segunda-feira, 24 de abril de 2017

A Sofia de Jesus Cristo

A Sabedoria Secreta de Cristo
em A Biblioteca de Nag Hammadi
Após Jesus ter se erguido dos mortos, dezenove discípulos (doze homens e sete mulheres) foram para a Galiléia, para a montanha que é chamada "Divinação e Alegria". O Salvador apareceu lá para eles como um grande anjo luminescente, indescritível. Ele disse, "Paz para vocês. A minha paz eu lhes dou!" Eles estavam maravilhados e com medo. O Salvador riu, e perguntou a eles: O que vocês estão pensando? Vocês estão perplexos? O que vocês querem saber?"
Felipe aventurou-se, "Nós queremos que você explique a realidade subjacente do universo e o plano divino." O Salvador respondeu, "Toda a poeira chamada humanidade, desde o início do mundo até agora, têm inquirido sobre a Divindade. Quem ele é? Como ele é? Mas eles não o encontraram! Os mais sábios especularam sobre o mecanismo que comanda o universo e o seu movimento, mas eles não encontraram a verdade. Estes filósofos disseram que ocorre de três modos diferentes - eles não concordam. Alguns dizem que o mundo é auto-conduzido. Outros acreditam na providência. Ainda outros dizem que é o destino. Nenhum destes está sequer próximo da verdade, pois são criações do homem. Mas já que eu vim da Luz Infinita (e eu conheço a Luz), eu estou aqui para contar a vocês sobre a natureza precisa da verdade. Tudo o que vem de si próprio é poluído, já que é auto-criado. A providência não tem sabedoria e o destino não discerne! Mas cabe a vocês saber. Quem quer que seja digno da sabedoria irá recebê-la: quem quer que tenha nascido do Primeiro Que Foi Enviado, é imortal no meio da mortalidade."
Mateus disse a ele, "Senhor, a verdade é encontrada somente através de você. Nos ensine então a verdade." O Salvador respondeu, "Aquele Que É, é fantástico e indescritível. Nenhum chefe, autoridade, manipulador ou criatura do gênesis do universo até agora conheceu Aquele da Primeira Luz, exceto Ele Próprio, e aqueles para os quais ele se revela. Eu sou o Grande Salvador, imortal e eterno. Todos que nascem, morrem. Mas o eterno não nasce, o não-gerado não tem começo. Todos que começam, acabam! Ele não é nomeado por um regente, pois aqueles que são nomeados são criados por outros. Ele é, de fato, inominável. Ele não é humano, nem se parece com um ser humano. Ele não se assemelha à criação.
"Mas ele tem uma aparência própria. Não é nada como o que vocês tenham visto ou conhecido; pelo contrário, é uma aparência extraordinária que é mais esplêndida do que qualquer coisa, incluindo a visão magnífica do próprio universo. Ele observa lado a lado, todo lado, e vê ele mesmo de si próprio. Já que ele é infinito, a mente humana não consegue compreendê-lo. Já que ele é imperecível, ele é diferente de tudo. A bondade dele nunca muda. Ele é sem defeito. Ele é abençoado. Ele é imensurável. Ele é insondável. Ele é perfeito. Ele é abençoado de modo imperecível. Portanto ele é chamado, 'Pai do Todo.'"
Felipe disse, "Senhor, então como ele apareceu para os Perfeitos que o viram?" O Salvador Perfeito respondeu para Felipe, "A majestade e a autoridade do Pai estavam presentes antes dele se tornar visível, já que ele abarca todas as coisas enquanto nada abarca ele. Pois ele é mente total empenhada em pensamento, consideração, reflexão, racionalidade, e poder. Os dignos também têm estes poderes, e são igualmente fontes do todo. O Pai infinito e não-gerado previu a raça inteira deles, do primeiro até o último."
Tomé disse a ele, "Senhor Salvador, como os perfeitos surgiram e por que eles se tornaram visíveis?" O Salvador perfeito disse, "Eu vim aqui do Infinito para tornar estas coisas visíveis para vocês. O Espírito-Que-É era o progenitor, porque ele tem o poder de trazer vida e a natureza de um criador. A grande riqueza escondida dentro dele tinha necessidade de auto-revelação. Por conta de sua misericórdia natural e seu amor, ele sozinho desejou gerar vida para compartilhar sua bondade com ela. Em troca, esta bondade foi concedida à Geração Inabalável, progenitora de corpo e fruto, glória e honra em imortalidade, e graça infinita. Tal tesouro imperecível é revelado através daqueles que vieram depois, embora eles ainda não eram visíveis. Embora gerados por Deus, ainda uma grande diferença existe entre os imperecíveis."
Então o Salvador exclamou, "Quem tiver ouvidos para ouvir sobre Os Infinitos, que ouça! Eu me referi e estou me referindo àqueles que estão acordados!" Ele prosseguiu dizendo, "Tudo que veio do perecível irá perecer, mas tudo que veio do imperecível não perece, mas se torna imperecível. Muitos se perderam e morreram porque eles não sabiam a diferença!"
