Jesus restaura a tribo de Judá ao estado original (por isso somos os verdeiros judeus, em contraste com os que "se dizem judeus, mas não são"): o rei é novamente Deus, Jesus Cristo, rei dos judeus. Tanto por parte de carne e sangue, Ele, descendente de Davi, enquanto filho do homem, como espiritualmente, pois Jesus é Filho de Deus Pai.
Trata-se de um povo, uma tribo, dispersa em todas as nações. Mas não há mais diferenças nacionais, nem étnicas nem de gênero, nem de cultura, todos fomos feitos igualmente pertencentes à tribo do Povo de Deus. Não existem dois povos de Deus, nem existem duas igrejas. Só existe A Igreja, que é o mesmo povo de Deus (e só Deus pode saber exatamente quem são, cada um individualmente), não cabe a nós separar o joio do trigo, mas sim, nos separarmos do mundo.
E como Deus nos manda julgar e tirar do nosso meio? Individualmente. Pois Jesus não veio restaurar a monarquia judaica de separação de povos e religiões, e sim, o sistema de Deus, de juízes, que julgam conforme a palavra de Deus, a lei de Deus. Entrega a satanás, para que não se perca sua alma, ou seja, tem chance de se arrepender.
São Paulo, apóstolo de muita erudição, é de difícil compreensão, já dizia Pedro, mas isto só se nós continuarmos a pensar como estrangeiros, Paulo pensa como judeu, instruído pelo próprio Jesus, para a restauração da ordem original do reino que Deus deixou para seu povo, que não é reino desse mundo, mas que agora se revelou, já está dentro de nós. Já é vindo, desde a morte e ressurreição do Senhor, para todos os povos (que era a missão do povo judeu, levar o reino de Deus para todos os povos, não isolar o conhecimento de Deus, dentro da caixinha da monarquia e da religião judaicas) e agora é a nossa, proclamar o Evangelho.
Evangelho não se refere a qualquer boa notícia. Não. No sentido original evangelho é a palavra grega que se refere a quando é proclamado um novo rei. Então os trompetistas e a cavalaria ia de cidade em cidade anunciando o Evangelho, ou seja, que há um novo rei e dizendo qual o seu nome.
Por isso estamos no meio de vários povos, e recebemos já o anúncio, não para seguir política A ou B, sistema político, de governo ou de leis x ou y, nem partido, nem cultura dos povos. Não foi-nos anunciado um partido para sermos partidários, podendo até mudar de idéia, mas que o reino de Deus é chegado. Somos o povo de Deus, estamos em todas as nações não para pertencer a nenhuma nacionalidade ou cultura. Que grande ilusão seria esta!
Estamos no mundo, não pertencemos ao mundo. Como posso pertencer a qualquer nação, partido ou sistema desse mundo? Não. Eu pertenço a Deus e ao seu reino somente. Não podemos servir a dois senhores!
Temos nossa própria nacionalidade celestial, nossa pátria celestial, nossa própria Jerusalém celestial (não terrena) e temos nossa própria cultura da tradição dos apóstolos e da Palavra de Deus. Somos povo eleito, nação do Rei forte e poderoso, o Senhor Jesus Cristo Filho de Deus vivo, para sempre e pelos séculos dos séculos, Amém.