Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém
Brasão da Ordem | |
Lema | "Deus Lo Vult" |
Fundação | 1103 (919 anos) |
Estado legal | Ativa |
Propósito | Sustentar a atividade e iniciativas em favor da presença cristã na Terra Santa. |
Sede | Cidade do Vaticano, Vaticano |
Membros | 20 mil |
Filiação | Igreja Católica |
Grão-Mestre | Fernando Filoni |
Fundador(a) | Godofredo de Bulhão |
Fundadores | Godofredo de Bulhão |
Antigo nome | Ordem dos Cônegos do Santo Sepulcro |
Sítio oficial | oessh.va |
Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém
(OESSH)
Brasão da Ordem
Lema "Deus Lo Vult"
Fundação 1103 (919 anos)
Estado legal Ativa
Propósito Sustentar a atividade e iniciativas em favor da presença cristã na Terra Santa.
Sede Cidade do Vaticano, Vaticano
Membros 20 mil
Filiação Igreja Católica
Grão-Mestre Itália Fernando Filoni
Fundador(a) Godofredo de Bulhão
Fundadores Godofredo de Bulhão
Antigo nome Ordem dos Cônegos do Santo Sepulcro
Sítio oficial oessh.va
A Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém (em latim: Ordo Equestris Sancti Sepulcri Hierosolymitani - OESSH) é uma instituição leiga da Santa Sé encarregada de suprir as necessidades do Patriarcado Latino de Jerusalém e de sustentar a atividade e as iniciativas em favor da presença cristã na Terra Santa.[1]
Atualmente a Ordem conta com 20 mil[2] Cavaleiros e Damas, os quais recebem a precedência de vestirem capa branca, no caso dos Cavaleiros, e capa preta e véu, no caso das Damas, bordada com o símbolo máximo de Jerusalém: a Cruz vermelha de Jerusalém, enquadrada por outras quatro pequenas cruzes, em recordação às cinco feridas sofridas por Jesus Cristo.[1]
A Ordem é a única instituição secular do Vaticano.[3] E, em conjunto com a Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, são as únicas Ordens de Cavalaria reconhecidas, histórica e juridicamente, pela Santa Sé.[4][5]
História
Fundação
A Ordem Equestre do Santo Sepulcro tem sua origem na Ordem dos Cônegos da Santo Sepulcro, constituída por Godofredo de Bulhão, depois da conquista de Jerusalém, na época da Primeira Cruzada. Após a conquista os Cavaleiros, de diversas nacionalidades fizeram votos de obediência sob juramento de entregar suas vidas em proteção do Santo Sepulcro.[6] Tal feito foi eternizada pelo escritor espanhol Torquato Tasso no livro de poemas e cantos A Jerusalém Libertada, de 1581.[7]
Brasão em prédio da Ordem
Alguns anos depois, em 1103, segundo os cronistas desta época, Balduíno I de Jerusalém, segundo rei cruzado, se torna superior da Ordem dos Cônegos do Santo Sepulcro, com prerrogativas, por si e para seus sucessores, de criar Cavaleiros. No caso de ausência ou impedimento do monarca, esta faculdade era subordinada ao Patriarca Latino de Jerusalém. Entre os membros da Ordem, alguns eram considerados Sargentos, os quais representavam uma espécie de milícia eleita dentro da companhia cruzada e se devotavam à defesa do Santo Sepulcro e dos Lugares Santos.[8]
Logo após a Primeira Cruzada, em 1114, Arnolfo de Choques, então Patriarca de Jerusalém, obrigou os cônegos a viverem em comunidades sob a regra de Santo Agostinho além de outras normas elaboradas pelo Papa Calisto II. Erigindo-se, outrossim, uma divisão feminina. A igreja do Santo Sepulcro estava exclusivamente sob os cuidados dos cônegos e cônegas da Ordem.[8][9]
Período de obscuridade
Com o desaparecimento do Reino Cristão de Jerusalém, a Ordem permanece sem um superior, ainda que os priorados continuassem a existir sob a proteção de vários senhores e soberanos europeus e da Santa Sé.[10] A vacância do patriarcado Latino fez com que a faculdade de criar novos cavaleiros fosse prerrogativa da mais alta autoridade religiosa na Terra Santa, isto é, a Custódia da Terra Santa, instituição liderada pelos Franciscanos.[11]
A Ordem chegou a ser extinta pelo Papa Inocêncio VIII em 21 de março de 1489, pela publicação da bula Cum Solerti meditatione, a qual repassou seus bens e propriedades aos Hospitalários.[12] Contudo a Ordem resiste à extinção e, em 1496, Papa Alexandre VI revoga a bula de Inocêncio VIII trazendo a ordem à tona novamente, agora diretamente sob os auspícios da Santa Sé.[6][13]
Apesar da revogação da bula papal de Inocêncio VIII, a Ordem não conseguiu recuperar os bens e propriedades repassados aos Hospitalários, a despeito das, fracassadas, tentativas em 1555 e 1558.[14]
Após esse período os parcos registros que se tem da Ordem, referem-se aos clérigos que se dispersaram pela Europa por mosteiros na Itália, Alemanha, Espanha, Portugal e Holanda.[9]
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