Maria disse a ele, "Senhor, se muitos se perderam e morreram, como nós iremos saber a diferença?" O Salvador Perfeito respondeu, "Renuncie o domínio visível, encerre com as coisas visíveis, então se aproxime a partir do domínio do invisível, e a própria Fonte do Pensamento te revelará como a fé no invisível pode ser encontrada no domínio visível - essas coisas que são do Pai não-gerado. Quem tiver ouvidos, que ouça!
"Verdadeiramente, o Senhor do Todo é mais corretamente chamado 'Antepassado' do que 'Pai'; pois o Pai é, em princípio, progenitor daqueles que serão criados, mas já que ele não tem começo, ele é mais precisamente chamado 'Antepassado'. Observando a si próprio como se ele estivesse olhando dentro de um espelho interno, ele aparece para si próprio como Auto-Pai Divino, o defensor daqueles sendo atacados, e o Primeiro Pai Não-Gerado Existente. Ele é da mesma idade do Antepassado, que é a Luz antes dele, mas não da mesma habilidade.
"Depois apareceu a multidão inumerável de seres dinâmicos auto-existentes, todos gerados ao mesmo tempo e dotados com os mesmos poderes, vivendo nos reinos celestes. Eles são chamados 'A Geração sobre A Qual Não Há Reino', e vocês são descendentes deles. Estes são também chamados 'Crianças do Pai Não-Gerado, Deus, Salvador, e Filho de Deus', cuja aparência está dentro de vocês. Agora ele é o Incompreensível, repleto de glória imortal e alegria indescritível. Aqueles que pertencem a ele agora repousam nele e compartilham desta alegria, glória, e júbilo dele. Até este momento tal coisa nunca tinha sido ouvida ou sabida, nem mesmo entre a multidão celeste e os mundos deles."
Mateus disse a ele, "Senhor, Salvador, como a humanidade surgiu?" O Salvador perfeito disse, "Saiba agora que O Infinito que vivia antes do universo ser formado é o Pai auto-nutrido e auto-gerado. Ele é repleto de impressionante luminescência, de modo indescritível. No início, foi decidido que a aparência dele seria um grande poder. Imediatamente, a Luz assumiu a aparência do Homem Imortal Andrógino (que é o Salvador); através dele a humanidade tem a oportunidade de alcançar salvação. Estes serão auxiliados até o fim dos tempos pelo Intérprete, que foi enviado para que eles possam acordar do esquecimento e escapar da pobreza causada pelos ladrões.
"A cônjuge dele é a Grande Sofia, a qual ele destinou como a agente na criação, através da qual o Homem Imortal apareceu, representando o Primeiro, divindade e reino, como revelados pelo Pai. Ele, deste modo, criou também um grande anjo para sua glória pessoal, que é Ogdoad.
"Ele tinha grande autoridade e poder para governar acima do universo da pobreza. Ele criou deuses, anjos, arcanjos, multidões inumeráveis, como uma comunidade celestial rodeando ele e o Espírito de Sabedoria, deste modo originando divindades e reinos. É por isso que Ogdoad é chamado 'Deus dos deuses' e 'Rei dos reis'.
"O primeiro homem tinha sua mente e pensamento únicos, sendo capaz de refletir sobre o passado, considerar o futuro, racionalizar problemas, e viver neste tipo de poder. Todos os atributos dele eram perfeitos e eternos, e ele era imperecível. Na sua imperecibilidade, ele igualava o Pai, mas a respeito do poder ele era diferente, como na diferença entre um pai e seu filho.
"Após isto, tudo mais que foi revelado foi gerado do poder do primeiro homem. E dos que foram criados vieram os elaborados. Dos elaborados vieram os formados, os quais foram nomeados. Assim está explicada a diferença entre os não-gerados do início até o fim."
Bartolomeu foi o próximo a perguntar: "No Evangelho, um é designado 'homem' e também 'Filho do Homem'. Com qual destes o Filho de Deus é associado?" O Sagrado respondeu, "Você precisa saber que o Primeiro Homem Adão é chamado 'Progenitor, Mente Auto-aperfeiçoada'. O Primeiro Homem refletiu com a 'Grande Sofia' e revelou o Filho Primogênito, tendo as características tanto da masculinidade do pai quanto da feminilidade de Sofia. O nome masculino deste filho é 'Primeiro Progenitor Filho de Deus'; o nome feminino dele é 'Primeira Progenitora Sofia, Mãe do Todo', também conhecida como 'Amor'. Ele é, portanto, chamado 'Cristo'. Já que ele possui a autoridade do pai dele, ele criou uma multidão inumerável de anjos do Espírito e da Luz para serem sua comitiva."
