pessoa, para criar uma fissura ou uma linha de falha que a força das trevas possa usar para entrar. Isto é frequentemente feito sob o disfarce de uma suposta cura espiritual, como aquela que é praticada por Reiki. [desde práticas diretas com objetivo de abrir o chacras (ou espandir que não expandir mas de fato abrir) até outras como passes, uso de certas substâncias e drogas, exercícios de kundalini yoga, magia sexual, mediunidade, rituais de goétia, uso de pedras e massagens, etc. etc., todos tem como objetivo estabelecer uma ligação entre um demônio e a vítima]
Comentários Finais
Se você é membro de um grupo de Nova Era, reflita cuidadosamente sobre o conteúdo deste ensaio. Se você quer adorar a Lúcifer, isto é problema seu. Mas, se foi atraído a adorá-lo em disfarce, sem seu conhecimento ou consentimento, então você deve a si mesmo um esforço para esclarecer os fatos! [e a internet está cheia de depoimentos das pessoas que sofreram as últimas consequências da ligação com tais movimentos e práticas, assim como de outros que atingindo os mais elevados graus e cargos importantes não aceitaram levar adiante a farsa que se lhe foi revelada. Cada um deveria investigar os podres da organização de seu interesse antes de se envolver com ela]
Estamos vivendo em uma época em que os falsos profetas [e falsos cristos como Samael Aun Weor, Laksmi, Inri Cristo, Maitreya, etc.] estão por toda a parte. Jesus Cristo nos advertiu muitas vezes sobre os perigos, sobre os lobos disfarçados de ovelhas que vêm para nos enganar e devorar. O maior erro que podemos cometer é imaginar que Satanás desistiu de seu plano de destruir o Cristianismo. Não existe mentira que ele não contará para alcançar seu objetivo. Ele sabe que quanto mais mentiras contar, maior será a possibilidade de fazer você encontrar alguma que seja do seu agrado. Esta é a filosofia de Satanás e ele tem sido incrivelmente bem-sucedido. A enganação da Nova Era está entre suas mais sofisticadas realizações.
(...)
Alguns Livros de Nova Era Perigosos e Potencialmente Danosos
(...)
O número de gurus, mestres, sábios, iniciados, etc. de Nova Era cresceu muito nos últimos vinte anos. Entretanto, aqueles que são mais perigosos, não são os menos convencionais, ou os mais bizarros, mas, estranhamente, aqueles que se aproximam mais do Cristianismo. Parecendo ser inócuos, com uma aura de suavidade e luz, eles enganam o maior número de pessoas.
Lembre-se que Satanás pode aparecer como um anjo de luz! É por isto que seus seguidores frequentemente se referem a ele como Lúcifer, o Portador da Luz.
Portanto, exerça muito discernimento. O Movimento de Nova Era está fazendo inclusões em seus truques continuamente. Dentro de pouco tempo, provavelmente veremos apresentações de laser no céu, inúmeras aparições celestiais e fenômenos extrordinários envolvendo óvnis à medida que os Illuminati — os mestres das marionetes que estão por trás do Movimento de Nova Era — prepararem o caminho para o Anticristo.
(...)
Além disso, muitos autores considerados cristãos estão promovendo fortemente ideias de Nova Era, em particular a ideia que tudo é Unidade, que o ecumenismo é o caminho a seguir, que o mal é relativo, e que Deus é um Deus de amor somente e não um Deus de julgamento. Entre esses se incluem C. S. Lewis, Billy Graham, Benny Hinn, Joel Osteen, John Hagee, Tim LaHaye e Rick Warren.
Além disso, muitos autores considerados cristãos estão promovendo fortemente ideias de Nova Era, em particular a ideia que tudo é Unidade, que o ecumenismo é o caminho a seguir, que o mal é relativo, e que Deus é um Deus de amor somente e não um Deus de julgamento. Entre esses se incluem C. S. Lewis, Billy Graham, Benny Hinn, Joel Osteen, John Hagee, Tim LaHaye e Rick Warren.
Muitos livros sobre psicologia e psicanálise também são veículos disfarçados para as ideias da Nova Era. Os principais são aqueles escritos por Carl Jung e por seus seguidores.
Se pinto um quadro severo, é por que a realidade é severa. (...) A coisa que Satanás quer é para todas suas potenciais vítimas se afastem tanto da proteção de Cristo que, quando seus demônios atacarem, elas não tenham defesa.
(...)
O que um tabuleiro de Ouija faz rapidamente para demônios de baixa ordem, um caminho de Nova Era faz lentamente para os demônios de mais alta ordem.
Satanás não é bobo. Ele espera obter retorno com cada centavo que investe. Hoje, ele está investindo pesadamente no Movimento de Nova Era. Por quê? Porque esse movimento está produzindo resultados espetaculares para ele.
Sobre o Autor
Fui criado como um católico até os 19 anos e depois aderi a uma religião de Nova Era chamada Eckankar, que segui durante os 33 anos seguintes. O Senhor Deus me salvou em 1 de agosto de 2008 quando, durante uma viagem para a África, fiquei exposto a um tenebroso ataque satânico por um conciliábulo de bruxos. (Esse ataque, junto com outras questões relacionadas, foi descrito em uma carta reproduzida por Ruth e Noah Samuelson, em seu trabalho de pesquisa intitulado The Dark Side of Eckankar.) Alguns dos bruxos, se não todos, eram membros de Eckankar.
Tendo estudado e ensinado Eckankar durante 33 anos, estou muito familiarizado como a filosofia e objetivos do Movimento de Nova Era. Dois de meus livros foram publicados por Eckankar, e dois outros foram aceitos para publicação antes de eu os recolher. Servi como líder oficial de Eckankar na Irlanda, um "RESA" por 22 anos e fui palestrante convidado em 14 seminários internacionais de Eckankar. Quando renunciei e pedi desligamento, eu tinha atingido o sétimo nível de iniciação.
Os livros que publiquei por Eckankar, usando o pseudônimo Robert Marsh, foram We Are Not Alone (1994) e Unfold Your Golden Wings (2003). Se você possui qualquer um deles, recomendo fortemente que os lance na lata do lixo — que é onde eles devem estar. (...)
Após eu ter sobrevivido ao ataque satânico, por meio da graça e proteção de nosso Senhor Jesus Cristo, eu me despertei para a gigantesca enganação em que estava envolvido. O Senhor Deus então me mostrou, passo-a-passo, os incontáveis erros que eu tinha cometido e a pureza e perfeição extraordinárias de Sua santa palavra, conforme registrada na Bíblia na Tradução Autorizada do Rei Jaime [(Kink James Bible)].
Vi que Eckankar era uma total fraude espiritual, uma seita inventada em sua totalidade pelo plagiador e desajustado social Paul Twitchell, e continuada em uma forma inteligentemente modificada por seu sucessor, o atual "mestre" e falso profeta, Harold Klemp.
As pessoas que seguem Eckankar são, em sua maioria, bem-intencionadas e corretas — exatamente o tipo que Satanás deseja evitar que sejam alcançadas pelo Cristianismo.
O Movimento de Nova Era como um todo é uma grande enganação, com consequências potencialmente catastróficas para todos os participantes.
(...)
[Resumo do texto completo que pode ser encontrado em:]
Autor: Robert Pye, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 3/6/2012
Transferido para a área pública em 13/5/2014
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/novaera-1.asp
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