Seus discípulos lhe disseram, "Senhor, nos revele aquele chamado 'Homem', para que conheçamos a magnitude precisa da glória dele." O Salvador perfeito disse, "Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça! O Primeiro Progenitor Pai Adão veio da Luz resplandecente (portanto é chamado 'Olho de Luz') também como os anjos sagrados, sendo indescritíveis, sem sombra, e continuamente se alegrando em suas habilidades de raciocinar -- um presente que eles receberam do Pai deles. A soberania inteira do 'Filho do Homem - Filho de Deus' é repleta de felicidade indescritível e sem-sombra, com regozijo contínuo sobre tamanha glória imperecível, a qual nunca tinha sido revelada a ninguém até agora. Eu vim da Primeira Luz Infinita e Auto-Gerada para revelar tudo a vocês."
Novamente os discípulos disseram, "Diga-nos claramente como eles vieram dos reinos imortais e invisíveis para o mundo que está cheio de morte e agonia?" O Salvador perfeito respondeu, "Todos que vem para este mundo vem como uma gota da Luz e são guardados pela Luz. Mas eu vim do reino celestial pela vontade direta da Grande Luz, escapando da escravidão da atmosfera, e eu despertei cada gota enviada por Sofia, para que cada uma possa gerar muitos frutos através de mim, se aperfeiçoar através de mim, e se unir com o Pai através de mim; para que os filhos de Sofia possam ser justificados a respeito da imperfeição deles, e possam obter a glória e a honra legítima de acesso ao Pai deles, e conheçam as verdadeiras palavras de Luz. E vocês foram enviados pelo Filho, recebendo Luz para escapar dos planos malignos do ar, para pisar nas intenções maliciosas deles, superando a tentação da imoralidade carnal e da libertinagem."
Então Tomé disse a ele, "Senhor, Salvador, quantas dimensões superiores (aeons) ultrapassam os céus?" O Salvador Perfeito disse, "Eu te abençôo porque você perguntou sobre os grandes reinos celestes elevados - de fato, suas raízes estão no infinito. Como eu disse antes, o Auto-Progenitor criou doze dimensões celestiais para seus doze anjos. Todos estes eram perfeitos e bons."
Tomé continuou, "Quantas altas dimensões de imortais existem, a partir do infinito?" O Salvador Perfeito disse, "Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça! O reino dimensional principal: Filho do Homem, Primeiro-Progenitor, Salvador, que apareceu. O secundário: Homem, Adão - Olho de Luz. Ainda maior é o reino dimensional da Divindade Infinita Eterna, A Dimensão das Dimensões Auto-Gerada, abarcando tanto o reino do Filho do Homem e do Homem, para incluir todos os imortais que eu descrevi anteriormente aparecendo do reino de Sofia.
"Em seguida, o Homem Imortal revela altas dimensões celestiais, poderes e reinos, dando autoridade como ele acha conveniente e permitindo que eles 'exercitem seus desejos até as últimas coisas que estão acima do caos.' Eles concederam uns aos outros para revelar cada magnificência, até pela dimensão espiritual de gloriosas luzes inumeráveis. Estes foram outrora chamados por número e nome: O primeiro reino era 'União e Repouso', o terceiro, 'Assembléia' (porque uma grande multidão apareceu e se revelou). Pois estas multidões se reúnem em união num reino particular, então nós a chamamos 'A Assembléia do Oitavo Céu'. Ela é composta parcialmente daqueles com características espirituais masculinas, o restante possui características femininas. O contingente masculino é chamado de 'Assembléia', o contingente feminino, 'Vida', para que possa ser demonstrado que todas as dimensões celestiais vieram à vida pela mãe.
"Então nomes foram dados. Alguns foram chamados 'deuses'; deuses dos deuses revelaram deuses pela sabedoria; senhores dos senhores a partir de seus pensamentos revelaram senhores; senhores a partir de seus poderes revelaram arcanjos; arcanjos revelaram anjos pelas suas palavras, dos anjos outros semblantes com estrutura e forma apareceram, como também outras dimensões celestiais elevadas, mundos, e um conjunto de nomes.
"Todos estes imortais têm autoridade do Homem Imortal, que também é chamado 'Silêncio', pois a majestade dela foi aperfeiçoada sem a necessidade de fala. Com esta autoridade, cada um dos imperecíveis criou um reino na Assembléia do Oitavo Céu, erguendo tronos, templos, e outros firmamentos refletindo suas próprias majestades, e para suas próprias glórias. Isto foi pela vontade de Sofia, a 'Mãe do Todo'."
Então os Apóstolos Sagrados disseram, "Senhor, Salvador, conte-nos a respeito daqueles que vivem nas altas dimensões celestes, já que esta sabedoria é pertinente à nossa discussão." O Salvador Perfeito disse, "Eu revelarei qualquer coisa que vocês perguntarem. Estes seres fizeram inumeráveis multidões de anjos para suas próprias companhia e glória. Eles fizeram espíritos virgens, conhecidos como as Luzes Celestiais Imutáveis, Indescritíveis. Estes foram criados perfeitos num instante pela força de vontade, e, devido a natureza deles, são imunes à doença e fraqueza. Assim se completaram as altas dimensões celestiais para a glória do Homem Imortal e Sofia-Sabedoria, aos quais há padrões celestiais caóticos para todos os outros firmamentos e estabelecimentos abaixo. Todas naturezas, a partir desta revelação do caótico, estão dentro da esfera da Luz sem-sombra, indescritível, com alegria inexprimível. Todos estes espíritos se deleitam na estabilidade de suas glórias e repouso contínuo. As gerações subsequentes a estes seres não têm sequer a capacidade de descrever tal glória, felicidade, e repouso. Eu estou lhes dizendo tudo isto para torná-los cientes, para que vocês possam brilhar na Luz ainda mais do que eles!"
Maria disse, "Mestre Sagrado, onde os seus discípulos se originaram e para onde eles vão?" O Salvador Perfeito disse, "Você deve saber que a Grande Sofia, Mãe do Todo e cônjuge da criação, desejou trazê-los para a existência sozinha. Mas as vidas deles originaram apenas pela vontade mediadora do Pai do Todo, para que a bondade inimaginável dele pudesse ser revelada. Através da criação do mortal, uma barreira espiritual surgiu, dividindo o mortal e o reino deles, dos imortais e aqueles que vieram depois, seguidos por cada circunstância histórica e consequência de que estamos cientes, tal como a revelação da fraqueza inata da primeira mulher mortal, e a consequente disputa dela com o Erro.
"Como eu disse antes, do Alto Reino Celestial veio uma gota da Luz e do Espírito, descendo até as regiões inferiores, o Caos, para que formas de seres vivos pudessem ser modeladas através dela pelo calor da respiração da Grande Luz. (Este é um julgamento para o Arquigerador, conhecido como 'Yaldabaoth.') Dentro destas formas foram soprados tipo uma alma viva, murchas e adormecidas na ignorância. Então nomes foram recebidos por todos aqueles que estavam no mundo do caos através do Imortal quando a respiração foi soprada nele.
"Pelo consentimento da Mãe Sofia-Sabedoria, o Homem Imortal compilou vestimentas por tipos, assim efetuando julgamento aos ladrões. Mas já que ele era como uma alma, ele não foi capaz de acomodar o poder por si próprio até que o número de seres formados completasse o tempo que seria determinado pelo grande anjo.
"Agora eu completei o meu ensinamento sobre o Homem Imortal e afrouxei as amarras dos ladrões por ele. Eu quebrei as celas dos impiedosos na presença deles. Eu humilhei a malícia deles, e eles se envergonharam, se erguendo da ignorância deles. Eu vim para este lugar para que eles possam se unir com esse mesmo Espírito e Respiração, para que pela Respiração, de dois possa vir um, assim como do princípio, para que vocês possam render muitos frutos e subir até Aquele Que É Do Princípio, na felicidade indescritível, glória, honra, e graça do Pai do Todo.
"Quem quer que conheça o Pai em sabedoria pura irá para o Pai e repousará no Pai Não-Gerado. Mas aqueles que não o conhecem do modo correto irão desviar-se para o deus defeituoso e para fora da Assembléia do Oitavo Céu. Quem quer que conheça o Filho do Homem na sabedoria e no amor, que venha e me traga o seu sinal para que possa partir para as mansões com aqueles da Assembléia do Oitavo Céu.
"Vejam, eu revelei o nome do Perfeito para vocês, e a vontade perfeita da Mãe dos Anjos Sagrados, para que a multidão seja completa e apareça nos aeons, para que todos estes possam partilhar da bondade e da abundância insondável (ou seja, repouso) do Grande Espírito Invisível, e possam viver no ambiente de liberdade. Eu vim do Primeiro Que Foi Enviado para mostrar a vocês Quem Era Do Princípio, apesar da arrogância do Arquigerador e os anjos dele, já que eles ostentam ser deuses.
"Eu vim para remover até mesmo a cegueira deles, para que eu partilhe a sabedoria de Deus que está acima de todas as coisas. Portanto, eu proponho a vocês que andem sobre os túmulos deles, humilhem as intenções miseráveis deles, e quebrem os comandos deles, substituindo-os com o meu comando. Eu lhes dei autoridade sobre todas as coisas como Filhos da Luz, para que vocês possam pisar sobre o poder deles com seus pés."
Estas coisas o Salvador Abençoado disse antes de desaparecer para eles. Então todos os discípulos ficaram numa grande alegria indescritível no Espírito, daquele dia em diante. E os discípulos começaram a pregar o Evangelho Divino, o espírito imortal, eterno, Amém.




terça-feira, 11 de abril de 2017

Uma aula de socialismo: Por que o socialismo sempre fracassará?



Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.

O professor explicou: "o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto isso."

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividí-la;

5. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

A máquina de matar que é o marxismo





Com a queda da União Soviética e dos governos comunistas na Europa Oriental, muitos têm a impressão de que o marxismo, a religião do comunismo, está morto. Dificilmente. Ele está vivo e bem em muitos países ainda, como a Coreia do Norte, China, Cuba, Vietnã, Laos, um bando de países africanos e na mente de muitos líderes políticos sul-americanos. No entanto, de maior importância para o futuro da democracia, o comunismo ainda polui o pensamento de uma vasta multidão de acadêmicos e intelectuais do Ocidente.

De todas as religiões, seculares ou não, o marxismo tem sido, de longe, a mais sangrenta. Na prática, o marxismo significa terrorismo sanguinário, expurgos mortais, campos letais de prisão e trabalho forçado, assassínios, deportações fatais, fomes artificiais, execuções extrajudiciais e julgamentos fraudulentos, assassinatos em massa e genocídios.

No total, regimes marxistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917-1987. Da perspectiva desta incrível cifra, note que todas as guerras internas e estrangeiras durante o século 20, mataram cerca de 35 milhões. Isto é, quando marxistas controlam países, o marxismo é mais mortal que todas as guerras do século 20, incluindo a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, e as guerras da Coreia e do Vietnã.

E o que o marxismo, o maior dos experimentos sociais humanos, fez resultar para seus pobres cidadãos, desse altíssimo custo de vida? Nada de positivo. Ele deixou em seu rastro um desastre econômico, ambiental, social e cultural.

O Khmer Vermelho – (comunistas do Camboja), que governou o Camboja por quatro anos – forneceu informações sobre por que os marxistas acreditavam que era necessário e moral massacrar muitos de seus semelhantes. Seu marxismo era casado com o poder absoluto. Eles acreditavam que, sem um pingo de dúvida, que eles sabiam a verdade, que traria o maior bem-estar e felicidade humana e que para realizar esta utopia, teriam que arrancar sem piedade para baixo a ordem feudal ou capitalista e a cultura budista da época e, em seguida, reconstruir uma sociedade totalmente comunista. Nada poderia ser autorizado a ficar no caminho desta conquista. O governo – o Partido Comunista – estava acima de qualquer lei. Todas as outras instituições, religiões, normas culturais, tradições e sentimentos eram dispensáveis.

Os marxistas viram a construção dessa utopia como uma guerra contra a pobreza, a exploração, o imperialismo e a desigualdade – e, como em uma verdadeira guerra, não combatentes seriam infelizmente pegos na batalha. Houve baixas inimigas necessárias: o clero, a burguesia, os capitalistas, “sabotadores”, os intelectuais, os contra-revolucionários, direitistas, os tiranos, os ricos e proprietários. Como numa guerra, milhões poderiam morrer, mas essas mortes seriam justificadas por fim, como na derrota de Hitler na Segunda Guerra Mundial. Para os marxistas dominantes, a meta de uma utopia comunista era suficiente para justificar todas as mortes.

A ironia é que, na prática, mesmo depois de décadas de controle total, o marxismo não melhorou a sorte das pessoas, mas as condições de vida geralmente se tornaram piores do que antes da revolução. Não é por acaso que as maiores fomes do mundo ocorrem dentro da União Soviética (cerca de 5 milhões de mortos em 1921-23 e 7 milhões de 1932-3, inclusive 2 milhões fora da Ucrânia) e na China comunista (cerca de 30 milhões de mortos desde 1959 – 61). De modo geral, no século passado, quase 55 milhões de pessoas morreram em vários surtos de fomes e epidemias associadas aos marxistas - um pouco mais de 10 milhões dentre estes, foram intencionalmente mortos de fome, e o resto morreu como um resultado da coletivização marxista e políticas agrícolas.

O que é espantoso nessa “moeda” da morte do marxismo não são os milhares ou mesmo centenas de milhares de pessoas, mas os milhões de mortes. Isso é quase incompreensível – é como se toda a população da Nova Inglaterra e Estados do Atlântico Médio, ou na Califórnia e no Texas, fosse exterminada. O fato de cerca de 35 milhões de pessoas terem escapado dos países marxistas como refugiados foi um golpe inigualável contra as pretensões utópicas marxistas. Foi equivalente a todas as pessoas abandonando o estado da Califórnia, deixando só a terra inócua.

Há uma lição supremamente importante para a vida e o bem-estar a ser aprendida com este sacrifício terrível para uma ideologia humana: ninguém pode ser confiado com poder ilimitado.

Quanto mais poder um governo tem para impor as convicções de uma elite ideológica ou religiosa, ou decretar os caprichos de um ditador, mais facilmente o bem-estar e vidas humanas serão sacrificadas. Quanto mais o poder de um governo é desenfreado, seu poder alcança todos os cantos da cultura e da sociedade, mais provável é que mate seus próprios cidadãos.

Quando uma elite governante tem o poder de fazer o que quiser, seja para satisfazer seus desejos mais pessoais, seja para concretizar aquilo que os marxistas atuais desejam, julgam poder fazê-lo a qualquer custo em vidas. Aqui, o poder é a condição necessária para o assassinato em massa. Uma vez que a elite tem autoridade plena, outras causas e condições podem funcionar para trazer o genocídio imediato, o terrorismo, massacres ou matar os membros de uma elite. Tudo é justificado, segundo eles. Mas é o poder – sem controle, sem restrições, sem controle – que é o assassino.

Os nossos marxistas acadêmicos e intelectuais atuais estão tento passe livre para suas ideias e táticas. Eles ganham certo respeito por causa de suas palavras [enganosas] sobre melhorar a sorte do trabalhador e os pobres, suas pretensões utópicas. Mas, sempre que obteve o poder, o marxismo fracassou totalmente, assim como o fascismo. Em vez de serem tratados com respeito e tolerância, os marxistas deveriam ser tratados como se despejassem uma praga mortal sobre todos nós.

A próxima vez que você se deparar com alguém marxista pretendendo doutriná-lo, ou por um dos nossos nativos marxistas, ou por seus equivalentes fanáticos esquerdistas, pergunte-lhes como podem justificar o assassinato de mais de cem milhões que sua fé absolutista provocou, e o sofrimento que o regime criou para muitas centenas de muitos mais que milhões de pessoas...


R.J. Rummel, professor emérito de ciência política e finalista do Prêmio Nobel da Paz, publicou 29 livros e recebeu inúmeros prêmios por suas pesquisas.

http://corecatholica.blogspot.com.br/2013/11/a-maquina-de-matar-que-e-o-marxismo.html


segunda-feira, 3 de abril de 2017

CRISTÃO MARXISTA


Cristão e… marxista. É possível?

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Alguns marxistas declarados ou simpatizantes sentem-se ofendidos quando as atrocidades históricas cometidas em nome dessa ideologia lhe são apresentadas. A violência gratuita, o imenso rio de sangue, a perseguição religiosa, principalmente contra o cristianismo, o ataque à família tradicional são apenas alguns dos frutos podres do marxismo. Quando falamos na perversidade inerente às teorias de Marx, os seus defensores alegam que essas ações nada tiveram a ver com o ideólogo alemão, que foram meros desvios. Usa-se frequentemente o clichê “Marx não era marxista”.
Nada mais enganoso. O fato dele pessoalmente não estar envolvido com essas ações perversas não significa que não as tenha inspirado. Se a pena é mais poderosa do que a espada, então quem inspira as ações é mais culpado do que quem as executa. E não há dúvida de que foi Karl Marx.
Basta lermos o Manifesto do Partido Comunista, celebrado panfleto de todo marxista convicto. Não é preciso nem ler as demais obras de Marx, Engels, Lenin e toda uma miríade de teóricos, crias do Manifesto, que contribuíram com a construção desse nebuloso edifício. O livreto já contém em germe as características da planta carnívora. Nele está a essência do pensamento que estimulou e justificou o assassinato, a tiranização e o sofrimento de milhares de seres humanos. Negar que as ações perversas desses estados totalitários surgidos sob a bandeira do comunismo sejam fruto direto das ideias Marx é querer jogar os escombros das torres gêmeas WTC para baixo do tapete.
Vejamos alguns trechos do Manifesto, publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1848, com grifos meus:
Esboçando em linhas gerais as fases do desenvolvimento proletário, descrevemos a história da guerra civil, mais ou menos oculta, que lavra na sociedade atual, até a hora em que essa guerra explode numa revolução aberta e o proletariado estabelece sua dominação pela derrubada violenta da burguesia. [1]
Abolição da família! Mesmo os mais radicais se enchem de indignação ao ouvirem proposta tão infame dos comunistas. [2]
Mas o comunismo quer abolir [as chamadas] verdades eternas, quer abolir a religião e a, moral, em lugar de lhes. dar uma nova forma… (Não resisti. Tive de grifar tudo). [3]
O proletariado utilizará sua supremacia política para arrancar pouco a pouco todo capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado… [4]
Todavia, nos países mais adiantados, as seguintes medidas poderão geralmente ser postas:Expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda da terra em proveito do Estado; Imposto fortemente progressivo; Abolição do direito de herança;Confiscação da propriedade de todos os emigrados e dos contrarrevolucionários.(Isto é, quem não concordasse com as ideias de Marx); Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopólio exclusivo;Centralizarão, nas mãos do Estado, de todos os meios de comunicação e transporte. Adequação do sistema educativo ao processo de produção material(isto é, doutrinação comunista e anti-tudo o que não for marxista), etc. [5]
Resumindo, Marx e Engels idealizaram uma tomada violenta do poder, com a implantação de um governo onde o Estado se apoderaria à força da economia, dos meios de comunicação, da educação, destruindo “as verdades eternas, a religião e a moral”. E ai dos contrarrevolucionários (chamados de rebeldes em algumas traduções)! Esse foi o plano exposto no Manifesto.
Como pode alguém alegar a inocência de Marx diante das atrocidades comunistas? Já não estava tudo descrito no seu texto? Não foi exatamente assim que aconteceu, acontece ainda e vai acontecendo gradativamente no socialismo moderno? Se a pena de Karl Marx foi manchada de sangue, foi manchada pelas espadas que ele mesmo incitou.
Querem mais do Manifesto? Nele já estava expressa a inflexibilidade de Karl Marx, que expôs seu pensamento não como quem expõe meras reflexões, mas como alguém que proclama um evangelho infalível. Nada e nem ninguém era digno de criticar seu comunismo.
As acusações feitas ao comunismo, a partir de pontos de vista religiosos, filosóficos ou ideológicos não merecem exame aprofundado. [6]
Não! O mundo inteiro é tolo diante do monstro de Trevéris! Suas afirmações não são teorias, são uma religião em nome da qual todo opositor deve ser calado! E de fato foram. Dezenas de milhões calados para sempre!
Ele disse que o comunismo iria abolir a religião e concebeu o Estado como o mais poderoso Leviatã, mas ainda assim alguns nos querem fazer crer que tudo o que foi feito pelo comunismo na história não foi responsabilidade de Marx. Ou isso é ingenuidade ou é pura falsificação.
Pelos seus frutos os conhecereis! Longe de ser um desvio, o marxismo histórico é o fruto simples, puro e direto do marxismo teórico. A semente produziu o seu devido fruto, o monstro gerou o monstro, o que foi produzido foi justamente o que foi concebido.
Não se pode negar o óbvio. Karl Marx era sim um marxista.
1. MARX, K. eENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global Editora, 1986, p. 28.
2. IDEM p. 32
3. IDEM p. 35
4. IDEM p. 35
5. MARX, K. eENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, p. 45
6. MARX, K. eENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global Editora, 1986, p. 34.

CRISTÃO COMUNISTA

Não consigo entender cristãos que se dizem comunistas


Por Renato Vargens


Neste último final de semana participei no Rio Grande do Sul, como preletor de um Congresso Missionário organizado pela Igreja Irmãos Menonitas. Na ocasião tive a oportunidade de conhecer e conversar com um pastor otagenário, cuja família sofreu horrores nas mãos de Stalin.  De forma emocionante, meu novo amigo me contou as barbáries cometidas pelo ditador russo, bem como, a forma sangrenta com que milhares de cristãos menonitas foram mortos em nome do comunismo. 

Pois é, ao ouvir sobre os tristes relatos de irmãos em Cristo que foram assassinados por esse maldito sistema fui tomado de grande emoção. Segundo o pastor quase 100 mil menonitas foram mortos ou levados para apodrecerem nas masmorras da Sibéria.

À luz de histórias como essa, confesso que não consigo entender como é que cristãos podem se dizer comunistas.  Lamentavelmente tem sido comum encontrarmos nesse brasilzão de meu Deus, uma relativa quantidade de crentes em Jesus identificados com o comunismo. Para tanto, basta andarmos pelas ruas ou visitarmos algumas reuniões evangélicas que encontraremos jovens vestidos com camisetas estampadas com as fotos de Che Guevara, Fidel Castro e outros tantos mais. Se não bastasse isso, volta e meia vejo pastores e teólogos fazendo alusões “positivas” tanto no púlpito, como nos seminários a idealistas como Karl Marx e Friedrich Engels.

Caro leitor, talvez você não saiba mas o comunismo matou mais pessoas do que o Nazismo de Hitler. De acordo com "Le livre noir du communisme" (Livro Negro do Comunismo)  o comunismo produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas.

Os números de mortos pelo comunismo estão assim classificados por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).

O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético. Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoas, Lênin superou esse recorde em apenas quatro meses, após a revolução de outubro de 1917.

Fidel Castro é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, 20% da população de Cuba, tiveram que fugir durante o regime comunista. Fidel criou uma nova espécie de refugiado, os "balseros", (fugiam de Cuba em balsas improvisadas), milhares dos quais naufragaram antes de alcançarem a liberdade.

Prezado irmão,  alguém já disse que o o comunismo é uma das mais bem sucedidas armas satânicas dos últimos tempos, e  que tem destruido milhões de pessoas no mundo, incutindo na mente de jovens e adultos tanto o ateísmo como  o materialismo. O famoso primeiro ministro inglês Winston Churchill (1874-1965), afirmou que o socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso. Martin Luther King chegou a afirmar que o comunismo existe  por que o cristianismo não está sendo suficientemente cristão.

Isto posto, a  luz destas afirmações, além é claro de entender que o comunismo ASSASSINOU milhares de cristãos no século XX, sou levado a acreditar que boa parte dos evangélicos  se envolveram  com essa filosofia satânica e maldita por desconhecimento histórico, até porque, recuso-me a acreditar que existam pessoas regeneradas pelo Espírito de Deus que verdadeiramente acreditem neste sistema do mal.

Pense nisso!

Renato Vargens

Por que um cristão não pode ser marxista?

ESCRITO POR EGUINALDO HÉLIO | 10 AGOSTO 2014 
Um cristão marxista faz tanto sentido quanto uma luz escura em um quadrado redondo. É mais que um paradoxo, é um absurdo. No entanto, em nossa era relativista, onde se busca conciliar o inconciliável, minha afirmação é que parece absurda. Mas não é. É a pura verdade.
Os que se espantam com essa afirmação provavelmente desconhecem não apenas a história do marxismo. Ignoram completamente seus próprios fundamentos, sua real natureza. Se os conhecessem com certeza saberiam que cristianismo e marxismo são tão incompatíveis quanto a luz e as trevas.
Um tempo atrás a incompatibilidade entre ambos era óbvia e este artigo seria desnecessário. Muitos ficariam chocados ao ver cristãos verdadeiros debruçados sobre textos de pensadores marxistas e tentando absorvê-los. Depois da queda do Muro de Berlim alguns acreditam que o marxismo se tornou inofensivo, como se o veneno não fosse mais mortífero somente porque um frasco se quebrou.
Qualquer teologia ou prática cristã que considere positivamente o marxismo devem ser totalmente desconsideradas. Pode-se fazer um paralelo com a crítica de Emil Brunner à Rudolf Bultmann, ambos teólogos alemães:
Heidegger é ateu confesso; ele não admite nenhuma revelação – não entende nenhuma, não necessita de nenhuma e não deixa margem para a existência de nenhuma. Ele [Heidegger] acha risível que Bultman esteja a ‘fazer teologia da minha filosofia’.[1]
Da mesma forma é irônico um cristão aprovar ou justificar o marxismo, que dirá tentar fazer teologia com ele. Como Heidegger, Marx e Engels achariam essa atitude digna de riso. Ame seus inimigos, mas não os confunda com os amigos.
O próprio Emil Brunner, mesmo não sendo um teólogo conservador, conseguia enxergar a real natureza do marxismo e sua incompatibilidade com o cristianismo.
O comunismo demonstra ser ainda o mais tremendo opositor ideológico do cristianismo. O conceito de verdade não desempenha  nenhum papel na ideologia comunista, promover e  um poder totalitário qualquer poderá promover a liquidação da teologia.[2] 
Na verdade, os marxistas conscientes bem sabem da impossibilidade de conciliação com o cristianismo. Todavia, na busca pelo poder absoluto é preciso fazer concessões até o momento do bote. Uma vez no poder já não será mais necessário cortesias e contenções. A verdadeira natureza se revelará. Como na história do escorpião que atravessou o rio nas costas do sapo prometendo não feri-lo. O picou assim que chegaram do outro lado. Diante da contestação do sapo pela promessa feita, o escorpião disse que não podia evitar. Fazia parte de sua natureza. Quem conhece a natureza da ideologia marxista sabe muito bem que nenhuma promessa amistosa evitará a manifestação de sua natureza real que é plenamente anticristã.
Pensemos na afirmação de Hitler com relação à Igreja:
O fascismo pode, se quiser, concluir sua paz com a Igreja. Também eu o faria. E por que não? Isto não me impedirá de extirpar o cristianismo da Alemanha.[3]
Nunca foi diferente com o comunismo. Falsas alianças com o cristianismo precederam a perseguição. Faz parte de sua natureza.
Como eu disse, há algumas décadas esse artigo seria totalmente desnecessário. Quem leu Torturado por amor a Cristo, do pastor romeno Richard Wurbrandt ou O contrabandista de Deus, do irmão André, sabia o que era o comunismo. Contra toda esperança, do cubano Armando Valadares, livro que denunciava a tirania do governo Castro deixou de circular, enquanto o mesmo governo, com todo seu totalitarismo marxista continua de pé. Naqueles tempos, o mais simples cristão sabia que o marxismo-socialismo-comunismo era do mal e completo inimigo do cristianismo. Isso foi em outras épocas. Agora tudo mudou. Hoje este artigo tornou-se urgente. Os marxistas já estão quase terminando de atravessar o rio nas costas dos cristãos e muito em breve o bote certeiro virá.
Aqueles que procuram aceitar o marxismo alegando que ele contém “elementos cristãos” (como a crítica à injustiça social, por exemplo) deveriam então abraçar o islamismo uma vez que este confirma certas crenças bíblicas (como a ressurreição, por exemplo). No entanto, é tão impossível conciliar marxismo com o cristianismo quanto igualar um cristão verdadeiro e um muçulmano. Nenhum ecumenismo ingênuo pode fazê-los amigos, nenhum malabarismo teológico ou filosófico pode torná-los semelhantes em qualquer sentido.
Cristão marxista? Tão real quanto um fogo gelado emanando de uma luz escura.

Notas:
[1] HENRY,Carl S. H. Fronteiras na teologia moderna. Rio de Janeiro: JUERP, 1971, p. 22
[2] Idem pp. 127, 128
[3] HITLER – O JULGAMENTO DA HISTÓRIA. São Paulo: Melhoramentos, 1975, p. 91

Eguinaldo Hélio é pastor.


MARXISMO E CRISTIANISMO

Por que o marxismo odeia o Cristianismo?

O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre...

Por Eguinaldo Hélio Souza

O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre foi assim e sempre será assim.
E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?
As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas.
Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.
E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.
No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Está é  a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas  crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.
Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:
“O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução”.
E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por  meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.
Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência.
David  H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na  China. Ele  era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:
                “(…) a fé cristã e  o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando  alguém chega a uma crise vital de decisão entre os  dois, é inevitavelmente uma questão  de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado  pessoalmente o que é viver sob  um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé  cristã”
Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”. (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru:
            “A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da  ditadura proletária” 
Assim foi na China, na Rússia, na Coreia  do Norte e onde quer que a fé marxista  tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha.
Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.
Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista.
Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”?